Páginas

Sinopse:
Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre...

Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a história da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa. Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste.
Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever. À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.


A minha opinião:
Com um começo a lembrar o famoso livro "Crepúsculo" e com um conteúdo claramente dirigido a um público mais juvenil era para pensar que o meu prazer em lê-lo seria diminuto. Mas depois de ter lido um livro tão completo e de certa forma exigente como foi a minha anterior leitura, este (como se diz por aqui) caiu que nem ginjas.

"Eternidade" não é nenhuma obra prima mas sim uma boa promessa de uma boa série. Com pitadas de originalidade e um tom de frescura na escrita, Alyson Noël é uma autora que irei estar atenta.

Ever é uma adolescente que se sente culpada com o trágico acidente que vitimou toda a sua família, incluindo Botão de Ouro, o cão da família.
A contar com apenas uma tia no mundo, Ever começa uma nova etapa na sua vida, uma etapa que se adivinha difícil e tumultuosa, não só por causa da perda da sua família, mas também pelas estranhas aparições da sua falecida irmã e pela capacidade que Ever tem de ler a mente das pessoas.
Além de todas estas dificuldades, Ever ainda tem de lidar com o estranho e misterioso Damen e com um(a) assassino(a) que planeia o seu fim de vida antecipada da forma mais cruel possível.

Um pequeno bombom de prazer fantástico que devorei em três horas.
Fico agora à espera dos restantes volumes.
6/10
Lido a 23 de Abril de 2010
Sinopse:
Nuno Gonçalves, nascido com um dom quase sobrenatural para a pintura, desvia-se dos ensinamentos do mestre flamengo Jan Van Eyck quando perigosas obsessões tomam conta de si. Ao mesmo tempo, na sequência de uma cruzada falhada contra a cidade de Tânger, o Infante D. Henrique deixa para trás o seu irmão D. Fernando, um acto polémico que dividirá a nobreza e inspirará o regente D. Pedro a conceber uma obra única. E que melhor artista para a pintar que Nuno Gonçalves, estrela emergente no círculo artístico da corte? Mas o pintor louco tem outras intenções, e o quadro que sairá das suas mãos manchadas de sangue irá mudar o futuro de Portugal. Entretecendo História e fantasia, O Evangelho do Enforcado é um romance fantástico sobre a mais enigmática obra de arte portuguesa: os Painéis de São Vicente. É, também, um retrato pungente da cobiça pelo poder e da vida em Lisboa no final da Idade Média. Pleno de descrições vívidas como pinturas, torna-se numa viagem poderosa ao luminoso mundo da arte e aos tenebrosos abismos da alienação, servida por uma riquíssima galeria de personagens.


A minha opinião:
Terminei a leitura deste livro com a sensação de vir à tona, como se à poucos momentos atrás estivesse estado prestes a afogar-me.
Ainda algo zonza e com a mente pouco lúcida preparo-me para escrever esta breve opinião, com a certeza prévia de que todas as palavras que possa escrever serão parcas em sentido e em conteúdo e que a experiência que acabei de ter apenas será possível ao ler o livro.

Já tinha lido um livro deste autor, mas que não me tinha impressionado. Pelo que desta vez resolvi experimentar este, que tantas boas opiniões tem tido.

A escrita de David Soares não se pode classificar. É algo impossível de rotular como sendo ficção, romance histórico ou de fantasia. Simplesmente é uma miscelânea de todos os ingredientes, na quantidade certa para dar a sensação ao leitor de plenitude. Não tenho maneira de me exprimir melhor do que desta - sinto que acabei de sair de um labirinto de corredores cujas paredes estavam todas engalanadas com quadros do mestre Dali.


O autor tenta, de uma forma bem documentada, mas totalmente ficcionada, explicar a origem dos famosos painéis de S. Vicente, criados pelo pintor Nuno Gonçalves, ao mesmo tempo que nos retrata um Portugal medieval.

Até o seu estranho e algo caótico nascimento que Nuno Gonçalves foi original e de alguma maneira demoníaco.
Aquando dos seus parcos 9 anos começa a apaixonar-se pela forma e odor dos ossos de cadáveres. Nuno encontra uma beleza quase perfeita nestes alicerces que antes formavam os seres vivos e simplesmente não lhes consegue resistir. É esta obsessão que dará origem a homicídios perpretados pelo próprio e que lhe permitirá pintar seres humanos na perfeição.

