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Sinopse:
Os corvos não são aves predadoras. Mas também não são calmos e submissos. O detective-inspector Wexford julgava estar apenas a cumprir o seu dever cívico quando aceitou conversar com Joy Williams a propósito do desaparecimento do seu marido. E certamente não esperava ver-se envolvido num homicídio tão invulgar...


A minha opinião:
Ruth Rendell é, na minha opinião, um ícone literário no policial tal como Agatha Christie. Adoro as duas, e os seus livros são devorados por mim numa questão de meras horas. Este só se tratou de uma excepção por causa da letra minúscula e do amarelo torrado das páginas. Mas devo dizer que este exemplar de Maio de 1986 mostrou-se um valente e amigável companheiro em viagens e esperas. Só foi pena que a desastrada (diga-se eu mesma) tenha descolado a capa ao andar com ele dentro das carteiras.

Quanto à história começa por um desaparecimento de um marido do qual ninguém está muito preocupado e mesmo o nosso detective Wexford vai falar pela primeira vez com a esposa do dito desaparecido só como forma de um favor e ao mesmo tempo de uma simpatia a uma vizinha. Mas quando um segundo marido desaparece de forma misteriosa e sem deixar qualquer rasto, testemunha e em condições parecidas com o primeiro, aí Wexford fica mais atento e desconfia que este caso tem mais que se lhe diga.

Um mistério delicioso nos últimos dias deste ano.
6/10
Lido a 23 de Dezembro de 2010
FELIZ NATAL para todos!
Sinopse:
Ele entrou na vida dela com a ousadia de uma tempestade.
Ela arrebatou-o com a intensidade de um furacão.
Sete anos e milhares de quilómetros depois… o reencontro está finalmente marcado.

Christian é excêntrico, enigmático, o mais famoso recluso da aristocracia inglesa. Vive isolado, não tem amigos e o seu coração nunca foi tomado por ninguém… com excepção de Leona, uma mulher determinada, exótica, belíssima. Mas isso aconteceu em Macau, naquela que parece ter sido uma outra vida.
As notícias da chegada de Leona a Londres deixam-no aturdido. Christian decide então que nada o impedirá de finalmente a possuir. Não podia saber que entre as famílias de ambos pulsam segredos impossíveis de ignorar… e que o grande amor da sua vida acalenta um mortal desejo de vingança!

Uma viagem no tempo até uma era marcada por escândalos, intriga e desejos secretos, no novo e sensual romance de Madeline Hunter: a história de um homem capaz de arriscar tudo pela mulher que ama – até a revelação do seu mais secreto pecado.




A minha opinião:
Já não é mistério nenhum que eu gosto desta autora. Sempre que a Asa edita algum livro desta senhora é ver-me a ir direitinha a uma FNAC, BERTRAND ou livraria da esquina.
Parte do fascínio que esta autora provoca deve-sa sobretudo à fluidez na escrita dela que permita que, por muito complicada que seja a trama, os leitores devorem os seus livros sem dar conta do passar de páginas.

Quanto a este livro, os principais pontos já estão escarrapachados na sinopse e daí eu não avançar mais.
A personagem principal masculina Christian, ou Edmund, já tinha aparecido nos livros anteriores como alguém afastado da sociedade por sua escolha, um autêntico eremita excêntrico com muito poder social e político, mas a verdadeira razão do seu afastamento apenas neste volume é desvendado. Por acaso é algo que não me passava pela cabeça, cuja surpresa fez-me gostar ainda mais deste livro.
Christian é um homem que já está habituada a que os outros se vergam perante a sua vontade e ímpetos e não admite um não, respondendo com ferocidade quanto tal acontece. Com Leona ele irá enfrentar uma mulher forte, determinada e que está habituada a lutar no perigoso mundo dos homens (piratas, muçulmanos,...) e que não age contra os seus princípios ou determinações. Perante tal mulher Christian terá de refrear muito o seu ego gigantesco.

Gostei da luta entre as duas personagens, embora a personagem principal masculina não tenha sempre lutado de forma honesta. O único GRANDE senão neste livro é a sua enorme carga erótica. Tantas referências sexuais entre estas duas personagens! Demasiadas, na minha opinião. Tirando isto, este é mais um excelente livro que nos ensina (pelo menos a mim ensinou, porque desconhecia por absoluto) a enorme culpa que Inglaterra teve no tráfico e disseminação do ópio pelo mundo.

