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Sinopse:
Emilie, uma menina de nove anos, desaparece uma tarde no caminho de regresso da escola. Uma semana depois, desaparece um outro rapaz de cinco anos. Este aparece pouco tempo depois numa embalagem enviada à sua mãe com uma nota a dizer diz: “Agora tens o que mereces”.
O inspector Stubø, como toda a Noruega, está horrorizado com o desaparecimento das crianças, mas não tem nenhuma pista. Pede então ajuda a Johanne Vik, uma antiga profiler do FBI, que se mostra pouco cooperante no início, enredada na resolução de um caso de erro judicial antigo que levou um inocente para a prisão, mas acaba por ajudar Stubø neste perverso caso.



A minha opinião:
Quem me conhece sabe do gosto que tenho em ler este tipo de livros - thrillers, com muito mistério e adrenalina à mistura - e este tinha em si a promessa de que seria muito bom.
Confesso que apesar de ter gostado, ficou um pouco aquém das minhas expectativas.
O enredo base é excepcional, o fim é labiríntico e fabuloso. No entanto, achei que a meio do livro a autora andou a prolongar demasiado a estória sem nada a acrescentar. Além disso os nomes das personagens em norueguês fez com que por vezes tivesse de voltar atrás umas quantas páginas.
No final do livro surge um posfácio da autora em que esta nos explica que tudo o que lemos tem um fundo verídico! Fiquei aparvalhada. Claro que grande parte dos pormenores são ficção mas mesmo assim é impressionante.
Quanto ao trabalho da editora, dou-lhes os parabéns pela escolha do design e todo o trabalho que esteve na criação da capa que sem dúvida me captou a atenção. Mas tenho de referir a má escolha do papel, um papel fininho e sedoso (de tal forma sedoso que deve ter dificultado a impressão e em duas páginas as letras estavam muito pouco visíveis).
De parabenizar o trabalho simplesmente impecável de Susana Duarte pela tradução e Anabela Mesquita pela revisão. Em quase 300 páginas encontrei apenas um erro mínimo (troca de uma letra). Isto nos dias de hoje é algo raro de encontrar e fico sempre contente quando vejo uma editora que não defrauda os leitores e aposta numa tradução acompanhada por revisão. Quantas vezes disse isto aqui? Dezenas, com certeza. Mesmo assim continuo a ler livros que enervam tal é o desleixo nestes assuntos. Uma pena!
Apesar dos aspectos negativos referidos, é um bom livro e que recomendo. Isto porque realmente a imaginação que esta autora revelou num enredo com um final como este em que todas as pontas se unem e têm lógica... é de apostar! Além disso adorei a dupla que se criou neste livro, o inspector Stubø e a doutora Vik hão-de dar ainda muito que falar e pensar.
Já reparei que a editora tem mais dois livros desta autora, e mal acabei este já comprei o próximo. Mais um para a looonga lista de livros que anseio ler ainda este ano.

7/10
Lido a 21 de Novembro de 2009
Sinopse:
Somos os Predadores da Noite. Defendemos a Humanidade da destruição. Existimos para além do reino da Vida, para além do reino da Morte. E somos Eternos.

Um deus nasceu há onze mil anos. Amaldiçoado num corpo humano, Acheron teve uma vida de sofrimento. A sua morte humana originou um horror indescritível que quase destruiu a Terra. Trazido de volta contra a sua vontade, tornou-se o único defensor da humanidade. Só que não foi assim tão simples... Durante séculos, lutou pela nossa sobrevivência e escondeu um passado que não desejava revelar. Agora, tanto a sua sobrevivência, como a nossa, dependem da única mulher que o ameaça. Os velhos inimigos estão a despertar e a unir-se para matá-los –
aos dois.


Excerto:
"O bebé berrou ainda mais alto, tentando alcançar a minha mãe. A mãe dele. Ela afastou-se, apertando mais fortemente o outro gémeo que tinha nos braços.
- Não o amamentarei, nem lhe tocarei. Levem-no daqui!
A sábia levou a criança ao pai.
- E vós majestade? Não reconhecerás?
- Nunca. Essa criança não é meu filho.
(...)
- Assim sendo, chamar-se-á Acheron do Rio de Sofrimento. Tal como o rio do Submundo, o seu percurso será escuro, longo e sofredor. Terá a capacidade de dar vida e de tirá-la. Viverá só e abandonado, sempre procurando bondade e sempre encontrando crueldade.
(...)
- Que os deuses tenham piedade de ti, pequenino. Ninguém mais terá."
Retirado da página 23



A minha opinião:
Acheron é o filho da deusa da morte, da destruição e da guerra, Apollymi, e do seu marido, o deus atlante Archon. Mas Archon, com a mente envenenada pelas filhas, ordena a morte do seu filho ainda por nascer, o que vai levar a um acto de desespero por parte de Apollymi que ao tentar que o seu filho viva longe dos que lhe querem mal, envia-o para viver junto dos Humanos.
Nasce assim Acheron, irmão gémeo de Styxx. Um príncipe desprezado de Didymos e cuja própria família o envia para um destino horrível, capaz de enojar e revoltar os leitores mais sensíveis.
A partir deste momento é um deslindar de acontecimentos preenchidos por sofrimento, dor, lutas, tragédias, amor, traição e torturas.
Este livro é um verdadeiro épico de drama e da busca de uma identidade. É impossível não sentirmos compaixão e um certo fascínio pela personagem principal.
No final, fica a sensação de continuação, pelo que espero que esta editora aposte na publicação do volume seguinte.
Um livro muito bem conseguido, mas com um início difícil de ler, com todas as torturas e sofrimentos.
8/10
Lido a 15 de Novembro de 2009
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