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Sinopse:
O encantador jardim renascentista de uma villa italiana esconde um mistério. O passado e o presente encontram-se em duas histórias de amor, vingança e assassinato separadas no tempo 400 anos…


O jardim da Villa Docci, no coração da Toscana, dedicado à memória da jovem esposa de um nobre do século XV, é um mundo misterioso de estátuas, grutas, trilhos serpenteantes e epígrafes clássicas, que poderão ocultar uma mensagem secreta. O jovem Adam Strickland, da Universidade de Cambridge, parece ser a pessoa certa para decifrar o mistério. Viaja para a Itália e conhece a família Docci, tão sedutora como a villa que habita e o respectivo jardim. Mas a Itália do pós-guerra ainda é um local estranho e perigoso, e os Docci parecem esconder alguns esqueletos no armário… Será que uma nova tragédia irá ter lugar na amaldiçoada Villa Docci?

A minha opinião:
Um jovem estudante da universidade de Cambridge é convidado por um professor para realizar uma tese baseada num misterioso jardim. De início a ideia parece absurda, mas depois de considerar todas as possibilidades Adam aceita o convite e viaja para a Toscana, Itália, a fim de concretizar esse projecto. Mas tudo o que parece ser, não o é. E a viagem de Adam, desde o primeiro minuto, está programada por alguém que necessita dele, que precisa urgentemente de uma marioneta de modo a conseguir o que quer. Mas o que não se apercebem é que Adam tem uma capacidade extraordinária de relaccionar factos e dados que para a maioria das mentes não teriam qualquer ligação, e é neste ponto que talvez Adam consiga fugir, ainda com vida, da teia de intrigas e mentiras em que tentam envolvê-lo.
A sinopse atraiu-me como uma mosca a um doce. A expectativa era grande e, em parte, este livro não desiludiu. O livro está muito bem escrito, as personagens estão bem construídas, e a teia de intrigas... foi o melhor deste livro! No entanto, ansiava por adrenalina e crime logo nas primeiras páginas e não foi isso que aconteceu. Este livro tem um ritmo semelhante aos livros da grande Agatha Christie, em que nós só chegamos a descobrir a verdade apenas com a leitura do último capítulo. É claro que o génio de Agatha Christie é único, e apesar de Mark Mills ter uma boa imaginação, as pistas que vai deixando permitem ao leitor adivinhar a maior parte do que verdadeiramente se passa. No entanto, o final... surpreendeu e faz-me desejar reler este livro daqui a um bom tempo. Quando tiver esquecido da maioria dos detalhes, só para ver se os meus sentimentos mudam. Suspeito que sim... que irei gostar ainda mais dele.

8/10
Lido a 28 de Fevereiro de 2009
Mais um prémio recebido com surpresa e um sorriso de orelha a orelha. Obrigada Paula, Flicka, Projecto Lê, Homem do Leme e às meninas do Floresta das Leituras !
As regras são as seguintes:
  1. Exibir a imagem;
  2. Linkar o Blog do qual recebeu o prêmio;
  3. Escolher 15 Blogs para entregar os prêmios e avisá-los.
Desta vez os meus nomeados são:

Sinopse:
A história enternecedora e inesquecível de uma família e do seu cão malcomportado que ensina o que realmente importa na vida.

Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vítima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a "proeza" de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de "conquistar" corações humanos. A família Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras... e feitios.



