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A todos desejo um Feliz Ano Novo!
Um 2010 cheio de sonhos concretizados, viagens felizes, paixões reencontradas e desejos alcançados.
Sinopse:
Em 1912, a História, tal como a conhecemos, foi mudada pelo Milagre. De um momento para o outro o Continente Europeu desaparece misteriosamente e é substituído por uma estranha terra de monstros antediluvianos e florestas infernais conhecida por Darwinia. Para uns, o Milagre é um acto de retribuição divina; para outros, a oportunidade de formar um novo império.
Guilford Law, um rapaz de catorze anos, testemunhou o Milagre na forma de estranhas luzes no céu sobre o oceano. E anos depois abandona a América, governada por fundamentalistas religiosos, determinado a viajar para Darwinia e explorar os seus mistérios. Junta-se a uma expedição como fotógrafo que sobe o Reno e penetra finalmente nas profundezas ocultas do continente. Mas o que Guilford vai descobrir está muito para lá do que poderia imaginar. O que começa como uma aventura e se transforma numa luta pela sobrevivência, termina com a derradeira revelação do destino da Humanidade no Universo.


A minha opinião:
Um livro no mínimo estranhamente agradável...
Em 1912, após o visionamento de umas estranhas luzes no céu, a população da Europa desaparece e o próprio continente surge invadido por vegetação e animais quase monstruosos. A partir deste momento a antiga Europa é baptizada como Darwinia, como se o que aconteceu fosse um castigo divino pelas ideias de Darwin (uma ironia e uma provocação que achei bem original e que gostei bastante).
À medida que surgem notícias sobre os estranhos avistamentos do novo continente, a curiosidade humana leva à organização de uma expedição exploratória de carácter científico. Esta viagem dá a oportunidade do leitor conhecer este mundo irreal e fantasista do ponto de vista bem diferentes de duas personagens - Guiford Law e a sua esposa.
Um livro original e bem escrito mas que perde bastante com o seu final...
Já agora, ao contrário do que o site da editora informa, este não é (de todo!) um romance histórico, mas sim uma obra de ficção científica.
6/10
Lido a 31 de Dezembro de 2009
Sinopse:
Sophia é a herdeira do negócio de vinhos da próspera família Giambelli. Sob ordens da sua avó, ela tem de aprender todas as etapas da produção de vinho. O seu tutor, Tyler MacMillan, é um jovem atraente com uma grande paixão pelas vinhas, mas apenas desprezo pelo mundo de negócios. À partida, esta promete ser uma parceria difícil, mas quando a reputação dos vinhos Giambelli começa a ser misteriosamente atacada, a difícil relação transforma-se num inesperado romance. Infelizmente alguém ambiciona destruir mais do que o negócio de vinhos. Mas só quando o pai de Sophia é morto e os membros da família se tornam suspeitos, é que a verdadeira dimensão da ameaça é revelada. Será que a própria família Giambelli está em risco? E o que pode um frágil amor perante tamanha teia de manipulação?

A minha opinião:
Basicamente este livro conta-nos a história de uma família rica e com muito poder dentro do mundo das vinhas e dos vinhos.
A família Giambelli é acompanhada por muitas pessoas cujos ciúmes, traições, crimes e faces/motivos ocultos trarão muitos dissabores, perdas e tristezas a esta família cujo núcleo principal é constituído por três mulheres. Três mulheres, três gerações, três forças da natureza, cada uma com uma energia e visão da vida bem diferente.
Um romance original que nos traz duas histórias de amor, as duas bem diferentes. Além disso, existem
alguns homicídios à mistura o que agita e apimenta um pouco o enredo. Apesar de sabermos desde cedo quem é o mentor dos crimes, gosto quando o(a) autor(a) nos mostra o ponto de vista do criminoso, assim como as suas motivações.
7/10
Lido a 27 de Dezembro de 2009
Sinopse:
A caminho da escola, levado pela mão do pai, Pippo é atingido por uma bala perdida no meio de uma refrega das máfias de Nápoles. Matteo e Giuliana, os pais, passam a viver obcecados pela vingança - mas Matteo não consegue a coragem necessária para abater Cullaccio, o responsável pela morte do seu filho.
Abandonado pela mulher, Matteo vagueia pela noite de Nápoles, onde travará conhecimento com um conjunto de personagens estranhos: Grace, um travesti felliniano, Garibaldo, dono de um café que permanece aberto toda a noite, o velho padre Mazerotti e o professore Provolone, um especialista em questões esotéricas que lhes garante que é possível descer aos Infernos e que conhece, na própria Nápoles, uma das entradas possíveis.
Acompanhado do padre, Matteo aventura-se então nas entranhas do Reino dos Mortos em busca do seu filho perdido...
Misturando o real e o fantástico, Laurent Gaudé - Prémio Goncourt de 2004 e uma das vozes mais importantes da actual literatura francesa - oferece-nos com A PORTA DOS INFERNOS um romance admirável sobre um dos mitos mais poderosos da história da humanidade.