"(...) O truque que eu uso, e é um gosto revelá-lo a Vossa Excelência, que mostrou fina inteligência artística, é imaginar os ossos do modelo. (...) O truque é, lá está, partir de dentro para fora." Excerto da página 246

Mesmo que por alguns momentos me tenha sentido inquieta com a fria crueza do que lia, não posso deixar de admitir que este é um grande livro e que mudei completamente a ideia que tinha acerca deste autor português.
Uma excelente leitura.
8/10
Lido a 22/04/2010


Painéis de S. Vicente
Sinopse:
Se já ninguém se importa com os vivos, imagine com os mortos.
Inverno de 1943. Frente de Leninegrado. Um soldado da Divisão Azul é encontrado sem vida num lago, com uma enigmática frase gravada no seu peito: «Mira que te mira Dios». Será o primeiro de uma cadeia de crimes, tão brutais como desconexos. Um soldado de passado obscuro e um fiel sargento do Exército recebem a missão de encontrar o móbil e o culpado, mas não terão facilidades da parte de uma cúpula militar cheia de segredos.

Aos poucos serão revelados os mistérios de uma história em que ninguém é o que parece e onde os passos nos encaminham para um lugar em que reina o horror, o vazio, o absurdo, os imperadores estranhos.



A minha opinião:
Demorei meses a pegar neste livro, mas quando lhe peguei li-o num ápice.
Com descrições realistas e quase cruéis da segunda Guerra Mundial, na frente russa, é impossível não nos sentirmos impulsionados a ler o resto do livro para desvendarmos depressa a verdade escondida por detrás dos crimes.

"Mira que te mira Dios;

mira que te está mirando;

mira que vas a morir;

mira que no sabes cuándo.


Só um grande escritor poderia, numa quadra, resumir a essência de todo este livro, sem revelar o mais ínfimo pormenor.
 
Acho que me deu ainda mais prazer, por conjugar o crime com uma lição de História. Desconhecia, por exemplo, que a Alemanha tivesse os seus tentáculos tão enterrados na nossa vizinha Espanha, durante este terrível acontecimento histórico.
 
Um bom livro, mas para ler quando estivermos num momento mais calmo e estivermos predispostos a ler e a aprender ao mesmo tempo.
Gostei.
6,5/10
Lido a 22 de Abril de 2010
Sinopse:
Ele viu-a e pagou uma fortuna para ficar com ela.
Pelo menos, era o que todos pensavam.
Mas este casamento não é o que parece…

Lady Christiana Fitzwaryn está apaixonada. Infelizmente, o seu futuro marido não é o homem dos seus sonhos mas sim um perfeito desconhecido, com quem o próprio rei Eduardo negociou o enlace. Sobre este homem, Christiana apenas sabe tratar-se de um mero mercador plebeu. Não estava, pois, preparada para o primeiro encontro: David de Abyndon revela ter um carisma extraordinário e nutre uma indiferença desconcertante em relação ao estatuto social dela. Para sua grande surpresa, é a aristocrata quem se sente perturbada na presença daquele homem de enigmáticos olhos azuis.

Por seu lado, David guarda uma dor secreta. Como pode confessar a Christiana que há mais naquele casamento do que aquilo que salta à vista? Como pode falar-lhe do seu acordo com o rei? Conseguirá convencê-la de que o amor que ela procura não se encontra no cavaleiro com quem ela sonha mas sim nos seus braços?

É que David pode ter-lhe comprado o corpo mas, no negócio, ter perdido para sempre o seu coração…

A minha opinião:
Comprei este livro ontem ao final da manhã e já vinha no metro a lê-lo. Os livros desta autora são imperdíveis e altamente viciantes.

Mais uma vez temos um romance histórico que nos surpreende.
David é, aparentemente, apenas um simples mercador e como filho bastardo de pai incógnito, nunca deveria ter pretensões a casar com uma filha da nobreza. Mas os seus alargados conhecimentos e contactos permitem que se torne noivo de uma protegida do rei. Mas o que David não sabia era que esta menina o iria fazer perder a razão e o coração, antes de ele ter tempo de completar os seus planos de vingança e justiça.

O carácter, de início, inocente e ingénuo de Christiana e que aos poucos se vai transformando numa mulher ousada e inteligente, misturado com a personalidade dura e misteriosa de David resultam numa relação ardente e faz com que muitos dos obstáculos entre eles se tornem gigantescos.

