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Sinopse:
O brilhante romance histórico de Barry Unsworth retrata a forma como a guerra entre Muçulmanos e Cristãos influencia a mente e o coração de Thurstan, um cavaleiro que ama duas mulheres.

A corte do rei Rogério na Sicília do século XII gira à volta de paixões voláteis de Cristãos, Muçulmanos, Judeus, Latinos e Gregos. Entre eles, um jovem normando chamado Thurstan Beauchamp arranja emprego sob a tutela de Yusuf, um muçulmano que controla os cordões da bolsa do rei cristão. Mas enquanto Thurstan deseja ser agraciado com o título de cavaleiro, não lhe interessam as intrigas da corte e em vez disso divide o seu tempo entre o que é divino – sob a forma da sua querida de infância Lady Alicia – e o que é delicioso: a sensual e exótica dançarina Nesrin.
No entanto, na sua procura pelo amor e cavalheirismo, Thurstan tem ainda de se aperceber de que pode ser um peão num jogo muito mais mortífero.


A minha opinião:
Apesar de na capa se ler que o The Times considerou este livro como "Tão intenso como O Nome da Rosa", eu tenho de o negar pela simples razão que apesar do filme "O nome da rosa" ser um dos meus filmes favoritos, o livro que lhe deu origem já lhe peguei pelo menos 2 vezes e não consigo acabar de o ler; e sinceramente este livro do Barry Unsworth lê-se bastante bem.
 
Este livro é um romance histórico na sua mais pura forma. É um livro que nos transporta para o século XII e que facilmente compreendemos os usos e costumes dos vários povos daquela altura.
Numa Sicília dividida entre Cristãos e Muçulmanos, Thurstan Beauchamp é o provedor real de prazeres e espectáculos. Um jovem católico que trabalha para muçulmanos. Ora nesta época de tensão e conflitos religiosos, tal situação não poderia nunca levar alguém a um final feliz, ainda para mais sendo tão inocente e ignorante das verdadeiras jogadas que os outros realizam à sua volta como Thurstan parece ser.
 Graças a esta sua característica, Thurstan vai-se encontrando em situações cada vez mais complicadas ao ponto da sua vida ser quase arruinada. É ao longo destas atribulações que vamos simpatizando cada vez mais com este jovem adulto e compreendendo o ambiente volátil em que a alta sociedade se movimentava. As traições, essas vão ser muitas e os mistérios e mortes também, mas Thurstan vai aprendendo em quem deve confiar e em que momento é melhor para revelar a as suas verdadeiras intenções de modo a evitar a sua própria ruína e consequente morte. Pois uma das mais importantes lições que Thurstan aprende é que todos têm uma intenção mais ou menos perversa, mas no momento das culpas serem atribuídas há sempre algum inocente que se torna o bode espiatório.
 
Mas voltando ao enredo... Numa das suas muitas viagens para comprar os mais variados e exóticos artigos para a corte, Thustan é enviado para Calabria para tratar da compra de pássaros destinados à caça. Numa incursão pelos variados mercados da zona, Thurstan encontra uma trupe de dançarinos que viajam da Anatólia oriental e logo começa a negociar com estes para que possam actuar na corte do Rei Rogério. Após todas as negociações, Thurstan consegue o que queria e um pouco mais - a admiração de uma das dançarinas. Mas nesta viagem Thurstan encontra a mulher que amou e não esqueceu, Lady Alicia. Só que Lady Alicia tem outros planos para Thurstan que envolvem o assassínio de uma das mais proeminentes figuras muçulmanas da Sicília. E o resto é para ser lido...
 
Apesar deste livro ter um início um pouco confuso, este livrinho é uma boa aposta para acrescentar à lista do "A comprar" na próxima Feira do Livro. Ainda mais porque a editora está a comercializá-lo a 5 euros (ver aqui).
 
Já agora, tenho de admitir que apesar da editora Civilização ter optado pelo mesmo design da publicação da Penguin, gostava muito mais que tivessem optado por uma destas versões mais atraentes e cativantes:
 
Editora: Hamish Hamilton
Editora: Nan A. Talese
 
6,5/10


Sinopse:
Londres 1810: Lorde Damien Sinclair, o mais reconhecido libertino da alta sociedade londrina, preocupa-se apenas com o seu próprio prazer, até que a sua irmã mais nova, Olivia, num encontro proibido, sofre um acidente e a sua reputação fica arruinada. Damien fará de tudo para destruir o jovem culpado pelo estado de Olivia... E Vanessa Wyndham protegerá o seu insensato irmão a todo o custo, mesmo que isso signifique entrar num pacto ilícito com o perigosamente bonito «Lorde Sin».
Quando Vanessa se oferece para o cargo de ama de companhia da irmã incapacitada de Lorde Sin, Damien aceita mas impõe uma condição escandalosa - ele perdoará a «dívida» do seu irmão, se ela concordar tornar-se sua amante.

