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Sinopse:
Vencedora do Prémio Pulitzer, Geraldine Brooks oferece-nos este complexo e ambicioso romance estruturalmente rico e de grande intensidade emocional que arrasta os seus leitores para uma aventura que vai de Espanha às ruínas de Sarajevo, de Veneza às rochas ancestrais do norte da Austrália.

Em 1996, é oferecido a uma conservadora de livros raros o sonho de uma vida: a análise e conservação de um misterioso e magnificamente iluminado códice hebraico da Espanha do século XV e salvo da destruição durante o bombardeamento das bibliotecas de Serajevo. Quando Hanna descobre uma série de minúsculos artefactos na encadernação do livro – um fragmento de uma asa de insecto, manchas de vinho, pedras de sal, um cabelo branco – começa a aceder aos mistérios passados que envolveram o livro e a desvendar as histórias dramáticas daqueles que o criaram e que tudo fizeram para o proteger.
As Memórias do Livro está repleto de inesquecíveis vozes do passado, mas é a voz de Hanna – controversa e contemporânea – que o converte numa leitura compulsiva que transcende os habituais limites da ficção histórica. Inspirado numa história verídica e prendendo o leitor desde a primeira página, As Memórias do Livro contém todas as características da escrita que levou Geraldina Brooker a receber o prémio Pulitzer.

Opinião da imprensa:
«Um misterioso e erudito romance histórico, pleno de suspense e baseado num puzzle literário verdadeiro.»
Kirkus



Excerto:
"Queria que aquele fosse diferente. Pretendia transmitir uma imagem das pessoas do livro, das diferentes mãos que o tinham feito, usado, protegido. Desejava que fosse uma narrativa estimulante, inclusive com algum suspense. (...) Desejava transmitir paixão, tristeza e medo."
Retirado da página 279


A minha opinião:
Comecei esta leitura numa época bastante má. O meu tempo livre é mínimo para ler. No entanto penso que isto até contribuiu para saborear melhor este livro magnífico.
Como o próprio título refere, este é um livro que conta a estória de vida de um outro livro que, por acaso existe mesmo - a Hagadá de Serajevo. A narradora desta viagem pelo passado é igualmente a personagem principal, Hanna, uma australiana contratada pela ONU para trabalhar na restauração e preparação do livro para ser apresentado ao público. À medida que Hanna se embrenha nesta restauração, vai descobrindo elementos que não deveriam estar no livro, de modo algum. A procura da origem destes elementos será a chama inicial para a revelação mais importante: por onde este livro viajou, e nesta viagem quais foram as vidas humanas de que fez parte. Estas descobertas são reveladas através de capítulos alternados, de onde passamos do presente ao passado, do passado ao presente, e assim sucessivamente. Estes saltos no tempo não nos fazem perder o interesse, mas muito pelo contrário. Cada viagem ao passado é tão bem relatada que me senti a viver esses momentos juntamente com as personagens, e tão bem harmonizada com o presente de Hanna que para mim foi como se tivesse a ver um filme fluído.
Cada descoberta triunfante de Hanna é acompanhada pelo desvendar dos problemas emocionais que esta personagem tem e que sempre quis tornar banal: uma mãe que a evita por causa de um segredo trágico; um pai desconhecido que lhe deixou um vazio profundo, e uma paixão iniciada em Serajevo mas que terá um final (será?) abrupto por causa das consequências da guerra. Portanto esta corrida contra o tempo consiste não só em restaurar um livro, mas também em restaurar a memória de um livro, em restaurar a memória de todos nós para que não nos esqueçamos nunca de alguns dos momentos mais trágicos da História, e da luta de Hanna por um amor impossível.
Identifiquei-me muito com o enredo em si, e tenho a certeza de que qualquer pessoa que goste de livros irá adorar ler este livro. Esta minha certeza baseia-se no facto de que este livro não nos conta apenas uma bela estória de um livro que marcou a vida de muita gente, gente esta que já estava a viver alguns dos momentos mais marcantes da História mundial, mas também nos conta como e quais as motivações da construção de um livro e como é a VIDA DE UM LIVRO. E é esta perspectiva original que me colocou a pensar durante esta leitura.
Recomendo sem qualquer restrições este livro excepcional que nos oferece uma lufada de ar fresco nesta avalanche editorial que vemos a aparecer nas montras das livrarias portuguesas.
8,5/10
Lido a 24 de Janeiro de 2008
Apesar de ter andado um pouco desaparecida ultimamente (por razões profissionais) do meio bloguista, eis que quando venho cá tenho sempre umas pessoas muito queridas que me oferecem o seu carinho e atenção sob a forma de surpresas inesperadas.
Desta vez foi a nomeação para Blog de Ouro que estas grandes queridas me ofereceram:

O meu mais sincero obrigada!
Beijinhos para vocês que são, sem sombra de dúvida, umas amigas cibernéticas de ouro!

Algum vislumbre de verdade...


You're Pale Fire!
by Vladimir Nabokov
You're really into poetry and the interpretation thereof. Along the
road of life, you have had several identity crises which make it very unclear who you
are, let alone how to interpret poetry. You probably came from a foreign country, but
then again you seem foreign to everyone in ways unrelated to immigration. Most people
think you're quite funny, but maybe you're just sick. Talking to you ends up being much
like playing a round of the popular board game Clue.

Take the
Book Quiz
at the
Blue Pyramid.


Sinopse:

O novo thriller psicológico do autor de Terapia de Choque, best-seller mundial e N. 1 na Alemanha. SEQUESTRO EM DIRECTO é um livro arrepiante que promete deixar os leitores em suspenso até à última página.

A psicóloga criminal Ira está prestes a cometer suicídio.
Precisamente nesse momento é chamada a uma emissora de rádio para resolver um caso dramático: um psicopata acaba de fazer reféns e começa a telefonar a diferentes pessoas em directo; estas têm que adivinhar os enigmas que o psicopata lhes indica sob pena de, se não os conseguirem resolver, matar os reféns um a um por cada tentativa falhada. O homem exige que a sua noiva compareça na rádio, mas ela está morta.
Ira terá que negociar com o criminoso em directo...


A minha opinião:
O livro começa com a preparação do suicídio por parte da personagem principal. No entanto algo lhe falta... uma coca-cola light de limão (este deve ser o livro onde há mais referências a esta bebida). Ira dirige-se a um supermercado onde está a decorrer um assalto violento de onde sairá algemada e escoltada até a um cenário do maior pesadelo que um negociador poderá alguma vez imaginar. Deste ponto até ao fim do livro a adrenalina, a tensão e o meu entusiasmo nunca mais se desvaneceram. O livro está escrito para que o leitor embarque numa viagem alucinante. Este é o verdadeiro exemplo de um THRILLER! As surpresas são umas atrás das outras e nenhuma personagem está isenta de interesse neste sequestro. Todos desconfiam de todos e o que parece afinal não é. Existe, neste livro, uma citação que acho que descreve o enredo na perfeição:
"Mas o melhor disfarce, creio, continua a ser a verdade nua e crua. É estranho. Ninguém acredita." Max Frich

O autor dá todos os elementos para que uma pequena resolução deste imbróglio todo seja desvendado - a identidade do infiltrado do MEK. Esta parte eu descobri por mim mesma, no entanto, a razão pela qual a noiva de Jan está dada como morta e a história do suicídio da filha mais velha de Ira, isso, eu nunca chegaria lá.

Este é um registo muito diferente do primeiro livro que li (clicar) deste autor mas mesmo assim ele conseguiu ultrapassar todas as minhas melhores expectativas.