Apesar deste livro ser o livro com mais momentos eróticos desta autora, que li até agora, estes momentos não são em exagero, uma vez que o equilíbrio foi mantido e não satura o leitor, o que já me aconteceu ao ler outros livros.

A mais valia deste livro é sem dúvida o mistério em relação ao passado de David e às suas dúbias origens. As relações entre este "simples" mercador e o rei Eduardo de Inglaterra e as suas conversas, quase em surdina em passagens secretas com franceses, numa altura em que Eduardo pensa em invadir a França, transformam a personagem David infinitamente mais interessante.

Mais uma excelente aposta por parte da editora ASA.
Só um apontamento a quem já leu os outros dois livros desta autora - este livro não pertence à mesma colecção que os outros dois, mas sim a outra série.
Fico a rezar para que agora pensem em publicar "The sins of Lord Easterbrook", que deve retratar uma personagem que já esteve presente nos outros dois livros e que me parece genial e também esperar que publiquem o outro livro que falta da tetralogia que é o "Lessons of desire" (Elliot and Phaedra’s story), fazendo com que a colecção esteja completa. E que já agora publiquem os restantes livros da série a que pertence este último livro que li - "By possession" e "By design".

Obrigada ASA pela oportunidade de ler mais um livro desta excelente autora!

7/10
Lido a 18 de Abril de 2010
Sinopse:
Um novo romance de suspense de Iris Johansen, autora de Jogo Mortal e de A Face da Mentira. Uma nova heroína num romance de perder o fôlego em que se cruzam personagens dos livros anteriores da autora.

Integrando uma equipa de elite de busca e salvamentos, Sarah Patrick e o seu cão Monty, têm o dom de encontrar aquilo que mais ninguém conseguiria localizar, seja um sobrevivente enterrado vivo durante um tremor de terra ou o esqueleto de uma criança assassinada. É a Sarah que Eve Duncan deve a recuperação dos restos da filha Bonnie (ver os anteriores romances da autora publicados pela Gradiva). Mas agora Sarah é forçada a tomar parte numa missão de vida ou de morte por um homem que sabe o suficiente sobre o seu passado para garantir a sua cooperação. Um homem que não aceita uma recusa.

John Logan está habituado a conseguir o que quer e o que quer agora é a ajuda de Sarah. O seu laboratório ultra-secreto foi sabotado, as instalações destruídas e o pessoal, que escolheu a dedo, massacrado. O único sobrevivente foi vítima de sequestro. Logan sabe que a única maneira de salvar o homem, e os segredos que guarda, é encontrá-lo o mais rapidamente possível.

Correndo contra o tempo para impedir o derramamento de sangue antes que surjam mais vítimas, Sarah e Logan vão apontar directamente ao coração do mal.


A minha opinião:
Depois de ter lido o livro "Jogo mortal" e ter adorado, a ânsia de ler este era grande.
No entanto, a alma que este livro nos transmite é mais romântica, mais sensível e emocional. Mas a adrenalina tão presente nos primeiro livro continua.

Apesar da maior parte das personagens do primeiro livro se manter, o foco desta vez é mantido na Sarah Patrick e no Logan.
Admirei imenso a personagem Sarah e muitas vezes identifiquei-me com o que ela pensava ou com o que ela fazia perante as dificuldades. Mas confesso que gostava de ter, por vezes, parte da força que ela demonstrava.
É uma personagem fortíssima, com um carácter e uma inteligência impressionantes. Mas ao mesmo tempo é muito humana. E é essa humanidade que constitui o único ponto fraco de Sarah, que outros irão aproveitar para usarem Sarah a seu belo prazer. Um deles é Logan, que pressiona Sarah para satisfazer uma ordem sua. Mas Logan irá arrepender-se, porque com o que ele não conta é com a força interior dela. Uma personagem muito bem criada!

Passei umas horas excelentes na companhia deste livro. De tal forma, que me vi a prolongar a leitura por ter pena de o acabar.
Iris Johansen... uma escritora a fixar, a procurar e a ler mais. Muito bom e recomenda-se.

