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Sinopse:
Quem são essas mulheres estranhas que constituem uma espécie de seita "hippie"? Que fazem elas à noite, ao som de flautas e tambores? Onde vão quando desaparecem e regressam com as roupas manchadas de sangue e de vinho? Um caso misterioso, que vai transformar a vida do conceituado professor.
Com a sua habitual mestria de contadora de histórias, Catherine Clément permitiu-se um pequeno "divertimento" policial que fará as delícias dos seus numerosos leitores.


A minha opinião:
Gostei bastante deste pequeno livrinho. Um estranho conto que me parecia dirigir-se para outro final mas que me surpreendeu!
Uma bela história de rituais, deuses gregos, crime, drama, suspeitas e muito vinho de uva-moragueira à mistura.
Lido a 28 de Abril de 2008
Sinopse:
Na China do século XIX, uma jovem é raptada, vendida e levada para San Francisco, nos Estados Unidos, onde é obrigada a prostituir-se. Chris, o seu primeiro cliente tem apenas 12 anos. Chris é branco e americano. Fusang é uma escrava chinesa. Num época conturbada por tumultos sociais a histeria anti-chinesa que varreu San Francisco - uma história de amor põe tudo em causa.
Este livro foi baseado na vida da mais famosa das prostitutas chinesas de S. Francisco, e é fruto de uma turada investigação sobre a época e os habitantes de Chinatown.
Geling Yan, uma das mais aclamadas autoras chinesas, joga com o nosso imaginário ocidental: os pés atados das mulheres, os ambientes de incenso e ópio e o provocante erotismo oriental.


A minha opinião:
Este livro surpreendeu-me pela negativa.
Normalmente adoro este tipo de livro, mas devido à brutalidade da escrita, escrita essa que por vezes achei mesmo desengonçada, sem nexo, mal arranjada, eu ao longo das 205 páginas deste livro não consegui integrar-me na história uma única vez.
A trágica e duríssima vida desta mulher que nunca chora e nunca revela os seus sentimentos é descrita neste livro como se de um puzzle se tratasse, sem nunca sabermos que imagem é que este puzzle retrata.
Uma coisa que me irritou profundamente é que quase a totalidade do livro leva-nos a pensar que Fusang gosta de Chris, ou mesmo do misterioso Da Yong, quando no final surge-nos uma mulher que não gostou de ninguém verdadeiramente, que construiu à sua volta uma muralha da China para se defender de todas as violências de que foi vítima. Ou seja, sinto que a autora me enganou, por ter escrito 203 páginas sobre um amor que nunca existiu.
Apesar disso, gostei do fim. Fusang, volta à sua terra natal, a China, com as cinzas de Da Yong. Soou-me quase como uma vitória triunfal, com Fusang a deixar parte de si a Chris e a partir com as cinzas de Da Yong nas suas mãos.
Lido a 26 de Abril de 2008
Sinopse:
O Jardim da Serpente é o livro perfeito para quem aprecie uma boa biografia romanceada e uma deliciosa história de alcova, acompanhada de mistério, uma pitada de ocultismo e uma enorme sensibilidade.
A acção desenrola-se na Inglaterra dos Tudor, ao tempo em que Henrique VII e a sua tenebrosa eminência parda, Thomas Wolsey, conseguem casar a irmã do monarca com o idoso rei de França, com o intuito de colocar um herdeiro inglês no trono francês. A pintora Susanna Dallet, jovem viúva, conquista o interesse real graças ao seu espirito, independência e fantástico dom de captar o carácter das pessoas em magníficos retratos miniatura. Colocada no sequito da princesa-noiva, Susanna transporta consigo para França, sem o saber a chave de um segredo que a envolverá nos meandros diabólicos da corte francesa, dominada por bruxaria, intrigas e conspirações. Com a aproximação do perigo, Susanna recebe uma ajuda inesperada por parte de vários anjos, risonhos e brincalhões que não só a livram de apuros, como ainda a recompensam, pela coragem e desenvoltura, com o amor de um herói inteligente e divertido.