A minha opinião:
Este não é um livro para se ler de ânimo leve. É a história de uma tragédia familiar que deixa as suas marcas profundas em todas personagens envolvidas.
Tudo começa quando, em 1980, Pippo, um menino de 6 anos, é apanhado no meio de um tiroteio entre grupos de mafiosos rivais e morre nos braços do seu pai, Matteo. A partir deste momento tudo se desmorona, tudo é negro, perverso e tudo se move em busca de uma solução que traga a vingança e a paz a um pai e a uma mãe que perderam o ânimo de viver.
Depois de muita procura e com a ajuda de um grupo de amigos no mínimo peculiar, Matteo consegue descobrir onde se situa a entrada para o Inferno de forma a resgatar das profundezas sombrias o seu amado filho. Matteo consegue, mas não sem pagar um elevado preço.
Com Pippo devolvido à vida, é este que irá realizar a tão esperada vingança contra aqueles que destruíram a sua família.
Um livro muito bem escrito, com passagens poderosas e que nos faz pensar sobre o quão poderosas são as ligações humanas baseadas no amor ou na obsessão...
8/10
Lido a 18 de Dezembro de 2009
Sinopse:
Velho, cínico e assombrado pela memória das mulheres que não soube amar, preso entre o fascínio pelos marginais que deveria perseguir e o desprezo dos seus superiores, que sonham vê-lo reformado, o inspector Méndez vagueia por uma Barcelona cuja modernidade o acossa, saudoso da cidade gloriosa de outrora. As décadas que passou ao serviço da polícia não deixam que Méndez confunda verdade com justiça, e este velho cavalo de guerra da lei não se deixa iludir facilmente.
Quando se depara com um bizarro crime que envolve um cadáver e uma cadeira de rodas, Méndez mergulha na aventura mais vertiginosa e sentimental da sua vida - uma história de solidões, frustrações, nostalgias e inesperadas ternuras. Uma mulher presa a um passado longínquo e perdido, um homem casado apaixonado por um antigo amante, um amor inesperadamente platónico e um conjunto de vidas tragicamente interligadas levam Méndez a descobrir que se pode morrer por sonhar demais e que o homicídio pode ser o derradeiro acto de ternura.

A minha opinião:
Ora aqui está um bom exemplo de não se deve julgar um livro pela sua capa. Apaixonei-me de imediato pelo título e pelo design da capa. Aliás, o meu primeiro pensamento foi "este livro vai-me encher as medidas", nada disso, nem de longe.
A linguagem vulgar, a escrita ora directa ora confusa/enigmática fez com que o meu entusiasmo morresse na página 76. Mesmo assim terminei-o com muito esforço e muita desilusão.
Apesar de o livro ter ganho o prémio Mystère de melhor romance estrangeiro, não acho que o mistério em si fosse assim tão excepcional.
Enfim... às vezes acontece.
2/10
Lido a 4 de Dezembro de 2009

Sinopse:
Emilie, uma menina de nove anos, desaparece uma tarde no caminho de regresso da escola. Uma semana depois, desaparece um outro rapaz de cinco anos. Este aparece pouco tempo depois numa embalagem enviada à sua mãe com uma nota a dizer diz: “Agora tens o que mereces”.
O inspector Stubø, como toda a Noruega, está horrorizado com o desaparecimento das crianças, mas não tem nenhuma pista. Pede então ajuda a Johanne Vik, uma antiga profiler do FBI, que se mostra pouco cooperante no início, enredada na resolução de um caso de erro judicial antigo que levou um inocente para a prisão, mas acaba por ajudar Stubø neste perverso caso.