7/10
Lido a 16 de Abril de 2010
Sinopse:
George Davis jamais pensou que no dia em que tivesse um filho fosse incapaz de lhe pegar ou sequer de se aproximar dele, como lhe veio a acontecer. Por isso decide consultar uma psiquiatra, onde a pouco a pouco vai revelando episódios traumáticos da sua infância, relacionados com a morte misteriosa do pai. George lembra-se de em criança ser visitado por uma estranha aparição, um rapaz que lhe conta factos muito perturbadores acerca do seu pai. Mas este rapaz existirá mesmo ou será tudo produto de uma imaginação transtornada?
Um thriller psicológico com todos os ingredientes que o deixarão agarrado às páginas do princípio ao fim.



A minha opinião:
É com alguma tristeza que terminei hoje de ler este livro. Pela simples razão de que não consegui embrenhar-me nesta leitura como gostaria. O que me surpreendeu, pois costumo adorar este tipo de thrillers psicológicos.

Quando iniciamos o livro percebemos de imediato que o narrador é o próprio George e que este se encontra numa fase da vida (idade adulta) em que começa a questionar os trágicos momentos que pertencem ao seu passado e, para esse fim, consulta regularmente um psicólogo.

Ao longo desta reflexão, George admite que em criança tinha estranhas aparições, onde um pequeno rapaz, um «segundo George» lhe desvendava pequenos segredos sobre a morte do seu pai.
Mas a principal questão é - Quem, no mundo racionalista de hoje, consegue acreditar que uma criança possuía a capacidade de ver aparições? Que possivelmente esteve possuída?
Durante todo o livro, o malabarismo entre a dúvida e a irrealidade é constante e este está muito bem transmitido. Aliás, o livro está muito bem escrito! Daí a minha tristeza por não ter tido tanto prazer ao o ler.

Além de todas estas perturbações mentais (ou talvez não...) e morais, George tem ainda de enfrentar um casamento que se desmorona e um medo quase irracional do seu próprio filho.
Mas será que esse medo tem razão de ser?
Haverá algo que George pressente e que mais ninguém consegue ver?
Ou será apenas as demonstrações de um homem com uma mente perturbada?

Estas e outras questões vão-nos assaltando ao longo de todo o livro, fazendo com que o leitor não seja simplesmente passivo mas que reflita no que está a ler.

5,5/10
Lido a 10 de Abril de 2010
Sinopse:
As regras dele vão iniciá-la no mundo do prazer e da sensualidade. As regras dela vão subjugá-lo.

Hayden chega sem aviso e sem ser convidado – um estranho com motivações secretas e um forte carisma. Em poucas horas, Alexia Welbourne vê a sua vida mudar irremediavelmente.
A relação entre ambos é tensa, agitada e incómoda. Para Alexia, Hayden é o culpado da sua desventura: sem dote, ela perdeu qualquer esperança de algum dia se casar. Mas tudo muda quando Hayden lhe rouba a inocência num acto impulsivo de paixão.
As regras da sociedade obrigam-na a casar com o homem que arruinou a sua família. O que ela desconhece é que o seu autoritário e sensual marido é movido por uma intenção oculta e carrega consigo uma pesada dívida de honra. Para a poder pagar, ele arriscará tudo... excepto a mulher, que começa a jogar segundo as suas próprias regras…


A minha opinião:
Mais uma vez esta autora não desilude. Os meus agradecimentos à editora ASA pela excelente aposta nesta autora e pelo cuidado na tradução (realizado por Isabel Alves).
No entanto é de lamentar que a editora tenha optado por não publicar esta tetralogia pela ordem correcta.

Desta vez acompanhamos uma jovem mulher, Alexia Welbourne, cujo destino lhe ditou que perdesse a fortuna e o estatuto devido a maus negócios por parte de seu pai. Desta feita, Alexia tem apenas uma opção que é contactar os seus primos na esperança que eles a acolham em sua casa.
A partir daí, a sua vida dá muitas voltas e Alexia vê uma nova ruína financeira ao seu alcance, mas desta vez trata-se da desgraça dos primos que tão generosamente (ou talvez não...) a acolheram.
Como única solução que permita a sua sobrevivência, Alexia vê, pela segunda vez na sua vida, o seu estatuto social baixar novamente e é obrigada a trabalhar como preceptora na mesma casa onde apenas alguns dias atrás vivia confortavelmente.
Mas existe alguém como outras intenções em relação a Alexia. Intenções essas que irão transformá-la numa mulher demasiado conhecedora dos infortúnios que a vida pode oferecer.