7,5/10
Lido a 15 de Dezembro de 2010

Sinopse:
Por vezes é necessário enfrentar aquilo que mais tememos para não perdermos o amor.

Em Feitiços de Amor, Barbara Bretton, cujas obras figuram na lista das mais vendidas do USA Today, apresentou Chloe Hobbs, filha de uma feiticeira e proprietária de uma loja de lãs. Agora, nesta sequela mágica, Chloe, que conserva ainda alguns dos seus poderes, está prestes a descobrir que o amor pode não conquistar todos, ao contrário de uma fada maléfica...
Alguma vez tiveram a sensação de que o destino finalmente acertou em cheio? Foi o que senti quando conheci Luke MacKenzie. E ninguém me podia ter convencido do contrário – nem os trolls, selkies, ou espíritos que também chamam terra natal a Sugar Maple, em Vermont. Mas se habito numa vila que abunda em segredos, porque me admiro que o homem que amo também esconda alguns? É que a sua ex-mulher apareceu sem mais nem menos, exigindo ver o espírito da filha de ambos, Steffie, uma criança cuja existência eu desconhecia.
Agora, parece que o espírito de Steffie está refém de uma certa líder das fadas. E se eu urdir um feitiço para libertar o espírito da menina, a minha inimiga também ficará livre – livre para destruir a minha loja de lãs, toda a vila de Sugar Maple e todos os que nela vivem. Mas se eu não o fizer, Steffie não será a única a passar a eternidade no inferno. Eu irei ter com ela, amaldiçoada com um coração destroçado…



A minha opinião:
Já tinha lido o Feitiços de amor (livro anterior desta autora) e ficou em mim uma certa insatisfação. Esperava mais e até tinha dito para mim mesma que se calhar esta não era uma boa aposta a seguir.
Mas depois de ter lido uma crítica tão boa num dos blogues que sigo, decidi dar uma oportunidade ao A Magia do Amor. Concordo que desta vez houve uma tentativa da autora de aprofundar a história e alargar um pouco os horizontes, tendo como personagens activas alguns dos habitantes de Sugar Maple, em Vermont. Mas além disso o que tem este livro a oferecer que o primeiro volume já não tenha dado ao leitor? Eu respondo - simplesmente nada.
Apesar de surgir a ex-mulher do Luke que dá um pouco mais de entusiasmo à coisa, essa pitada de entusiasmo depressa se desvanece quando nos apercebemos que este livro é quase uma repetição do 1º livro - a má da fita é a mesma, os objectivos idênticos, os problemas sociais e emocionais das personagens são iguaizinhos. Enfim, acho que quando temos tanta variedade de bons romances à venda e ainda a descobrir, este é um livro a esquecer.
Resumindo, esta foi uma completa desilusão...
3/10
Lido a 13 de Dezembro de 2010
Sinopse:
UM JURAMENTO SAGRADO
UM ANJO CAÍDO

UM AMOR PROIBIDO
Apaixonar-se não fazia parte dos planos de Nora Grey. Nunca se sentira atraída por nenhum dos rapazes da sua escola, apesar da insistência de Vee, a sua melhor amiga.
Então, aparece Patch. Com um sorriso fácil e uns olhos que mais parecem trespassar-lhe a alma, Patch seduz Nora, deixando-a completamente indefesa.
Mas, após uma série de encontros assustadores com Patch, que parece estar sempre onde ela está, Nora não consegue decidir se há-de cair-lhe nos braços ou fugir sem deixar rasto.

Em busca de respostas para o momento mais confuso da sua vida, Nora dá consigo no centro de uma antiga batalha entre imortais. E quando é chegada a altura de escolher um rumo, a opção errada poderá custar-lhe a vida.


A minha opinião:
Para ser sincera peguei neste livro a pensar que iria ler o início e ficaria por aí. Tenho andado um pouco saturada de tantos livros de e sobre vampiros, e neste parecia-me que a autora tinha feito uma pequena reciclagem (substituiu os vampiros por anjos) e a receita seria a mesma. Como me enganei!
Aqui está um bom exemplo de um livro fantástico original e que poderá viciar muitos leitores sem recorrer à mesma fórmula vampiresca da Stephanie Meyer.