A minha opinião:
Quem me conhece sabe do gosto que tenho em ler este tipo de livros - thrillers, com muito mistério e adrenalina à mistura - e este tinha em si a promessa de que seria muito bom.
Confesso que apesar de ter gostado, ficou um pouco aquém das minhas expectativas.
O enredo base é excepcional, o fim é labiríntico e fabuloso. No entanto, achei que a meio do livro a autora andou a prolongar demasiado a estória sem nada a acrescentar. Além disso os nomes das personagens em norueguês fez com que por vezes tivesse de voltar atrás umas quantas páginas.
No final do livro surge um posfácio da autora em que esta nos explica que tudo o que lemos tem um fundo verídico! Fiquei aparvalhada. Claro que grande parte dos pormenores são ficção mas mesmo assim é impressionante.
Quanto ao trabalho da editora, dou-lhes os parabéns pela escolha do design e todo o trabalho que esteve na criação da capa que sem dúvida me captou a atenção. Mas tenho de referir a má escolha do papel, um papel fininho e sedoso (de tal forma sedoso que deve ter dificultado a impressão e em duas páginas as letras estavam muito pouco visíveis).
De parabenizar o trabalho simplesmente impecável de Susana Duarte pela tradução e Anabela Mesquita pela revisão. Em quase 300 páginas encontrei apenas um erro mínimo (troca de uma letra). Isto nos dias de hoje é algo raro de encontrar e fico sempre contente quando vejo uma editora que não defrauda os leitores e aposta numa tradução acompanhada por revisão. Quantas vezes disse isto aqui? Dezenas, com certeza. Mesmo assim continuo a ler livros que enervam tal é o desleixo nestes assuntos. Uma pena!
Apesar dos aspectos negativos referidos, é um bom livro e que recomendo. Isto porque realmente a imaginação que esta autora revelou num enredo com um final como este em que todas as pontas se unem e têm lógica... é de apostar! Além disso adorei a dupla que se criou neste livro, o inspector Stubø e a doutora Vik hão-de dar ainda muito que falar e pensar.
Já reparei que a editora tem mais dois livros desta autora, e mal acabei este já comprei o próximo. Mais um para a looonga lista de livros que anseio ler ainda este ano.

7/10
Lido a 21 de Novembro de 2009
Sinopse:
Somos os Predadores da Noite. Defendemos a Humanidade da destruição. Existimos para além do reino da Vida, para além do reino da Morte. E somos Eternos.

Um deus nasceu há onze mil anos. Amaldiçoado num corpo humano, Acheron teve uma vida de sofrimento. A sua morte humana originou um horror indescritível que quase destruiu a Terra. Trazido de volta contra a sua vontade, tornou-se o único defensor da humanidade. Só que não foi assim tão simples... Durante séculos, lutou pela nossa sobrevivência e escondeu um passado que não desejava revelar. Agora, tanto a sua sobrevivência, como a nossa, dependem da única mulher que o ameaça. Os velhos inimigos estão a despertar e a unir-se para matá-los –
aos dois.


Excerto:
"O bebé berrou ainda mais alto, tentando alcançar a minha mãe. A mãe dele. Ela afastou-se, apertando mais fortemente o outro gémeo que tinha nos braços.
- Não o amamentarei, nem lhe tocarei. Levem-no daqui!
A sábia levou a criança ao pai.
- E vós majestade? Não reconhecerás?
- Nunca. Essa criança não é meu filho.
(...)
- Assim sendo, chamar-se-á Acheron do Rio de Sofrimento. Tal como o rio do Submundo, o seu percurso será escuro, longo e sofredor. Terá a capacidade de dar vida e de tirá-la. Viverá só e abandonado, sempre procurando bondade e sempre encontrando crueldade.
(...)
- Que os deuses tenham piedade de ti, pequenino. Ninguém mais terá."
Retirado da página 23