Este já é o segundo livro desta autora que leio, e confesso que o devorei com prazer!
De leitura fácil e viciante, o livro tem de tudo (traições, paixões, enganos, segredos, ciúmes, crueldade, roubos, mortes mal explicadas, estranhos desaparecimentos,...).
Este livro contém também cenas eróticas entre as duas personagens principais que para a época - finais do século XVIII - eram demasiado ousadas. Mas a autora, inteligentemente conseguiu descrever os actos de forma a que o leitor sinta que é completamente plausível.
Além disso, gosto quando as personagens (principalmente as femininas) são de carácter forte e decidido e lutam pelo que acreditam. Tais são as personagens criadas por Madeline Hunter. Os conflitos sociais e emocionais e as lutas entre vontades levam a que me sinta espicaçada a ler mais e mais. Apenas fiquei algo triste de não ter já o outro livro para lê-lo já de seguida.
Uma boa aposta. Uma excelente leitura.
E já agora um recado para a ASA: "Quero mais desta autora!"
8/10
Lido a 8 de Abril de 2010
Sinopse:
O assassino conhecia perfeitamente Eve Duncan. Sabia da dor que ela sentia por Bonnie, a filha assassinada, cujo corpo nunca fora encontrado. Sabia que ela, sendo uma das principais técnicas de reconstituição forense do país, insistiria em identificar os nove esqueletos desenterrados numa ravina perto de Talldega Falls, na Geórgia. Sabia que ela seria incapaz de resistir à tentação de acreditar que um desses esqueletos - que pertencia a uma menina - poderia ser de Bonnie.

Este é apenas o início do sádico jogo do assassino. Em breve começam os telefonemas. Furtivos, insinuantes, aterradores. Alguém a observa do outro lado da linha. Segue todos os movimentos de Eve. Saboreia a sua dor. Pode atacar a qualquer momento. Mas não é isso que pretende… pelo menos por enquanto.

De um momento para o outro, Eve vê o seu mundo de pernas para o ar. Nem os dois homens fortes, poderosos e decididos, que tudo fariam para a manter em segurança, a podem ajudar. John Logan, o carismático magnate, e Joe Quinn, o duro detective de Atlanta, não conseguem acompanhá-la. Porque o assassino quere-a só e vai usar todos os seus trunfos para que Eve concorde em satisfazê-lo.

Eve Duncan tem agora de enfrentar o mais perigoso dos psicopatas. Um homem para quem a vida e a morte não passam de um jogo. Um jogo mortal, que irá prosseguir até obter o prémio que mais deseja: a vida de Eve.

A minha opinião:
Este é um daqueles livros que comprei compulsivamente numa Feira do Livro devido ao preço (penso que na altura a Gradiva estava a vendê-lo a 5 ou 2,5 euros, uma pechincha) para depois ficar uns anitos a ganhar pó na estante até que chegue o dia em que pense "Vá lá... vamos lê-lo".

Por vezes, como foi neste caso, ficamos impressionadas com a qualidade e a espectacularidade do livro. Este é simplesmente genial!

Está mesmo muito bem escrito, permitindo ao leitor deslizar pelas suas páginas como se estivesse a ler um romance designado como light. Apesar do seu foco ser algo chocante, a sua leitura não choca ninguém, pelo contrário, envolve o leitor até nos sentirmos como uma mosca numa teia de aranha.

Com um início empolgante, o ritmo não abranda até chegarmos ao seu final. Final este que surpreende e não é completamente previsível - a identidade do(s) assassino(s) não é nada fácil de adivinhar, devido a algumas pistas enganadoras.

Não vou desvendar nada sobre a sua estória, porque acho que a sinopse já revela o bastante. Recomendo este livro a TODO o tipo de leitor. Façam um favor a vocês próprios e na próxima Feira do Livro aproveitem para o adquirir.

Tenho o outro livro da autora - "A busca" - que comprei na mesma altura e espero que seja tão bom como este. Até já mudou de moradia, da estante para a mesa de cabeceira.
8/10
Lido a 6 de Abril de 2010
Divulgação

Sinopse:
"Acordei agitada e minutos depois o despertador tocou. Tinha tido um pesadelo. Sonhei que estava na escola vazia e que um homem encapuzado levava uma rapariga. Eu via-os mas eles não me viam a mim. Era como se fosse um filme.
"Andas demasiado envolvida neste assunto..." pensei, censurando-me. (...)
Esboçámos um aceno e fomos para o carro. Abri a porta e sentei-me no banco. Estremeci e a memória do sonho dessa noite assaltou-me com um flash."