Nora Grey é uma jovem sem grandes paixões. É uma aluna que tenta obter boas notas e que luta para vencer o desgosto de ter o seu pai assassinado em circunstâncias misteriosas. Com uma mãe praticamente ausente por causa do trabalho, Nora é uma jovem solitária que pode contar apenas com a empregada Dorothea que é quase da família e a sua amiga tresloucada Vee. Apesar de compreender que a ausência da sua mãe é uma luta para não perder o emprego e conseguir dinheiro suficiente para a sobrevivência das duas e para a manutenção da casa de família, Nora irá constantar que a solidão a que se dedica poderá revelar-se fatal.

De um momento para outro a vida pacífica e quase monótona de Nora vê-se totalmente preenchida com a presença de Patch, o motoqueiro negro e sedutor, o simpático e sempre prestável Elliot que anda sempre acompanhado pelo estranho Jules, ao que se adiciona a nova psicóloga da escola que está mais interessada em afastar Nora de Patch do que no trauma pelo qual Nora passou há um ano atrás.

O livro é altamente viciante e para isso contribui o facto de quase todas as personagens terem algo a esconder. Até a amiga de infância Vee parece estar sempre a convidar Nora para irem para sítios isolados.

Suspeitas, ameaças, vingança e mortes são alguns dos ingredientes deste livro que me deu bastante prazer.
Não é de todo uma obra prima, mas será uma série que irei acompanhar com muito gosto.
Porto Editora... para quando os próximos volumes?

7,5/10
Lido a 4 de Dezembro de 2010

Sinopse:
No Inverno mais frio de que há memória na Suécia, um homem, nu e obeso é encontrado pendurado num carvalho solitário no meio das ventosas planícies de Ostergotland. O cadáver apresenta sinais evidentes de violência mas, em volta, a jovem e ambiciosa inspectora Malin Fors só pode constatar como a neve cobriu e ocultou para sempre as eventuais pistas deixadas pelo assassino. A única certeza é que o macabro achado vai abalar a vida tranquila da pequena comunidade de província e trazer de volta terríveis segredos há muito escondidos.

Sangue Vermelho em Campo de Neve - Inverno revela aos leitores portugueses Mons Kallentoft, um autor brilhante que, com este livro, ocupou de imediato os primeiros lugares nos top de vendas dos países nórdicos e está a ser traduzido pelas mais importantes editoras na Europa.


A minha opinião:
Mas que raio de decepção de livro!
O enredo é satisfatório, a complexidade das personagens é boa. No entanto, a acção é demasiadas vezes intercalada por momentos parados ou demasiado lentos de descrição e/ou pensamentos de alguma personagem, levando qualquer um a achar que este é um livro morno e por vezes chato de continuar a ler.
O que salvou a coisa foi o desfecho que foi original e que foi enriquecido pela, como já referi, complexidade das personagens.
Mas saldo final - o livro é uma absoluta perda de tempo e não me verão, com toda a certeza a prosseguir leitura pelos restantes volumes desta tetralogia.

3/10
Lido em Novembro de 2010

Sinopse:
Titus, o Herdeiro de Gormenghast é literatura fantástica mas não se assemelha a nada que tenha sido escrito antes ou depois. Gormenghast é um castelo antiquíssimo, do tamanho de uma cidade e que, tanto quanto sabemos, pode ser a única construção em todo o mundo. Sem pontos de referência para a nossa realidade, o romance adquire uma atmosfera surreal e mágica. As personagens são todas elas bizarras: o taciturno e cadavérico Mr. Flay, o vulgar e obeso Swelter, o ligeiramente deformado mas brilhante Steerpike. E Titus, o herdeiro de Gormenghast. O castelo de Gormenghast é um mundo de pesadelo e nenhuma pessoa sã lá quereria viver... e no entanto, quão estranho, belo e divertido é esse mundo! Arrisque-se nesta leitura pois nunca mais a irá esquecer.


A minha opinião:
Esta foi, sem qualquer margem para dúvidas, uma minha crítica/opinião que mais me custou escrever. Não porque tenha detestado o livro, nada disso! Apenas porque, enquanto escrevo estas linhas, sei perfeitamente que, por muito que eu tente descrever as sensações e o ambiente sombrio que o leitor sente ao ler este livro, NUNCA se aproximará da realidade.
Isto não é um livro... é uma experiência de vida descrita em papel.