A minha opinião:
Acheron é o filho da deusa da morte, da destruição e da guerra, Apollymi, e do seu marido, o deus atlante Archon. Mas Archon, com a mente envenenada pelas filhas, ordena a morte do seu filho ainda por nascer, o que vai levar a um acto de desespero por parte de Apollymi que ao tentar que o seu filho viva longe dos que lhe querem mal, envia-o para viver junto dos Humanos.
Nasce assim Acheron, irmão gémeo de Styxx. Um príncipe desprezado de Didymos e cuja própria família o envia para um destino horrível, capaz de enojar e revoltar os leitores mais sensíveis.
A partir deste momento é um deslindar de acontecimentos preenchidos por sofrimento, dor, lutas, tragédias, amor, traição e torturas.
Este livro é um verdadeiro épico de drama e da busca de uma identidade. É impossível não sentirmos compaixão e um certo fascínio pela personagem principal.
No final, fica a sensação de continuação, pelo que espero que esta editora aposte na publicação do volume seguinte.
Um livro muito bem conseguido, mas com um início difícil de ler, com todas as torturas e sofrimentos.
8/10
Lido a 15 de Novembro de 2009
Sinopse:
O conto que dá o título ao livro "O Crime de Lord Saville" conta a história de um jovem aristocrata londrino do final do século XIX, Artur Saville, que está noivo da bela Sibila Merton.
Tudo começa quando Lorde Artur conhece Septimus Podgers, um quiromante que Lady Windermere convida para mais uma das suas festas.


A minha opinião:
Desde a adolescência que sou fã das obras de Oscar Wilde. Nessa altura li "O retrato de Dorian Gray" numa idade em que para mim o que Wilde retratou fazia todo o sentido. Gosto da sua ironia, da sua irreverência e do modo como ele esmiuça o aspecto psicológico das personagens.
Wilde não se detém em descrições sobre as suas personagens. Ele deixa que os actos que elas realizam falem por si só, permitindo ao leitor ter uma ideia clara do carácter e do tipo de pessoa que são.
Este pequenino livro é mais um exemplo disso mesmo. Constituído por apenas dois contos - O crime de Lorde Arthur Savile e A Esfinge sem Segredos - este é um prazer rápido.
O segundo conto já o conhecia pois normalmente é sempre inserido nas colectâneas de contos deste autor. Quanto ao primeiro, não o conhecia, o que elevou ainda mais o meu prazer em revisitar este autor da minha estima.
7,5/10
Lido a 25 de Outubro de 2099
Sinopse:
Antes de a noite cair estaria casada… ou morta!

Como herdeira do clã MacDougall, Lara, a senhora de Lorne, sabia que quando se casasse não seria por amor, no entanto nunca imaginara que o seu casamento fosse uma punição. Quando Robert Bruce ganhou o controlo do castelo, Lara viu-se obrigada a casar-se com um dos homens dele, Sebastien de Cleish.
Leal ao seu clã, Lara jurou não se render ao audaz guerreiro. Todavia, sob a cota de malha e a armadura, escondia-se o coração bondoso de um cavalheiro disposto a fazer de Lara a sua esposa… em todos os sentidos.


A minha opinião:
Como consequência de ter viajado e esquecido de trazer o livro que ando a ler, eis que me vejo em frente às estantes à procura de uma leitura rápida. Pois foi este o que veio comigo.
Este pequeno livro de bolso oferece tudo - crime; guerra; assassinatos; espionagem; ciúme; amor... - e eu como leitora agradeço.
Admito que desconhecia esta autora e este é mesmo o meu primeiro contacto com uma obra sua.
Apesar de se tratar de um livro pequeno, nota-se que a autora teve muito trabalho durante a escrita deste (por demais evidente na Nota da autora, onde se revela que este enredo é baseado num facto real, a batalha de Brander Pass.
Resumindo, é um livro bem construído e sem qualquer pressa na finalização. O único senão é a fraca caracterização psicológica de algumas personagens.
Se quiserem ler um pequenino excerto podem vê-lo aqui.
Sem dúvida um pedacinho delicioso de romance histórico.
6/10
Lido a 24 de Outubro de 2009
Depois de 2 semanas de trabalho intenso e stress, eis que espreito o meu blog e vejo uma enorme avalanche de carinho celebrada através de selinhos!
Agradeço-vos do fundo do coração a amizade e a atenção com que seguem este meu pequeno cantinho!
Como agora é impossível ofertar, para cada selo, 5 ou 6 blogues, vou oferecê-los a todos os que me visitam e gostam do que escrevo por aqui.
Desta vez, fui prendada com gestos de apreço e amizade da Catarina, da Marta, da Diana, da Jojo e da Laelany. Muito obrigada a todas!