A minha opinião:
Simplesmente maravilhoso!
A força, coragem e destreza da personagem principal - Susanna Dallet- encantou-me. Está bem que para atravessar as dificuldades que se lhe apresentaram ela teve um pouco de sorte e ajuda divina (o que eu me ri com o anjo Hadriel) à mistura.
Susanna Dallet ao se casar com o seu marido Master Dallet, deixa de pintar e dedica-se apenas a ser uma maravilhosa esposa. Mas Master Dallet, que se casou com Susanna apenas com o interesse de conhecer os truques e técnicas de pintura do pai de Susanna, não se interessa minimamente pela esposa, pelo filho que está para nascer, com o dinheiro, ou mesmo com a sua arte. Os principais interesses de Master Dallet são o vinho e as mulheres. Isto até ao dia em que se envolve com o astuto e perigoso Sir Septimus Crouch num esquema de más intenções e liberta um antigo demónio chamado Belfagor. É a partir deste momento que Master Dallet assina a sua sentença de morte, que irá concretizar a cama da sua amante.
Susanna, ao se ver só com a sua Nan, enterrada em dívidas, grávida e sem qualquer meio de sobrevivência, resolve voltar a pintar e para isso inspira-se nos quadros falsamente religiosos de Adão e Eva que o falecico marido da sua senhoria tinha pintado antes de falecer. É com estes quadros, perversamente eróticos e sugestivos que Susanna começa a ter algum meio de pagar as dívidas que possui. O problema é que uma mulher pintora, na Inglaterra do século XVI, não era bem vista e Susanna começa a afirmar que os quadros são da autoria do seu marido. É com esta pequena primeira mentira que Susanna se enreda numa teia de perigosos e mortíferos intentos. O mistério de um pintor que veio dos mortos para pintar um quadro leva Susanna às mãos de Thomas Wolsey, o Esmoler do rei, que a usará como um meio para atingir as suas ambições. Wolsey, envia Susanna com um homem da sua confiança chamado Robert Ashton, para acompanhar a comitiva da princesa Maria aquando do seu casamento com o velho rei de França. O que eles não contam é que em França estarão sob perigo mortal, com conspirações vindas da corte, uma misteriosa imandade que afirma a supremacia dos Merovíngios, e claro, o demoníaco Septimus Crouch.
Mas com toda esta adrenalina algo surge entre Susanna e Master Ashton, um fogo demasiado intenso, impossível de qualquer um ignorar.
Lido a 25 de Abril de 2008

Sinopse:
O padre Thomas Madden aguarda as confissões. Impera o silêncio, ninguém aparece. Está um dia quente e abafada, o suor escorre-lhe pelo corpo. De súbito uma voz trocista e maléfica suplica, Abençoai-me, padre, porque pecarei. Com requinte de detalhe um serial-killer descreve-lhe os crimes que cometeu e os que planeia... Tomou-lhe o gosto, quer voltar a matar. Ao ouvi-lo pronunciar o nome da sua irmã, o padre tem de violar o segredo da confissão e fazer tudo para a salvar das garras do assassino. Um romântico e misterioso livro de suspense assinado por uma genial tecelã de emoções fortes, crime e mistério.
Holy Oaks, no Iowa, é uma daquelas cidades norte-americanas em que ainda se respira tranquilidade. Os vizinhos cumprimentam-se, as notícias correm de boca em boca. Há uma paz que Laurant, educada na Suíça, não encontrou em nenhum outro lugar do mundo. Por isso voltou para a terra natal onde o irmão, o padre Thomas Madden, é por todos conhecido. Entusiasmada com os planos para abrir uma loja de gelados bem no centro da antiga praça, Laurant vê-se subitamente envolvida num tortuoso esquema de vingança e crime.
Confessando ao padre que pretende matar, com requintes de tortura, a sua irmã, a caça ao homem começa. Thomas pede a ajuda do seu amigo de infância, Nick Buchanan, um agente do FBI. Nick planeava tirar umas longas férias junto à sua família em Nathan Bay, mas a aflição do amigo fá-lo mudar de planos. Ao conhecer a bela Laurant percebe que não mudou apenas de planos, é toda a sua vida que se transforma ao conhecer esta mulher de cabelos longos...
A delícia da paisagem, e as caricatas personagens que por ali conhecemos, acabam por se deixar contaminar pelo horror e medo. No encalço de um perigoso assassino, os protagonistas envolvem-se e vivem uma intensa história de amor. Mas estará Nick disposto a deixar o burburinho de grande cidade? E conseguirá Laurant continuar a viver em Holy Oaks onde é perseguida por um louco sedento de sangue e vingança?
Um emocionante romance a fazer as delícias do leitor. Natural do Kansas City, Missouri, a autora, Julie Garwood, nasceu no seio de uma numerosa família de origem irlandesa. Tendo editado os seus primeiros romances históricos nos anos 80, é hoje uma das mais conhecidas autoras norte-americanas. Com mais de 35 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, traduzida em várias línguas, iniciou-se com «Sem Perdão» no romance contemporâneo de suspense.


A minha opinião:
Muito bom! Um belo mistério a roçar no thriller com muito romance picante à mistura.
O principal enredo já está descrito na sinopse. Um jovem padre -Thomas Madden- está no confessionário quando um louco entra e confessa ter assassinado com muito prazer uma mulher e que pretende fazer o mesmo com a irmã desse mesmo padre, Laurant.
Laurant, que foi criada na Suíça e afastada da única família que lhe resta, tinha vindo para a América pois tinha sido diagnosticado um cancro a Thomas.
Quando a ameaça é feita, Thomas contacta o seu melhor amigo e agente do FBI, Nick Buchanan, que de imediato se dedica ao caso.
No entanto, o que Nick não esperava era que essa dedicação lhe traria a maior felicidade do mundo. A felicidade que só o amor poderia trazer. Apesar disso, o assassino anda perto... demasiado perto... e ninguém consegue descortinar a verdadeira identidade até ser demasiado tarde.
Considero este livro mais um romance do que propriamente um thriller. Quanto a ser um thriller... falta-lhe qualquer coisa... talvez mais adrenalina...
Lido a 8 de Abril de 2008

Este livro é uma compilação de frases sobre o amor.
Aqui ficam as frases que mais me tocaram:

If you cannot find happiness search for peace.
If you search for peace, you will find love.

Love maturely --like a child.

The greatest lessons of love can be learned through the pain of our mistakes.

Lido a 4 de Abril de 2008
Tudo o que pode ser sonhado é verdadeiro
Fábulas, 12



Sinopse:
Dizia-se que era uma marca de ruína…
Maddy Smith nunca foi uma criança como as outras. Nasceu com uma marca cor de ferrugem na mão e em Malbry, a sua aldeia natal, todos pensam que se trata de um símbolo dos antigos deuses, uma marca mágica. E isso, como se sabe, é caminho aberto ao caos e uma ameaça.

No princípio era o Verbo,
E o Verbo gerou o Homem,
E o Homem gerou o Sonho,
E o Sonho gerou os deuses.
Depois disso, as coisas ficaram ligeiramente mais complicadas

Lokabrenna, 6:6:6


Uma aventura alucinante com as personagens das velhas lendas nórdicas: imprevista e cheia de perigos e imaginação.


A minha opinião:
Este livro é invulgar se repararmos quem é a autora. Nunca antes Joanne Harris tinha escrito um livro destes, totalmente dedicado à fantasia e ao mundo mágico.
A história inicia-se com a apresentação da rebelde menina Maddy Smith. Desprezada por todos na sua aldeia, a aldeia de Malbry, ignorada e repudiada, apenas por ter nascido com uma estranha marca cor de ferrugem na palma da mão. Sinal este que toda a gente dizia que era a ruína da bruxa.
No entanto, ao longo do livro fui-me dando conta que esta marca afinal é uma benção para a triste vida de Maddy.
A aldeia de Malbry é controlada por uma personagem de regras restritivas e exigentes da mais elevada moral, que é o vigário Nat Parson. Nat segue à risca as palavras do Livro Sagrado, livro este que contém a Palavra e que será a origem da mais pura destruição.
Mas a pequena aldeia fica perto de uma colina chamada de Colina do Cavalo Vermelho, da qual todas as pessoas se afastam e evitam-na devido às histórias que existem sobre ela e por causa dos goblins que lá habitam (seres pequenos, cínicos e muito desafiadores, cujo único propósito é perturbar todos os seres).
No entanto, Maddy sempre gostou de ir até a essa colina por ser um local calmo e isolado onde poderia passar algum tempo em paz. E será nesse mesmo local que irá conhecer a pessoa mais importante da sua vida, o seu melhor amigo, o Zarolho, um estranho viajante que a população chamava de o Forasteiro.
Maddy conhece o Zarolho no Verão em que ela faz sete anos e é logo desvendado a maneira de ser especial de Maddy e é aqui que ela descobre que a marca que ela possui é a marca rúnica dos fogosos. É o Zarolho que, ao longo dos anos, vai ensinando a Maddy tudo o que ela precisa de saber e tudo o que ele acha que ela precisa de saber.
Passados alguns anos e apesar da grande amizade que Maddy sente pelo Zarolho, ela finalmente descobre a verdadeira razão pela qual o Zarolho volta todos os anos àquele local. Ele desconfia que a Colina do Cavalo Vermelho é a porta para um submundo onde está guardado um importante e incalculável tesouro - o sibilo.
É esta busca pelo Sibilo que vai desvendar o verdadeiro enredo deste livro. Um enredo que se traduz num combate titânico entre mundos:
"Vejo um exército pronto para a batalha. Vejo um General isolado. Vejo um traidor no portal. Vejo um sacrifício.
(...)
Os mortos acordarão nos salões do Tártaro. E o Inominável erguer-se-à, e os Nove Mundos serão perdidos, a menos que os Sete Adormecidos despertem, e o Trovejante, solto no Mundo Subterrâneo..."
Excerto da página 150
Devo dizer que este livro não é nada de excepcional, e daí estar classificado como sendo juvenil. Embora haja um personagem que eu adorei e simpatizei bastante devido à sua complexa construção: o Loki.
Lido a 3 de Abril de 2008
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