O livro relata a história de uma rapariga, Magnólia, que vivia em S. Francisco, na Califórnia e se muda para a Pensilvânia, Connellsville.
Lá, ela depara-se com estranhos desaparecimentos de raparigas da sua escola e começa a investigar.

Para mais informações podem consultar o blog da autora.
Sinopse:
«Nessa mesma noite, naquela que foi a mais estranha cerimónia alguma vez testemunhada, Aurea casou-se com o corvo.»


Little Battleford, Inglaterra rural, segunda metade do século XVIII. Assistindo à constante debilidade das finanças familiares, Anna Wren, recentemente enviuvada, vê-se na necessidade de encontrar emprego. Culta e letrada, torna-se secretária de Edward de Raaf, conde de Swartingham.
Homem de um carácter que a vida tornou mordaz e inflexível, de rosto e corpo marcado por cicatrizes de infância, tudo parece indicar que Anna Wren será uma secretária a prazo.
Numa improvável partida do destino, ambos despertam o lado mais secreto do outro, rapidamente desenvolvendo um desejo mútuo e de forte carga erótica, inicialmente não assumido.
Na Inglaterra do Império e das conquistas ultramarinas, nas vésperas da Revolução Industrial, conseguirá o preconceito e o conservadorismo separar duas almas talhadas para se unirem?


A minha opinião:
Com um início em tudo semelhante à famosa estória de Jane Eyre, é impossível não nos vermos cativados por este livro. Mas eu sou um pouco suspeita porque adoro tudo o que tenha a haver com esta época (livros, filmes, séries,...).

Anna Wren é uma jovem viúva que casou por amor, mas cujos últimos anos de casamento não foram felizes. O facto de o seu marido desejar ardentemente um filho e após anos de tentativas não o conseguirem, esfriou o amor que os unia. É com esta justificação que o marido de Anna se envolve com outra mulher. Uma outra mulher que se encontra próximo de Anna... demasiado próximo.

Com um passado intrincado de segredos e traições, Anna deseja vingar e sobreviver numa época em que o que era esperado de uma mulher é que fosse submissa, fiel, tímida e reservada. E é aqui que eu achei a mais valia deste livro - a luta interior desta personagem para tentar conciliar tudo isto com o desejo de emancipação, de direitos e oportunidades iguais. É com este conflito interior que vemos a nossa personagem principal crescer e florescer perante os nossos olhos. Gostei da personagem Anna de Wren. Uma mulher forte, combativa e que não se verga perante as dificuldades.

Mais tarde, após umas complicações financeiras, Anna vê-se à procura de um emprego respeitável. Mas o que encontra são trabalhos pouco respeitáveis e muito abaixo da sua condição social. Como último recurso Anna descobre que estão à procura de um secretário para o conde de Swartingham. Como consequência da precipitação e da urgência, Anna aceita o emprego.

O que começa por ser um pequeno escândalo (NUNCA antes se tinha visto uma mulher secretária!), torna-se num jogo/luta entre Anna de Wren e Edward de Raaf, conde de Swartingham. Duas mentes teimosas e conflituosas que combinadas com alguma tensão sexual, se transformam em duas almas incendiadas.

Fiquei apenas com alguma pena de que a partir de um certo momento o livro tenha tido tantos pormenores de carácter sexual entre as duas personagens. Chamem-me puritana, mas nestes livros da época Vitoriana, gosto de alguma subtileza. Acho-lhe mais graça.

Ao longo do desfolhar de páginas e capítulos vamos também conhecendo (eu pelo menos desconhecia) a lenda do Príncipe Corvo, em que este livro, de certa forma, se baseia. Desta forma, o leitor não só estará a entreter-se mas também a enriquecer-se com um livro que é um autêntico dois em um.

A escrita simples, embora cativante da autora faz com que nos embrenhemos neste livro sem ver as horas a passar e a temermos o momento em que teremos de pousar o livro para fazer algo. Tornei-me um pouco viciada neste livro e fiquei um pouco triste quando o terminei. Não queria que acabasse.

Não conhecia esta editora - Livros D Seda - mas vou já confessar que gostei do trabalho deles. Desde o design da capa, passando pelo cuidado na tradução (ironia do destino o tradutor se chamar Miguel Corvo) e na revisão, até à qualidade na impressão.
Vale a pena gastar dinheiro em livros assim!

9/10
Lido a 31 de Março de 2010
Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger