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Sinopse:
O Jardim da Serpente é o livro perfeito para quem aprecie uma boa biografia romanceada e uma deliciosa história de alcova, acompanhada de mistério, uma pitada de ocultismo e uma enorme sensibilidade.
A acção desenrola-se na Inglaterra dos Tudor, ao tempo em que Henrique VII e a sua tenebrosa eminência parda, Thomas Wolsey, conseguem casar a irmã do monarca com o idoso rei de França, com o intuito de colocar um herdeiro inglês no trono francês. A pintora Susanna Dallet, jovem viúva, conquista o interesse real graças ao seu espirito, independência e fantástico dom de captar o carácter das pessoas em magníficos retratos miniatura. Colocada no sequito da princesa-noiva, Susanna transporta consigo para França, sem o saber a chave de um segredo que a envolverá nos meandros diabólicos da corte francesa, dominada por bruxaria, intrigas e conspirações. Com a aproximação do perigo, Susanna recebe uma ajuda inesperada por parte de vários anjos, risonhos e brincalhões que não só a livram de apuros, como ainda a recompensam, pela coragem e desenvoltura, com o amor de um herói inteligente e divertido.


A minha opinião:
Simplesmente maravilhoso!
A força, coragem e destreza da personagem principal - Susanna Dallet- encantou-me. Está bem que para atravessar as dificuldades que se lhe apresentaram ela teve um pouco de sorte e ajuda divina (o que eu me ri com o anjo Hadriel) à mistura.
Susanna Dallet ao se casar com o seu marido Master Dallet, deixa de pintar e dedica-se apenas a ser uma maravilhosa esposa. Mas Master Dallet, que se casou com Susanna apenas com o interesse de conhecer os truques e técnicas de pintura do pai de Susanna, não se interessa minimamente pela esposa, pelo filho que está para nascer, com o dinheiro, ou mesmo com a sua arte. Os principais interesses de Master Dallet são o vinho e as mulheres. Isto até ao dia em que se envolve com o astuto e perigoso Sir Septimus Crouch num esquema de más intenções e liberta um antigo demónio chamado Belfagor. É a partir deste momento que Master Dallet assina a sua sentença de morte, que irá concretizar a cama da sua amante.
Susanna, ao se ver só com a sua Nan, enterrada em dívidas, grávida e sem qualquer meio de sobrevivência, resolve voltar a pintar e para isso inspira-se nos quadros falsamente religiosos de Adão e Eva que o falecico marido da sua senhoria tinha pintado antes de falecer. É com estes quadros, perversamente eróticos e sugestivos que Susanna começa a ter algum meio de pagar as dívidas que possui. O problema é que uma mulher pintora, na Inglaterra do século XVI, não era bem vista e Susanna começa a afirmar que os quadros são da autoria do seu marido. É com esta pequena primeira mentira que Susanna se enreda numa teia de perigosos e mortíferos intentos. O mistério de um pintor que veio dos mortos para pintar um quadro leva Susanna às mãos de Thomas Wolsey, o Esmoler do rei, que a usará como um meio para atingir as suas ambições. Wolsey, envia Susanna com um homem da sua confiança chamado Robert Ashton, para acompanhar a comitiva da princesa Maria aquando do seu casamento com o velho rei de França. O que eles não contam é que em França estarão sob perigo mortal, com conspirações vindas da corte, uma misteriosa imandade que afirma a supremacia dos Merovíngios, e claro, o demoníaco Septimus Crouch.
Mas com toda esta adrenalina algo surge entre Susanna e Master Ashton, um fogo demasiado intenso, impossível de qualquer um ignorar.
Lido a 25 de Abril de 2008
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