A minha opinião:
Este era um livro que já estava à muito na estante à espera de ser lido. Peguei nele pois aproxima-se a altura de o filme estar nos nosso cinemas e queria muito vê-lo, mas depois de ler o livro, pois claro!
Adoro animais e tenho uns exemplares traquinas lá em casa, mas nada como o Marley! :-D
Este livro foi divertido de ler (por várias vezes que me ri às gargalhadas... aquela do pau de b**** foi demais), bem leve e muito, muito agradável. Não é nenhum exemplo da literatura de qualidade, mas antes um livro que aquece o nosso coração e com o qual é impossível ficar indiferente. Pessoalmente eu não sou uma pessoa que se emociona facilmente a ler um livro ou a ver um filme, e devo dizer que no final chorei que nem uma desalmada pois revi-me no que aconteceu ao Marley. Também eu tive uma cadela durante treze anos que era mais do que uma amiga e que em Fevereiro de 2004 o estômago dela inchou de tal maneira que fomos a correr para a veterinária. Estivemos toda a madrugada à espera de notícias e ela sobreviveu. Mas tal como no livro nos é explicado, esta operação não é nada fácil de recuperar (e por causa de uma negligência grave da veterinária estagiária que é o que mais me dói, ainda hoje que escrevo estas palavras) a Laidy faleceu. De tantos cães e gatos que passaram na minha vida, a Laidy, com todas as suas manias, perversidades, e actos manhosos, foi ela que nos conquistou e que ainda hoje falamos dela com todo o amor e saudade...
Este é um livro que irei guardar com todo o carinho e que recomendo, não por ser uma obra prima, mas por ser um livro que relembra a muita boa gente o porquê que não se deve desperdiçar a vida de um animal. Porque haverá pelo menos um que nos conquista e nos faz amá-lo mais do que tudo no mundo.
9/10
Lido a 14 de Fevereiro de 2009

Sinopse:
A história de um amor proibido.
Uma mulher com um extraordinário poder de sedução e dois irmãos com quase nada em comum compõem um triângulo amoroso que, involuntariamente, conduz a um acerto de contas com o passado.
Sob a ditadura de Enver Hoxha, a Albânia era o mais isolado e paranóico Estado europeu, onde a vida apenas poderia ser vivida em cumplicidade com a tirania ou no isolamento da clandestinidade. O casarão de Zanum Radjik, um herói nacional, está repleto de segredos. Numa parede está pendurado o retrato da mulher cujo nome nunca é mencionado. Ela era a mãe de dois filhos bastante diferentes, e a imagem do seu olhar carrega o testemunho da sua morte misteriosa. Viktor – o filho mais velho e o preferido do pai – traz a esta casa sem mulheres a sua jovem e bela noiva, Helena. Mas os irmãos Radjik escolheram caminhos opostos e medem dolorosamente as distâncias que os vão afastando cada vez mais. Durante a ausência de Viktor, uma paixão irresistível por Helena arrebata Ismaíl, e ele dá por si compelido a exumar os segredos e os crimes que envenenam as suas vidas.


A minha opinião:
Sinceramente nem sei como escrever esta minha opinião. Aliás esta é a razão pela qual tenho estado a atrasar a escrita deste post quase uma semana.
No início estava a literalmente a empurrar as páginas. A escrita desta autora não era apelativa, mas antes confusa, com comparações excessivamente enumerativas e com saltos na estória demasiado inesperados e súbitos. Mas como eu tive sempre esta mania de não gostar de deixar livros a meio, continuei a ler. E ainda bem que o fiz.
Passadas estas primeiras páginas o livro começou a agradar-me. É a estória de dois irmãos que durante a infância eram inseparáveis, mas à medida que cresciam foram separados pelos próprios pais para que cada um cumprisse os desejos de futuro de cada progenitor. Mas a relação entre este casal é algo estranha e desde cedo que adivinhamos o que se passou. No entanto, e apesar das minhas quase certezas, tive de esperar para saber se tinha razão. A mãe faleceu à muitos anos e o pai é uma personagem sombra, alguém que sabemos que existe mas que nada partilha ou demonstra. Aliás, é através do irmão mais novo, Ismaíl, que vamos descobrindo o que verdadeiramente se passou.
A estória em si é bastante simples, mas o desfecho é que foi mais complicado. Uma estória de um amor proibido repleto de segredos de estado, intrigas a rodearem os amantes e uma traição inesperada embora à muito temida. Tudo isto num país isolado de toda a Europa e altamente paranóico, com uma polícia secreta de Estado que prende e assassina qualquer pessoa sem ser necessário qualquer prova, bastando apenas que alguém aponte o dedo.
À medida que Ismaíl vai ligando os pontos, vai-se apaixonando pela bela cunhada. Esta relação soou-me quase como um reflexo um pouco distorcido do que se tinha passado com a mãe de Ismaíl, e cujo desfecho... bem, é melhor lerem para eu não retirar o prazer de leitura de alguém que tenha este livro na estante à espera de ler ou com intenções em lê-lo.
Como balanço final posso dizer que acabei por gostar do livro, mas tenho pena que a autora não tenha reescrito os primeiros capítulos.
6/10
Lido a 8 de Fevereiro de 2009

Fui surpreendida com mais um gesto de carinho e amizade por parte da autora do blog Mil Livros, Um Sonho. Obrigada minha querida!

1 - Recebendo o troféu, ele deve ser oferecido a 10 blogues que tenham compromisso e afecto com a Educação;
2 - A imagem do selo deve passar a ser exibida permanentemente no blogue;
3 - O nomeado deve colocar um link para o blogue de onde a nomeação foi atribuída;
4 - Nos blogs seleccionados, deve ser deixado um comentário, permitindo assim que eles saibam que foram presenteados e quem os presenteou;
5 - O blogue que receber 5 vezes o troféu “Pedagogia do Afecto” deve ir à página
http://pedagogiadoafeto.blogspot.com/ deixar um comentário com o e-mail, para receber uma nova homenagem.
Dez é o número máximo de nomeados, mas como é óbvio, todos os que eu visito regularmente mereciam este prémio.
E os meus nomeados são:



Sinopse:
As Pontes de Madison County é a história de Robert Kincaid, fotógrafo famoso, e de Francesca Johnson, mulher de um agricultor do Iowa. Kincaid, de 52 anos, é fotógrafo da National Geographic — um estranho e quase místico viajante dos desertos asiáticos, dos rios longínquos, das cidades antigas, um homem que se sente em desarmonia com o seu tempo. Francesca, de 45 anos, noiva italiana do pós-guerra, vive nas colinas do Iowa com as memórias ainda vivas dos seus sonhos de juventude. Qualquer deles tem uma vida estável, e no entanto, quando Robert Kincaid atravessa o calor e o pó de um Verão do Iowa e chega à quinta dela em busca de informações, essa estabilidade desaba e as suas vidas entrelaçam-se numa experiência de invulgar e estonteante beleza, que os marcará para todo o sempre. O resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora, que foi levada ao cinema por Clint
Eastwood, com Meryl Streep no papel de Francesca.

A minha opinião:
Este foi um daqueles livros que sempre tive curiosidade em ler. É um livro muito pequenino mas com imenso conteúdo.
O que nos é contado é o breve romance entre um fotógrafo que está de passagem e uma dona de casa. Francesca é de origem italiana e sempre teve as expectativas altas. Sempre sonhou com romance, amor, paixão e aventura, mas não é com isso que vive. Francesca vive como muitas donas de casa, com um marido agricultor que nada tem de sonhador mas com uma visão do mundo muito prática e mundana. Para o marido de Francesca um jantar à luz das velas, seguido de um breve passeio de mãos dadas para observar as estrelas é um completo disparate, uma tolice. É talvez por isso que quando aparece Robert Kincaid ela se apaixone de imediato por ele e se perca numa relação tão fogosa quanto breve. Na minha opinião, Francesca apaixonou-se pela imagem/ideia do homem que Robert mostrou ser. Um homem vivido, carinhoso, amável e cuja liberdade é essencial para viver e no modo desse viver. Mesmo a Francesca descreve Robert da seguinte forma: "Num certo sentido, ele não pertencia a este mundo. (...) Sempre o achei uma criatura parecida com um leopardo que viajava na cauda de um cometa." Excerto da página 130
No entanto, ninguém que leia este livro, pode negar que os dois viveram uma relação só equivalente a uma chama intensa e muito rápida. Como aqueles incêndios que vemos no telejornal que acontece frequentemente na Austrália: muito violento e com uma voracidade e velocidade que tornam-no impossível de apagar. Penso que é esta a imagem perfeita para esta paixão.
Gostei muito da escrita deste autor que tem capacidade de, em poucas páginas, descrever perfeitamente o ambiente sentimental que só os envolvidos da relação podem sentir. Fiquei com muita curiosidade em experimentar outros livros deste autor.
Agora só me falta tentar arranjar o filme que admito nunca ter visto :-/
7/10
Lido a 4 de Fevereiro de 2009
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