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A relação entre os autores e as drogas não é nada de novo.
São inúmeros, alguns extremamente conhecidos e reconhecidos, que admitiram o seu uso.
 
Eu mesma surpreendi-me com alguns. Nunca se sabe. Não é?
 
 
 
 
Charles Baudelaire - Baudelaire era um membro de um Clube de Haxixe, que existiu entre 1844 e 1849.
Foi mesmo dos primeiros defensores do seu uso, em dias em que a lei não interveio.
Chegou mesmo ao ponto de escrever louvores ao uso de Haxixe e, posteriormente, do ópio, designando-o como "conveniente" e "útil".
 
 
Stephen King - Stephen King é um dos mais famosos autores de obras de horror.
Desde 1967 até ao presente dia escreveu mais de 50 romances (o que dá uma média de mais de um por ano por 46 anos consecutivos).
Mas foi entre 1979 e 1987 que King concretizou um verdadeiro sprint da escrita, quando enviou um total de 22 romances para a editora. O que fez a diferença? É difícil dizer, mas poderia ter sido toda a cocaína que consumiu.No seu livro de memórias In Writing King fala sobre o quão viciado realmente ficou. E não apenas com a cocaína.
Não muito tempo depois de terminar de escrever Tommyknockers em 1986, a sua esposa fez uma intervenção, derramando uma lata de lixo na frente dele no chão. Continha "latas de cerveja, pontas de cigarro, cocaína em garrafas e em sacos plásticos, colheres de cocaína cobertas de ranho e sangue, Valium, Xanax, garrafas de Robitussin (xarope para a tosse) e NyQuil, até mesmo garrafas de elixir bucal." Confessou mesmo que não se lembra de escrever Cujo.Diante de um ultimato de sua esposa ("ou corrigir, ou sair"), Stephen King foi para a reabilitação. Sóbrio desde o final dos anos 80 ainda publica e encanta os seus fãs.
 
 
Aldous Huxley- autor do clássico Admirável Mundo Novo, narrou as suas experiências com alucinogénios num livro chamado As Portas da Perceção. Aliás, o nome do grupo de rock The Doors foi inspirado nesse mesmo livro.
 
 
Philip K. Dick- Se houvesse um prémio para o escritor mais esquizofrenicamente delirante na história,  ele teria sido um dos principais candidatos.  A sua droga de eleição foi a anfetamina e seus primos.
Desde o início da sua carreira de escritor, tornou-se num ícone da contracultura dos anos 60 e 70 e finalmente transformou a sua casa numa espécie de comuna para viciados em drogas.
A maioria dos seus livros centra-se em torno de uma incapacidade de distinguir a realidade da psicose. Por um breve período, ele acreditava que estava possuído pelo espírito do profeta Elias.
Em 1971, a casa de Dick foi arrombada por um ladrão, e ele passou os próximos 11 anos, girando à volta de teorias da conspiração sobre quem estava por trás disto, alternando entre a polícia secreta, a CIA, e grupos políticos marginais. Eventualmente, ele decidiu que deve ter sido um ladrão. Mesmo assim acreditava que ele invadiu a sua casa depois de ter sofrido uma lavagem cerebral por parte do governo.Em 1982, com a idade de 54, Dick sofreu dois ataques consecutivos que o deixaram em morte cerebral. Morreu no hospital cinco dias depois.
Os seus romances, desde então, tornaram-se na fonte de material para quase 20 filmes, incluindo Minority Report, O Vingador do Futuro, e Blade Runner.
 
 
 
Robert Louis Stevenson- Numa das suas crises sob o efeito de drogas, escreveu de forma desenfreada todas as 60 000 palavras de O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde em meros seis dias.
É difícil negar as semelhanças entre as personagens centrais e o próprio Stevenson, tornando este conto pelo menos um pouco autobiográfico.
 
 
 
Jack Kerouac- Este autor escreveu sobre viagens rodoviárias através do país, movido a drogas em On the Road ou Na Estrada.
 
 
 
Norman Mailer- Brilhante romancista mas um machista desequilibrado, fez certamente a sua marca na história dos Estados Unidos.
Bem conhecido pelo seu alcoolismo chegou a extremos inadmissíveis.
Apesar de ganhar dois prémios Pulitzer e receber da crítica uma aclamação, foi sem dúvida mais famoso pela sua vida pessoal do que pela sua escrita.
Além das drogas e do álcool, foi a sua natureza violenta que realmente chamou a atenção. Mailer foi preso várias vezes, deu um soco colega escritor Gore Vidal na cara, e esfaqueou pelo menos uma de suas esposas (teve seis).



Confesso que quando vi esta capa maravilhosa quis logo saber do que se tratava. Há algo nela que me cativa. Adoro-a. Quem me dera que o mesmo se tivesse passado com o resto do livro.
 
 
Este livro está estruturado de forma a que cada a cada capítulo seja o relato de cada uma das personagens - Colin Thatcher, o raptor de Mia; Eve Dennett, a mãe de Mia e Gabe Hoffman, o detetive encarregue de investigar este caso.
 
No início de cada capítulo o narrador está bem identificado, mas nem por isso me senti menos confusa. Para esta minha confusão também contribuiu o fato de haver saltos no tempo. Ora era o Gabe a relatar o que fez depois do rapto. Depois vinha o Colin que nos contava o que se passou durante o rapto. E talvez a seguir vinha a mãe de Mia a narrar o que estava a passar agora que Mia tinha sido liberta das mãos do seu captor.
 
Mas eu estava decidida a ler e a gostar deste livro e o que fiz? Colei um post-it no interior da capa, onde escrevi o nome de cada um dos intervenientes e à frente alguns pormenores que achei mais importantes. Parece que não, mas ajudou-me imenso e assim lá cheguei rapidamente à página 100.
 
Apesar de a autora dar um enfoque maior à relação entre Mia e Colin, ao longo do livro vamos conhecendo melhor a família de Mia e é impossível não começarmos a conceber os nossos próprios planos de intriga. E porquê? Porque esta é uma família, que como muitas, vivem para o faz de conta, para que as outras pessoas pensem que são a família ideal, perfeita, quando a realidade está longe disso.
 
Além disso a autora fez com que a nossa vítima, depois de ter sido resgatada voltasse para os braços desta família maravilha com uma amnésia seletiva e com a sensação que o seu nome era outro. Não era Mia, mas sim Chloe. Ora isto a mim cheirou-me logo a esturro e foi da maneira que li ainda com mais vontade e ânsia de chegar ao grande desfecho.
 
Mas antes que eu chegasse ao tão desejado final, a autora (na minha opinião) meteu as mãos pelos pés e é por demais evidente o que se passou afinal.
O véu de mistério, que envolveu cerca de dois terços do livro, cai e o que vi não era nada demais. Não vou mentir. Fiquei mesmo muito desiludida. Nem aquela pequena bomba no final deu para me salvar desta minha desilusão.
 
Queria mesmo muito gostar deste livro. Desejava mesmo que fosse um dos melhores do ano. Mas infelizmente não.
 
De 5 estrelas, dei 2.
 
Apesar disto tenho de admitir que a editora Topseller fez um excelente trabalho. Desde o design, ao grafismo do título e nome da autora, até à tradução e revisão. Trabalho excelente mesmo.
 
 
 
 
 
 
I also wonder why Stephen King.
 
 

Neste preciso momento estou a dois terços do livro "Cruel Beauty" de Rosamund Hodge. Este livro tem uma capa lindíssima que é impossível não atrair o olhar de qualquer leitor. Seria um livro fabuloso se não tivesse uma das personagens principais mais inconstantes e inconsistentes que alguma vez li.
Ainda não cheguei ao final e até pode ser que a autora se redima. Mas sinceramente fico feliz por não tê-lo comprado como era meu intento inicial.
 
 
 
O plano para o final da semana é (em princípio) ler estes 2 meninos.
 
 
 
 
Um é uma simples novela que inicia uma série e o outro é um livro que nem é assim muito grande.
Vamos ver como corre...
 


A Ariel Bissett, uma youtuber canadiana que eu adoro, está neste momento a estudar numa universidade em Inglaterra e aproveita o tempo que está neste país fabuloso para passear e explorar.
 
Desta vez ela partilhou um vídeo sobre a visita dela a Stratford-Upon-Avon, conhecida por ser o local onde Shakespeare nasceu.
 
 
 
 


 
 
Isto está a ficar descontrolado!
 
Primeiro foi a Barbie e o Ken.
 
 
E agora são os Legos?
 
Onde é que isto vai parar?
 
No pequeno pónei?
 
 
 

Tantas, mas tantas pessoas amam de paixão esta série e eu nunca entendia porquê. Tinha visto os filmes e achei-os giros. Mas o que os fãs destes livros todos concordavam era que os filmes são uma espécie de parentes pobres dos livros.
Numa das minhas buscas pela internet de um livro em ebook (e de preferência gratuito) encontrei um site que tem os primeiros 3 livros em formato audio e aproveitei.
Neste momento estou quase no final do primeiro livro e digo-vos que estou a adorar. Tudo bem que esta série é mais para jovens, mas eu sou adulta e sinto o mesmo. Desde o início que sinto uma balbúrdia de sentimentos parecidos quando li, pela primeira vez, o primeiro livro do Harry Potter.
Não estava nada à espera que fosse assim tão bom. Mesmo nada.


 
E mais um livro da Nicole Jordan. O que devo dizer em minha defesa? Nada.
Estes livros são o meu guilty pleasure. Peguei nele ontem de tarde e já estou no final das suas 368 páginas.
A revisão é que poderia ter sido melhorzinha. Tem pequenos erros, quase insignificantes, mas devido a serem tantos irrita-me. Até o sobrenome da responsável pela capa está com letra minúscula - Neusa dias. E ao longo do livro é um e que falta, um r que está a mais ou um s que está no local errado.
Se em Portugal cobram preços muito mais elevados por livro que, por exemplo, a Inglaterra ou a América, penso que a exigência devia também ser maior. Mas pelos vistos as duas coisas não são diretamente proporcionais.

 
 
 
In "Confessions of a Beachcomber", by Edmund J. Banfield

 
 
Para quem não sabe o que é este meu Desafio "2015 a 100" deixo aqui o link com a explicação.

Os livros só ficam registados nesta lista se estiverem fisicamente nas minhas estantes.


1- Saga Vol.1 - Brian K. Vaughan e Fiona Staples
2- Ligeiramente Escandalosa - Mary Balogh
3- O Domínio dos Deuses - René Goscinny e Albert Uderzo
4- A casa das almas perdidas - F.G. Cottam
5- O segredo do bosque velho - Dino Buzzati
6- Maus Vol.1 - Art Spiegelman
7- Maus Vol. 2 - Art Spiegelman
8- Por treze razões - Jay Asher
9- Saga Vol. 2 - Brian K. Vaughan e Fiona Staples
10- Não digas nada - Mary Kubica


E finalmente aqui está a terceira e última parte das minhas opiniões sobre as leituras feitas em Janeiro.

 



O primeiro livro físico que li no mês passado foi o "Ligeiramente Escandalosa" de Mary Balogh.
Neste terceiro volume da saga Bedwyn temos a história de amor entre Freyja Bedwyn e Joshua Moore.

De leitura fácil, viciante e com muito humor à mistura este é um romance sem qualquer tipo de exigência. Basta dizer que é o ideal para uma tarde fria com um chá ou café acabadinho de fazer.

Desta vez temos a filha mais velha da família Bedwyn que já sofreu muito com o sexo oposto. Marcada por desilusões e expetativas de dois casamentos que não se realizaram, Freyja aparecenta ser uma mulher forte e corajosa. No entanto, no seu íntimo Freyja tem as suas fragilidades e é por causa delas que na altura mais feliz de alguém que já foi muito importante para ela, Freyja resolve aceitar um convite a Bath.
Ao tentar fugir da sua família durante uns tempos, mas principalmente de si mesma, Freyja nem imagina que irá conhecer um homem que a fará perder a sua famosa altivez e paciência.
Um romance que retrata um combate de titãs da teimosia e que eu adorei.
Gosto imenso quando temos uma personagem feminina como esta - forte, decidida e corajosa.
Dei 4 estrelas em 5.




Este é um daqueles livros que comprei há muitos anos e que habita uma das minhas estantes à espera de ser lido.
Com uma capa absolutamente linda e uma sinopse cativante eu tinha a certeza que iria adorá-lo.
Infelizmente, tal não foi o caso.

Com um primeiro terço do livro a decorrer de forma lenta e com uma visível tentativa do autor de engonhar o máximo possível, comecei a sentir-me impaciente e algo irritada.
Este é o caso perfeito de um livro que tinha tudo para ser espetacular e o autor simplesmente destruiu a capacidade que a sua obra tinha de ser maravilhosa.

E aquele final? Urgh... Tão forçado.

Dei 2 estrelas em 5.






Segundo o que li num site esta obra é comparável ao "Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry.
Li uma vez o "Principezinho" e esta é a minha primeira leitura de "O segredo do bosque velho", e sinceramente gostei muito mais deste do que da famosíssima obra do autor francês.
Mas gostos não se discutem.


O livro começa com uma morte. Seguida de uma herança dividida por duas pessoas. Uma das pessoas herda um estranho bosque centenário que encerra muitos mistérios e lendas. E... fico-me por aqui.

Gostei mesmo muito. Foi uma agradável surpresa pois não estava nada, nada à espera do que li.

Recomendo para quem gosta de lendas e elementos mágicos com lições pelo meio.
Fiquei com uma vontade imensa em ler mais deste autor.
Dei 4 estrelas em 5.




Este livro de Jay Asher é imensamente  conhecido pelos jovens leitores e pelo booktube internacional. E já não era de hoje que ele habitava a minha wishlist. Mas tinha decidido tentar arranjar esta edição lindíssima da Editorial Presença (que ao vivo ainda é mais bela).
Por sorte consegui-o a um preço muito simpático, em segunda mão. E está novinho em folha! É que os senhores da editora me desculpem que desde já vos digo que sou uma fã das vossas publicações e da qualidade e diversidade do vosso catálogo, mas 14€ por este pequeno livro que tem formato quase de bolso é um pouco puxado.

Mas vamos lá ao que interessa.
O livro deixou-me enervada ao longo das suas 300 páginas. Tudo bem que a Hannah foi a vítima aqui nesta história, mas ela ao fazer o que fez com as cassetes não será uma forma de vingança? De dizer "Ora aqui têm. Agora tentem continuar com as vossas vidinhas ridículas sabendo que contribuíram para a morte de uma pessoa." Ou será que foi apenas uma tentativa de se explicar? De dizer porque é que ela cometeu um ato tão final e decisivo?
É incrível como pequenos atos e palavras aparentemente sem consequências podem-se conjugar num grande acontecimento grave e terrível.

É sem dúvida um livro destinado a um público mais jovem, mas que dá muito que pensar aos adultos. Por vezes é bom ler livros com estas mensagens, para nos relembrarmos de sermos mais cuidadosos com os nossos atos ou palavras quando nos sentimos um pouco zangados ou desiludidos com alguém ou mesmo com o mundo. Um livro que me fez pensar. Relembrar. E pensar.
Dei 4 estrelas em 5.

 

Este Inverno a minha resistência a gripes anda pelas ruas da amargura.
É que a brincar já vou na minha 2ª gripe séria.
Enquanto escrevo estas palavras encontro-me dopada com aspirinas, griponais e vitamina C. Por isso espero não cometer nenhuma gafe ou erro disparatado.
 
Mas vamos lá à segunda parte das opiniões de Janeiro que o tempo urge.
Além das 5 BD's, ainda li 2 audiolivros.
 
 
 
Lena Dunham é uma atriz americana que ficou conhecida com seu papel na série "Girls".
Famosa por mostrar o seu corpo sem pudores na TV e por ser uma jovem mulher sem complexos nem falsas pretensões.
Quanto a este seu livro achei-o interessante enquanto mulher, mas pouco enriquecedor para a minha vida.
Dunham arranca bruscamente toda a timidez que ainda haja no leitor/ouvinte e fala de sexo, primeiras vezes, relações, empregos, universidades e universitários, enfim... da vida humana e das suas experiências.
Dei 2 estrelas em 5.
 
 
 
Este livro foi uma descoberta arrasadora.
Sorri para ele e ele sorriu-me de volta.
Devagarinho ele contou-me coisas sobre si e eu deixei.
Tentei confortá-lo mas não consegui. Tentei confortar-me e pensar que não é assim a vida real, mas o meu coração negou-o.
Amei-o. E ele partiu-me o coração.
Porque é que os seres humanos são tão complicados e brutais na sua estupidez e crueldade?
Porque é que somos tão incompletos e durante toda a nossa vida buscamos algum tipo de perfeição sem nunca a atingir?
Porque é que nos falta sempre algo ou alguém para sermos Alguém?
Não falo mais nada sobre este livro.
Apenas que é um dos livros da minha vida.
Dei 5 estrelas em 5. Se pudesse dava mais.
 
 
Fim da parte dois das opiniões de Janeiro/2015
 
 
Este fim de semana que passou estava eu no youtube a ver um vídeo das minhas subscrições quando reparo na coluna de sugestões que costuma aparecer do lado direito.
 
Abri. Vi. E...
Estou apaixonada por este marcador de livro!
Vou fazer um para mim com toda a certeza.
Não sou nenhuma expert na costura (longe disso, na verdade) mas não me pareceu difícil e até está bem explicado.
 
 
 
 
Quem gosta de livros e de ler invariavelmente gosta de marcadores de livros.
E este é tão fofinho

 



Durante o mês de Janeiro consegui ler 11 livros.
Destes 5 são BD's e 2 são audiolivros.
 
Vamos começar pelas BD's.
 
 
"O Domínio dos Deuses" (Asterix #17) de
 
 
 
Não te preocupes Marko. Irei continuar ;)
Dei 4 estrelas em 5.
 
 
 
Fim da parte um das opiniões de Janeiro/2015
 
 
 

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