No início do livro, o foco é dirigido a Titus, o herdeiro de todo o Gormenghast. É descrito com todo o pormenor o ambiente de caos que todo o castelo vive em consequência deste nascimento, por uns desejado, por outros estranhado.
Durante várias páginas, vamos acompanhando o crescimento de Titus, ao mesmo tempo que conhecemos mais profundamente algumas das personagens... e que personagens! Não bastava o ambiente soturno, sombrio e gótico, ainda nos deparamos com personagens estranhas, perversas, curiosas, mas absolutamente fascinantes.
Mas eis que, a dado momento do livro, o enfoque do enredo altera-se e começamos a acompanhar Steerpike, um simples rapaz, ajudante na cozinha de Gormenghast que, aos poucos, vemos que de "simples" este moço não tem nada. A complexidade desta personagem, combinada com a sua ambição desmedida, torna-a sedutora e viciante.

Basicamente, este livro não tem grande acção ou momentos excitantes, consistindo em 437 páginas de descrições e narrações.
 
Saio deste livro com um sentimento de estranheza, comparável apenas ao que se sente ao vermos um filme do grande Tim Burton.
6/10
Lido em Outubro de 2010
Sinopse:
David Hunter, o antropólogo forense que protagonizou os romances A Química da Morte e Escrito nos Ossos, regressa aos Estados Unidos onde o espera um dos maiores desafios da sua carreira. Numa cabana nos bosques é encontrado um corpo cujo estado de decomposição aponta para uma morte ocorrida há pelo menos seis dias. Porém, a quantidade de sangue no local e o facto de a vítima ter os membros amarrados sugerem que esta ainda estava viva quando a cabana foi alugada, cinco dias antes. Será David capaz de decifrar o quebra-cabeças ou terá enfim encontrado um rival à altura?


A minha opinião:
Já li este livro à cerca de um mês, mas ficou retido na minha memória como um dos melhores que li este ano.
Apesar de não ter lido nada do autor, inclusivé os dois títulos que foram publicados pela Editorial Presença antes deste, não pude deixar de o comprar dado o seu preço (uma pechincha). Depois peguei-o mais no espírito do ora vamos lá ver se isto vale a pena ou é mais um para esquecer. Sim, porque a minha ausência neste blogue não se deve ao facto de não andar a ler, mas sim de andar a ler livros que me desesperam dada a sua fraca qualidade e inegável qualidade de me fazerem pensar mas porque raios estou eu a perder tempo a ler isto? Mas isto fica para um post posterior. Quanto a este livro o que posso dizer além de que é fabuloso?

David Hunter é um antropólogo forense com algumas cicatrizes resultantes de encontros mano a mano com assassinos. É um homem calmo e perfeitamente realista que nos parece o vizinho do lado, normalíssimo. Depois de David ter tido um valente susto (que terei de ler os livros anteriores para saber o que é que foi exactamente) decide viajar até aos Estados Unidos e aprofundar os seus conhecimentos através de uma visita à famosa Quinta dos Cadáveres (que existe na realidade) e aproveita para visitar o seu velho amigo Tom Lieberman. Mas esta viagem será mais para acalmar a sua constante sensação de estar a ser vigiado, perseguido, atacado... enfim, aliviar a adrenalida que ainda permanece no seu organismo após o último livro.
Mas nem tudo são rosas e descanso, e após pouco tempo David vê-se convidado a visitar o local de um estranho homicídio. Embora seja convidado a dar o seu parecer neste caso, existirão muitas pessoas que não vêem a intervenção deste inglês com bons olhos e tudo farão para o afastar. A isto adiciona-se um assassino GENIAL cuja inteligência e astúcia me fez lembrar o famoso Hannibal Lecter. Este será o início de muitas páginas de puro prazer e deleite de qualquer leitor. 


No meu entender de simples leitora apreciadora de policiais e thrillers, este livro não tem defeitos a apontar.
Apesar de não ter lido os livros anteriores senti-me sugada na história e acompanhei com fervor estas personagens de tal modo que dei por mim a sentir pena de as deixar, ao virar a última página.


9/10
Lido em Outubro de 2010
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