A minha opinião:
Lord Damien é um reconhecido libertino na sociedade londrina do século XIX. Os seus actos e os do seu grupo de amigos com as mesmas tendências desrespeitosas da moral e dos bons costumes, é motivo frequente de conversas. Aliás, não é em vão que Damien é mais conhecido por Lord Sin, ou seja, Lord Pecado.
Mas tudo muda quando Damien fica a saber da tragédia que atingiu a sua irmã mais nova, Olivia. Olivia, uma jovem protegida ao ponto do exagero e criada numa redoma de cuidados, vê-se pela primeira vez no foco da atenção e carinho de um jovem inconsequente e conquistador -  Aubrey Trent. Após um breve contacto, Olivia aceita encontrar-se com Aubrey e as consequências são devastadoras para a sua saúde e para a sua reputação. A partir desse maldito dia, Lord Damien vê a sua irmã adorada cair numa depressão profunda causada por um desgosto de amor e pelo desânimo em viver, uma vez que graças aquele fatídico dia Olivia encontra-se paralítica.
Cheio de ódio e com uma brutal sede de vingança, Lord Damien acerca-se de Aubrey e faz com que este último perca o dinheiro que possui assim como a casa onde a sua família vive.
Desesperada, a irmã mais velha de Aubrey - Vanessa Wyndham - tenta contactar Lord Damien de modo a que este recue nas suas intenções e perdoe. Mas em vez disso Lord Damien faz-lhe uma proposta inacreditável e impossível de aceitar - que Vanessa se torne sua amante. O problema é que Vanessa já sofreu muito com o seu falecido esposo e já não é a mesma menina inocente que um dia foi. Até porque costuma-se dizer que gato escaldado, de água fria tem medo.

Um livro bem escrito, com algumas cenas sensuais mas não ao ponto do enjôo. Deu para me distrair durante umas boas horas, pois não sendo uma obra-prima da literatura cumpriu o propósito maior que era a minha satisfação enquanto leitora.
7/10
Sinopse:
Stephan está a reescrever a forma como as pessoas as pessoas encaram o cartoon contemporâneo. No seu estrondoso sucesso Pérolas a Porcos, publicado em mais de 150 jornais de todo o mundo, ele demonstra-nos a todos quão hilariante e surpreendente pode ser uma tira subversiva.

Neste segundo volume, Nem Tanto Nem Tão Porco, o rato, o porco, a zebra, e o bode - a companhia de espalha-brasas privativa de Pastis - exploram o estranho e maravilhoso mundo que os rodeiam, um sítio estranhamente parecido com o nosso.


A minha opinião:
Já desde a adolescência que não lia BD nenhuma. Aliás, a última compra (que me lembre) de um livro de Banda Desenhada foi o gigantesco e muito adorado "O Mundo da Mafalda" que volta e meia redescubro.
Neste ponto da minha vida, vejo que a banda desenhada, para mim, tem de ser ácida, irónica, perspicaz e muito inteligente, capaz de me fazer libertar umas boas gargalhadas. Cada vez mais vejo-me como uma leitora sem grande paciência para perder o meu tempo a ler baboseiras insossas e irrito-me mesmo quando gasto dinheiro num livro que não vale a pena perder 1 minuto sequer a ler a sinopse.

Stephan Pastis tornou-se um ídolo para mim. Alguém que vê o mundo desta forma sarcástica tem de ser uma boa pessoa. E digo-vos sinceramente, há muito tempo que não punha tantos marcadores num livro. Este volume é surpreentemente arrebatador. Com saídas geniais como esta:


ou esta:


como é que alguém consegue resistir?
Espero bem que a editora Bizâncio reedite alguns dos volumes que se encontram esgotados. Esta notícia (depois de muitas viagens a livrarias, Fnac e Bertrand) deixou-me um pouco triste, pois estou a ficar uma fã verdadeira desta série e gostava de a completar... mas enfim.
Um guilty pleasure, uma pequena delícia que ando a descobrir aos poucos. E que bem que me sabe!
8,5/10
Por alguns dias, que passaram a meses, tive de fazer uma pausa...
O meu trabalho exige que por vezes passe algumas horas, por dia, no computador e nunca quis que a manutenção deste ou do meu outro blogue passassem a ser um fardo, uma obrigação. Sou bloguista desde Setembro de 2006 e este meio sempre foi para mim um prazer. Para o continuar a ser tive de fazer este momento prolongado de silêncio que hoje interrompo.
As leituras foram-se acumulando e as opiniões já tardam em publicar. Por isso nos próximos dias, as minhas publicações serão de leituras realizadas já este ano e até ao momento.
Regressei com muita saudade dentro de mim, prontinha a ser exorcizada.
O ano de 2010 em termos de leituras não foi tão preenchido como o anterior. Espero que 2011 me ofereça mais tempo para me dedicar a algo que eu gosto tanto de fazer... ler.
Descobri novos autores e voltei a ler Banda Desenhada, o que já não fazia há anos.
2010 resumiu-se a 46 livros lidos:

