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A todos desejo um Feliz Ano Novo!
Um 2010 cheio de sonhos concretizados, viagens felizes, paixões reencontradas e desejos alcançados.
Sinopse:
Em 1912, a História, tal como a conhecemos, foi mudada pelo Milagre. De um momento para o outro o Continente Europeu desaparece misteriosamente e é substituído por uma estranha terra de monstros antediluvianos e florestas infernais conhecida por Darwinia. Para uns, o Milagre é um acto de retribuição divina; para outros, a oportunidade de formar um novo império.
Guilford Law, um rapaz de catorze anos, testemunhou o Milagre na forma de estranhas luzes no céu sobre o oceano. E anos depois abandona a América, governada por fundamentalistas religiosos, determinado a viajar para Darwinia e explorar os seus mistérios. Junta-se a uma expedição como fotógrafo que sobe o Reno e penetra finalmente nas profundezas ocultas do continente. Mas o que Guilford vai descobrir está muito para lá do que poderia imaginar. O que começa como uma aventura e se transforma numa luta pela sobrevivência, termina com a derradeira revelação do destino da Humanidade no Universo.


A minha opinião:
Um livro no mínimo estranhamente agradável...
Em 1912, após o visionamento de umas estranhas luzes no céu, a população da Europa desaparece e o próprio continente surge invadido por vegetação e animais quase monstruosos. A partir deste momento a antiga Europa é baptizada como Darwinia, como se o que aconteceu fosse um castigo divino pelas ideias de Darwin (uma ironia e uma provocação que achei bem original e que gostei bastante).
À medida que surgem notícias sobre os estranhos avistamentos do novo continente, a curiosidade humana leva à organização de uma expedição exploratória de carácter científico. Esta viagem dá a oportunidade do leitor conhecer este mundo irreal e fantasista do ponto de vista bem diferentes de duas personagens - Guiford Law e a sua esposa.
Um livro original e bem escrito mas que perde bastante com o seu final...
Já agora, ao contrário do que o site da editora informa, este não é (de todo!) um romance histórico, mas sim uma obra de ficção científica.
6/10
Lido a 31 de Dezembro de 2009
Sinopse:
Sophia é a herdeira do negócio de vinhos da próspera família Giambelli. Sob ordens da sua avó, ela tem de aprender todas as etapas da produção de vinho. O seu tutor, Tyler MacMillan, é um jovem atraente com uma grande paixão pelas vinhas, mas apenas desprezo pelo mundo de negócios. À partida, esta promete ser uma parceria difícil, mas quando a reputação dos vinhos Giambelli começa a ser misteriosamente atacada, a difícil relação transforma-se num inesperado romance. Infelizmente alguém ambiciona destruir mais do que o negócio de vinhos. Mas só quando o pai de Sophia é morto e os membros da família se tornam suspeitos, é que a verdadeira dimensão da ameaça é revelada. Será que a própria família Giambelli está em risco? E o que pode um frágil amor perante tamanha teia de manipulação?

A minha opinião:
Basicamente este livro conta-nos a história de uma família rica e com muito poder dentro do mundo das vinhas e dos vinhos.
A família Giambelli é acompanhada por muitas pessoas cujos ciúmes, traições, crimes e faces/motivos ocultos trarão muitos dissabores, perdas e tristezas a esta família cujo núcleo principal é constituído por três mulheres. Três mulheres, três gerações, três forças da natureza, cada uma com uma energia e visão da vida bem diferente.
Um romance original que nos traz duas histórias de amor, as duas bem diferentes. Além disso, existem
alguns homicídios à mistura o que agita e apimenta um pouco o enredo. Apesar de sabermos desde cedo quem é o mentor dos crimes, gosto quando o(a) autor(a) nos mostra o ponto de vista do criminoso, assim como as suas motivações.
7/10
Lido a 27 de Dezembro de 2009
Sinopse:
A caminho da escola, levado pela mão do pai, Pippo é atingido por uma bala perdida no meio de uma refrega das máfias de Nápoles. Matteo e Giuliana, os pais, passam a viver obcecados pela vingança - mas Matteo não consegue a coragem necessária para abater Cullaccio, o responsável pela morte do seu filho.
Abandonado pela mulher, Matteo vagueia pela noite de Nápoles, onde travará conhecimento com um conjunto de personagens estranhos: Grace, um travesti felliniano, Garibaldo, dono de um café que permanece aberto toda a noite, o velho padre Mazerotti e o professore Provolone, um especialista em questões esotéricas que lhes garante que é possível descer aos Infernos e que conhece, na própria Nápoles, uma das entradas possíveis.
Acompanhado do padre, Matteo aventura-se então nas entranhas do Reino dos Mortos em busca do seu filho perdido...
Misturando o real e o fantástico, Laurent Gaudé - Prémio Goncourt de 2004 e uma das vozes mais importantes da actual literatura francesa - oferece-nos com A PORTA DOS INFERNOS um romance admirável sobre um dos mitos mais poderosos da história da humanidade.



A minha opinião:
Este não é um livro para se ler de ânimo leve. É a história de uma tragédia familiar que deixa as suas marcas profundas em todas personagens envolvidas.
Tudo começa quando, em 1980, Pippo, um menino de 6 anos, é apanhado no meio de um tiroteio entre grupos de mafiosos rivais e morre nos braços do seu pai, Matteo. A partir deste momento tudo se desmorona, tudo é negro, perverso e tudo se move em busca de uma solução que traga a vingança e a paz a um pai e a uma mãe que perderam o ânimo de viver.
Depois de muita procura e com a ajuda de um grupo de amigos no mínimo peculiar, Matteo consegue descobrir onde se situa a entrada para o Inferno de forma a resgatar das profundezas sombrias o seu amado filho. Matteo consegue, mas não sem pagar um elevado preço.
Com Pippo devolvido à vida, é este que irá realizar a tão esperada vingança contra aqueles que destruíram a sua família.
Um livro muito bem escrito, com passagens poderosas e que nos faz pensar sobre o quão poderosas são as ligações humanas baseadas no amor ou na obsessão...
8/10
Lido a 18 de Dezembro de 2009
Sinopse:
Velho, cínico e assombrado pela memória das mulheres que não soube amar, preso entre o fascínio pelos marginais que deveria perseguir e o desprezo dos seus superiores, que sonham vê-lo reformado, o inspector Méndez vagueia por uma Barcelona cuja modernidade o acossa, saudoso da cidade gloriosa de outrora. As décadas que passou ao serviço da polícia não deixam que Méndez confunda verdade com justiça, e este velho cavalo de guerra da lei não se deixa iludir facilmente.
Quando se depara com um bizarro crime que envolve um cadáver e uma cadeira de rodas, Méndez mergulha na aventura mais vertiginosa e sentimental da sua vida - uma história de solidões, frustrações, nostalgias e inesperadas ternuras. Uma mulher presa a um passado longínquo e perdido, um homem casado apaixonado por um antigo amante, um amor inesperadamente platónico e um conjunto de vidas tragicamente interligadas levam Méndez a descobrir que se pode morrer por sonhar demais e que o homicídio pode ser o derradeiro acto de ternura.

A minha opinião:
Ora aqui está um bom exemplo de não se deve julgar um livro pela sua capa. Apaixonei-me de imediato pelo título e pelo design da capa. Aliás, o meu primeiro pensamento foi "este livro vai-me encher as medidas", nada disso, nem de longe.
A linguagem vulgar, a escrita ora directa ora confusa/enigmática fez com que o meu entusiasmo morresse na página 76. Mesmo assim terminei-o com muito esforço e muita desilusão.
Apesar de o livro ter ganho o prémio Mystère de melhor romance estrangeiro, não acho que o mistério em si fosse assim tão excepcional.
Enfim... às vezes acontece.
2/10
Lido a 4 de Dezembro de 2009
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