10/10

Lido a 3 de Dezembro de 2008

2008 desfolhado

E mais um ano de leituras que acabou.
58 livros lidos.
4 de autores portugueses e 1 brasileiro.
4 em inglês e desses 2 eram audiolivros.
Destes 58:
58. "O beijo da serpente" de Ruth Rendell
57. "Um rosto nas sombras" de Christine Rimmer
56. "O sangue divino" de Andrea H. Japp
55. "O sopro da rosa" de Andrea H. Japp
54. "Encantamento" de Alice Hoffman
53. "Os caminhos da Besta" de Andrea H. Japp
52. "A última profecia" de António Trabulo
51. "O amante" de Marguerite Duras
50. "A força do amor" de Joan Hohl
49. "A rapariga que roubava livros" de Markus Zusak
48. "Paixão no lago" de Thomas Christopher Green
47. "The tenth justice" de Brad Meltzer
46. "Meu amor muito querido" de Françoise Giraud
45. "Impulso" de Candace Camp
44. "Histórias do Bom Deus" de Rainer Maria Rilke
43. "Na corda bamba" de Joanne Harris
42. "Purple Hibiscus" de Chimamanda Ngozi Adichie
41. "Lua de sangue" de Nora Roberts
40. "O senhor da ilha distante" de Victoria Holt
39. "A caixa em forma de coração" de Joe Hill
39. "O palácio da lua" de Paul Auster
38. "Serpent's Tooth" de Faye Kellerman
37. "A outra metade da laranja" de Joana Miranda
36. "Uma dama para o cavaleiro" de Margaret Moore
35. "O exército perdido" de Paul Sussman
24. "Corações de pedra" de Ruth Rendell
33. "Esplendor secreto" de Nora Roberts
32. "Fui roubada aos meus Pais" de Céline Giraud
31. "Adoro viver" de Federica Bosco
30. "Ossos Cruzados" de Kathy Reichs
29. "A luz do Oriente" de Jesús Sanchez Adalid
28. "O homem duplicado" de José Saramago
27. "O segredo" de Rhonda Byrne
26. "A caminho das trevas" de Dennis Lehane
25. "Segredo de família" de Elizabeth Berg
24. "Crimes quase perfeitos" de Hy Conrad
23. "O vestido" de Milene Emídeo
22. "Desejos secretos" de Nora Roberts
21. "As novas bacantes" de Catherine Clément
20. "Enquanto Salazar dormia" de Domingos Amaral
19. "A filha perdida da felicidade" de Geling Yan
18. "O jardim da serpente" de Judith Merkle Riley
17. "Sem Perdão" de Julie Garwood
16. "Love" de Annie
15. "A marca das runas" de Joanne Harris
14. "Dragonswan" de Sherrilyn Kenyon
13. "A menina que nunca chorava" de Torey Hayden
12. "Harry Potter e os Talismãs da Morte" de J. K. Rowling
11. "A agência nº1 de mulheres detectives" de Alexander McCall Smith
10. "Vida interrompida" de Susana Kaysen
9. "Um estranho em casa" de Patricia MacDonald
8. "Os ossos do arco-íris" de David Soares
7. "Agnes de Deus" de Leonore Fleischer
6. "As terças com Morrie" de Mitch Albom
5. "Nem por sonhos" de E. S. Tagino
4. "Dicionário de nomes próprios" de Amélie Nothomb
3. "O enigma da sétima tapeçaria" de Kelly Jones
2. A "Dama de Espadas"-Alexander Pushkin
1. "O meu pé de laranja lima"-José Mauro de Vasconcelos

Destaco estes seis como sendo os melhores:


"O sangue divino" de Andrea H. Japp
"Na corda bamba" de Joanne Harris
"O senhor da ilha distante" de Victoria Holt
"A caminho das trevas" de Dennis Lehane
"O jardim da serpente" de Judith Merkle Riley
"Sem Perdão" de Julie Garwood
Menções honrosas para os seguintes cuja leitura me deu muitas alegrias e prazer:
"Harry Potter e os Talismãs da Morte" de J. K. Rowling
"Dicionário de nomes próprios" de Amélie Nothomb
"Corações de pedra" de Ruth Rendell
Balanço feito, agora é só enfrentar o ano de 2009 com muitas e boas leituras... I hope...
Com a chegada deste novo ano, achei que seria bom uma leve mudança de aspecto neste blog. Digamos que este blog sofreu um peeling.
Espero que os que costumam visitar-me neste cantinho sintam mais agradados pelo que vêem.
Como gostava de saber a vossa opinião, estejam à vontade para deixar um comentário...
Desde já o meu obrigada.

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