1- "Shutter Island" de Dennis Lehane
2- "O jardim encantado" de Sarah Addison Allen
3- "A lenda do cavaleiro sem cabeça" de Washington Irving
4- "A terra pura" de Alan Spence
5- "A pousada no fim do rio" de Nora Roberts
6- "O aprendiz de Veneza" de Elle Newmark
7- "Como salvar um coração partido" de Susan Richards
8- "O quarto mágico" de Sarah Addison Allen
9- "Encontrar o amor" de Susanna Jones
10- "Alguém para amar" de Jude Deveraux
11- "Segredos de Verão" de Elin Hilderbrand
12- "A hora secreta - Midnighters I" de Scott Westerfeld
13- "O príncipe corvo" de Elizabeth Hoyt
14- "Jogo mortal" de Iris Johansen
15- "As regras da sedução" de Madeline Hunter
16- "O rapaz que falava com o Diabo"
17- "A busca" de Iris Johansen
18- "Casamento de conveniência" de Madeline Hunter
19- "O tempo dos imperadores estranhos" de Ignacio del Valle
20- "O evangelho do enforcado" de David Soares
21- "Eternidade" de Alyson Noël
22- "O último desejo" de Andrzej Sapkowski
23- "Refúgio" de Nora Roberts
24- "Osso a osso" de Carol O'Connell
25- "Pérolas a porcos - Adoro bacon" de Stephan Pastis
26- "Dália azul" de Nora Roberts
27- "Um oficial em Malta" de Mark Mills
28- "A rosa negra" de Nora Roberts
29- "O beijo dos elfos" de Aprilynne Pike
30- "Segunda oportunidade" de James Patterson
31- "O labirinto de água" de Eric Frattini
32- "Sangue-do-coração" de Juliet Marillier
33- "Uma aposta perversa" de Emma Wildes
34- "A virgem das amêndoas" de Marina Fiorato
35- "O anjo da morte" de Ariana Franklin
36- "O lírio vermelho" de Nora Roberts
37- "A vida secreta das abelhas" de Sue Monk Kidd
38- "O feitiço da lua" de Sarah Addison Allen
39- "Murmúrios da morte" de Simon Beckett
40- "Titus o herdeiro de Gormenghast" de Mervyn Peake
41- "Sangue vermelho em campo de neve" de Mons Kallentoft
42- "Hush, hush" de Becca Fitzpatrick
43- "A magia do amor" de Barbara Bretton
44- "Os pecados de Lord Easterbrook" de Madeline Hunter
45- "Um bando de corvos" de Ruth Rendell
46- "Noites de paixão" de Cheryl Holt

Mas vamos ao que interessa. Os melhores foram:


"Shutter Island" de Dennis Lehane
Este foi o primeiro livro que li em 2010 e ficou-me marcado. Talvez por ter sido lido a altas horas da noite, em pleno Inverno Lisboeta. Mas para ser sincera não sei especificar o porquê. Há livros que nos tocam mais do que outros sem qualquer justificação.
Lembro-me do filme estrear e eu correr até ao cinema para o ver e sair desiludida, porque a riqueza da história, o que se imagina e o que se sente ao ler a obra é muito mais intenso do que ver a adaptação cinematográfica. Se ainda não viram o filme, façam um favor a vocês mesmos e leiam primeiro o livro.
Este autor está bem alto na minha consideração. A ler mais.

"O aprendiz de Veneza" de Elle Newmark
Muito bom! Lembro-me de ficar chocada com a crueldade que era a vida de um orfão a tentar sobreviver nas ruas de Veneza neste tempo. Mas o que o livro me ofereceu depois está gravado no meu coração.

"A virgem das amêndoas" de Marina Fiorato
 Não é uma grande obra, mas sim uma que é bela na sua simplicidade.
Talvez se eu o lesse num ano com mais leituras este livro não sairia destacado, mas assim está na minha memória como uma delícia histórica.

"O jardim encantado" de Sarah Addison Allen
Esta autora é um achado! Com livros deliciosos, em que este para mim foi o melhor até agora, e altamente viciantes, o prazer de ler está garantido.

"A vida secreta das abelhas" de Sue Monk Kidd
A mais valia deste livro é a riqueza e profundidade sentimental e dramática que é retratada. Uma criança que cresce a acreditar que assassinou a própria mãe... o que poderá ser mais cruel? Como se sobrevive a isto? Como se consegue até respirar sem sofrimento? A ler e a surpreender.



Dou os primeiros passos em 2011, desejando ardentemente que este ano seja melhor em quantidade e qualidade de leitura.

Agora é ler e... ler mais e melhor.
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