PS - Para as pessoas que estão à espera da minha opinião sobre o livro "Acheron" posso já adiantar que apesar da leitura andar lenta, o livro é maravilhoso!

 Sinopse:
O coração pode ser tocado pela magia... mas o poder do verdadeiro amor é mais forte que qualquer encantamento...

Parece uma vila bucólica igual a tantas outras, mas esconde um segredo antigo de todos os visitantes…
Sugar Maple é uma terra encantada habitada por feiticeiras, fadas, vampiros e outras criaturas mágicas. Chloe Hobbs é a única que não tem poderes especiais naquele lugar onde nada é o que parece.
Chloe é a proprietária da Sticks & Strings, uma popular loja de artigos de tricô. Mas é também a última descendente de uma longa dinastia de feiticeiras com o futuro de Sugar Maple nas mãos. Chloe sabe que tem de se apaixonar para receber os poderes mágicos e continuar a proteger a sua terra natal. Mas, aos 30 anos, ainda sonha com o verdadeiro amor e as amigas decidem lançar feitiços para a ajudar a encontrar o homem dos seus sonhos. O que ninguém esperava era que Chloe se apaixonasse perdidamente por Luke MacKenzie, o polícia destacado para investigar o primeiro crime ocorrido em Sugar Maple e cem por cento humano. Se o amor abre finalmente a porta aos seus poderes mágicos, esses mesmos poderes impedem Chloe de sonhar com um futuro ao lado de Luke…



A minha opinião:
Mal vi este livro apaixonei-me de imediato pela maravilhosa capa. É simplesmente bela. Os meus sinceros parabéns pelo excelente trabalho no design da capa, responsabilidade de Maria Manuel Lacerda da Oficina do Livro.
Depois veio a curiosidade de ler a sinopse e... nunca mais larguei o livro. Trouxe-o para casa com a certeza de que seria uma leitura a acontecer brevemente.
Peguei-lhe hoje de manhã e pouco após o almoço terminei-o.
Trata-se de uma leitura leve, mágica e juvenil. Apesar de no início o livro parecer-me que ia cair no absurdo, este veio a redimir-se após a entrada de Luke em cena. A partir deste momento senti que a autora melhorou a descrição de acontecimentos e refreou um pouco o vulcão criativo que já começava a roçar o exagero (mistura trolls, com vampiros, com duendes, com fadas,...).
Neste caso decidi não revelar muito do enredo nesta minha opinião, pois acho que a sinopse já revela bastante e não gostaria de estragar a leitura a alguém que o compre. Além disso, quem lê a sinopse praticamente sabe todo o enredo.
Foi uma leitura que embora leve, fresca e quase sem profundidade, mostrou-se agradável e muito saborosa. Um livro ideal para os dias mais cinzentos, com garantia de devolução de um coração mais leve e um sorriso nos lábios.
6/10
Lido a 11 de Outubro de 2009
Sinopse:
É meia-noite do dia 30 de Junho de 1860 e tudo está calmo na elegante casa da família Kent, em Road, Wiltshire. Contudo, na manhã seguinte, acordam e descobrem que o filho mais novo foi vítima de um crime extraordinariamente macabro. Pior ainda, o culpado é, de certeza, um dos seus - a casa estava trancada por dentro.
Jack Whicher, o detective mais célebre da sua época, chega a Road para descobrir o assassino. Entretanto, o crime está já a provocar a histeria nacional perante a ideia dos podres que poderão existir por detrás das portas fechadas dos respeitáveis lares de classe média: serviçais intriguistas, filhos rebeldes, insanidade, ciúme, solidão e ódio.

Uma história verídica que abalou a sociedade da época e cujos ecos se fazem ouvir ainda hoje, na sociedade, na literatura e na investigação criminal.


Entrevista com a autora:



Excertos:
"(...) do detective francês Eugène Vidocq. (...) O francês - um mestre do crime que se tornara chefe da polícia - era o herói-detective com o qual os seus homólogos ingleses eram comparados."
Excerto retirado da página 137

"Nada é mais difícil de definir do que a linha de demarcação entre a sanidade e insanidade [...] Façam a definição demasiado restrita, e ela deixa de fazer sentido; façam-na demasiado ampla, e toda a raça humana fica presa na rede de arrasto.
Em rigor, somos todos loucos quando cedemos à paixão, ao preconceito, ao vício, à vaidade; mas se todas as pessoas apaixonadas, preconceituosas e vaidosas fossem enclausuradas como loucas, quem ficaria a guardar a chave do manicómio?"
Excerto retirado da página 146


A minha opinião:
Ao contrário do que pensava ao começar esta leitura, este livro não é policial ficcionado, mas é antes um documento histórico baseado numa elaborada pesquisa por parte da autora.
O livro é uma autêntica aula dos primórdios da ciência forense e sobre os primeiros detectives incorporados na polícia.
O caso aconteceu em Junho de 1860 e chocou a Inglaterra victoriana ao ponto da incredulidade sobre a verdade do que aconteceu dividir o país em dois. Um crime tão horrendo e repulsivo a acontecer no seio de uma família numerosa e aparentemente feliz e idílica e cujo assassino era um membro dessa família. Tal facto era impensável para a mentalidade da sociedade da altura. Tanto que conseguiu destruir a carreira do melhor detective da altura, Jonathan Whicher, um dos primeiros oito detectives da Scotland Yard. Um homem brilhante que inspirou pessoas como Edgar Allan Poe, Dickens, Arthur Conan Doyle, Darwin e mesmo Freud. Imaginem... Se Whicher não tivesse aparecido, uma boa parte da obra literária de Poe não tinha surgido e o famoso Sherlock Holmes não existiria. Sem dúvida teríamos um mundo muito mais pobre.
O livro está repleto de outras referências tanto a obras literárias ("Bleak House", "The Woman in white", "The Moonstone", ...) como a pessoas muito conhecidas e personagens. Por várias vezes fiquei espantada com a influência que este caso teve no mundo que conhecemos hoje e com algumas das aprendizagens que fiz com este livro. Por exemplo, quem não se lembra do filme "Vidocq" (2001) interpretado pelo grande Gérard Depardieu? Pois esta estranha personagem existiu mesmo! (Ler excertos)
Este livro será para mim, e acredito para qualquer amante do policial, desde Agatha Christie, a Doyle a Chandler, uma referência e um livro que sem dúvida relerei. Não só pelo misterioso e horrível crime, mas também por causa dos pomenores criados pelo(a) o(a) assassino(a), e pelo deslindar magnífico de Whicher.
Uma leitura que começou por ser o que não esperava, mas que que me espantou, ensinou e enriqueceu acima das expectativas.
Excelente tradução por parte de Fernanda Oliveira e revisão por parte de Rita Pina. De dar os parabéns a Vera Braga pelo excelente design da capa (manteve-se muito próxima da versão original o que no meu entender o livro só beneficiou com isso).
7/10
Lido a 10 de Outubro de 2009
Sinopse:
Shannon Bodine é uma talentosa ilustradora numa das mais prestigiadas agências de publicidade de Nova York. Mas a sua vida dá uma reviravolta quando descobre a identidade do seu verdadeiro pai: Thomas Concannon. Respeitando a última vontade da falecida mãe, Shannon ganha coragem e viaja até à distante Irlanda. Mas quando lá chega, a sua solidão e vergonha desaparecem na alegria da família que ela nem sabia existir. E na linda paisagem irlandesa, impregnada de lenda e misticismo, Shannon descobre finalmente a possibilidade de um amor que estava predestinado. Herança de Vergonha continua a história das irmãs Concannon, mulheres dos nossos dias, ligadas pelo espírito intemporal da sua terra.


A minha opinião:
Shannon Bodine enfrenta um momento terrível na sua vida. Um momento de perda e dor que nada acalma. A sua mãe, doente terminal, confessa-lhe que o homem que Shannon sempre conheceu como seu pai não o é na verdade. Além da confusão e sofrimento que tal confissão lhe provoca, Shannon ainda tem de lidar com o facto de esta confissão ter aparecido nos últimos momentos de vida da sua mãe, o que levou a que estes fossem preenchidas com palavras dolorosas.
A tudo isto, Shannon ainda tem de lidar com um detective que lhe diz que a família paterna a quer conhecer. Ninguém, com coração, consegue ser insensível ao percurso sentimental desta personagem que fiquei a gostar bastante. Adiciona-se a isto o facto de o adorável Murphy Muldoon, o qual foi irresistível nos 1º e 2º volumes, completar o par romântico, então posso mesmo dizer que ler este livro foi um prazer. Um prazer simples, sem exigências, leve e fresco.
E é desta forma que concluo a minha primeira trilogia desta autora.
7,5/10
Lido a 29 de Fevereiro de 2009
Este mundo de leitores com blogues é sempre surpreendente e carinhoso, e por isso agradeço-vos do fundo do coração!
Desta vez fui relembrada pelas meninas dos blogues O Cantinho da Tati, Bookmaníacas, Livros e Leituras e Chuva de Livros. A todas muito, muito obrigada. Regras:
Indicar 9 blogues para receber o selinho:
9 características minhas:
Desorganizada
Brincalhona
Teimosa
Fiel
Stressada
Curiosa
Nervosa
Carinhosa
O meu doce preferido:
Tudo o que tenha chocolate, mas sem licores... é uma perdição :/
Sinopse:
Dageus Mackeltar é um herói encantador assim como o seu pior inimigo. No final do anterior romance da autora, O Beijo do Highlander, Dageus usara os poderes dos druidas para viajar no passado e salvar o seu irmão gémeo, Drustan, que teria perecido num incêndio. Mas, ao fazê-lo, libertou os espíritos de treze maléficos druidas que agora vivem dentro dele. Durante a sua investigação de textos arcanos que podem conter a chave para aprisionar novamente os espíritos, Dageus conhece a muito curiosa Chloe Zanders, uma amante de antiguidades em Manhattan. Quando ela, acidentalmente, "tropeça" na sua colecção de documentos "emprestados", Dageus vê-se obrigado a mantê-la "sob a sua vigilância". A tensão e atracção atingem o ponto máximo quando os dois viajam até à Escócia para enfrentar os demónios de Dageus. A boa disposição de Chloe é a combinação perfeita para a sensualidade de Dageus. Esta história, selvagem e criativa, leva os leitores a uma viagem excitante através do tempo.

A minha opinião:
Esta autora não desilude! Depois de ler "O beijo do highlander" era impensável não ler esta segunda parte.
No final do livro anterior, Daegeus Mackeltar sacrificou a sua alma para poder salvar a vida do seu irmão e assim permitir que este se reunisse com o amor da sua vida. Mas este acto altruísta teve um preço demasiado elevado. Apesar de conhecer a lenda sobre a maldição que recai em quem usar o portal para benefício próprio seria amaldiçoado para toda a eternidade, Daegeus resolve arriscar e vê-se possuído por treze entidades negras pertencentes aos Draghar. A partir deste ponto Daegeus tenta lutar e procurar uma saída antes do desfecho fatal, mas o que ele não conta é que durante esta procura incessante e exaustiva ele vai encontrar Chloe Zanders. Chloe é uma mulher pequenina e voluntariosa cuja curiosidade vai metê-la em apuros. Aliás, o primeiro encontro entre Daegeus e Chloe é cheio de bom humor. Daqui para a frente é desfrutar deste envolvente romance com uma grande carga erótica pelo meio.
Um livro com muito romance e misticismo que me deu a conhecer mais alguns aspectos dos Druidas e da Mitologia Celta, tal como os Tuatha Dé Danaan, e que além disso proporcionou umas belas horas de prazer a ler.
Bastante bom para quem gosta deste tipo de livros.

8/10
Lido a 26 de Setembro de 2009
Sinopse:
Quando a técnica de educação especial Torey Hayden aceitou ocupar-se do jovem Kevin de 15 anos, encontrou um miúdo a quem o mundo exterior causava pânico e que vivia fechado num mutismo voluntário. No entanto aquela era apenas a parte visível de um abismo de sofrimento. Em todas as instituições por onde passara, consideravam-no um caso perdido e a própria Hayden sentiu-o como um vencido e compreendeu que só por milagre conseguiria ultrapassar os muros que ele construíra à sua volta. Mas Hayden tem um coração maior que o mundo e sentia-se incapaz de desistir dele. Pouco a pouco foi descobrindo uma história chocante de violência e abandono e um terrível segredo que um indiferente processo burocrático tinha simplesmente esquecido.


A minha opinião:
Este é o terceiro livro desta autora que leio e que, tal como o primeiro - "A criança que não queria falar" - é uma autêntica tempestade de emoções. Ninguém que leia este testemunho pode ficar indiferente ou não ser conquistado pelo que leu, é impossível.
A história de Kevin é simplesmente aterradora e incrível. Como é que uma criança sobrevive a tais terrores? Para mim, uma situação como esta é simplesmente inaceitável e revoltante.
Torey vê-se afastada, de vez e por opção própria, do mundo escolar e aceita um trabalho numa clínica particular. Um dos primeiros casos que lhe é atribuído já vem com o rótulo de caso perdido. Uma criança que os próprios enfermeiros e técnicos especializados que lidam com ele há já 15 anos chamam de o enjaulado.
De início Torey sente-se fascinada com a possibilidade de estar a lidar com um caso tão raro, complexo e misterioso de mutismo voluntário, mas com o evoluir das sessões de terapia começa a sentir que este é dos casos mais perigosos e exigentes que já teve de lidar.
Um livro maravilhoso que nos faz sentir frágeis na nossa condição de seres humanos e que mexe com a nossa consciência.
Depois de o ler não posso deixar de me sentir um pouco diferente e reverenciadora do trabalho realizado pelos profissionais dedicados a esta área. Uma leitura indispensável.
8/10
Lido a 24 de Setembro de 2009
Sinopse:
Quando as tempestades do Inverno varrem a Irlanda, toda a gente fica dentro de casa e os turistas deixam de aparecer. Como tal, até a acolhedora estalagem de Brianna Concannon se transforma num lugar frio e vazio. Mas isso não é um problema para ela, pois se há coisa que Brianna adora é paz e sossego, mesmo quando o vento gelado uiva nas janelas.
Grayson Thane é um escritor norte-americano que cresceu num orfanato e sempre viveu sozinho. Assombrado por um passado que anseia esquecer, chega à estalagem de Brianna à procura de isolamento e inspiração para o próximo romance. Mas o destino oferece-lhe muito mais do que isso. A beleza de Brianna conquista o seu olhar, e a serenidade dela apazigua a sua alma irrequieta. Mas poderá o fogo nascer em dois corações tão gelados?


A minha opinião:
Este segundo volume da trilogia da Herança não é tão bom como o primeiro, mas a sua leitura é igualmente viciante. A facilidade e rapidez com que percorremos as 300 páginas é soberba, assim como a descrição das paisagens irlandesas. Parece mesmo que estamos no Condado de Clare, lado a lado com as personagens criadas.
Este livro é bastante diferente do primeiro, uma vez que se trata do início da relação entre duas pessoas muito diferentes mas iguais num aspecto - o seu passado triste. Ambas tiveram uma infância terrível e angustiante e por isso transformaram-se em dois adultos a quem o coração gelou.
Quanto ao aspecto negativo que me fez não adorar este livro como aconteceu com o primeiro, deveu-se única e exclusivamente à personagem principal feminina - Brianna Concannon. É uma mulher frágil porque gosta de ser assim, benevolente e bondosa até enjoar e aceita tudo o que os outros lhe façam. Quando foi revelado o porquê de há 10 anos atrás ter sido abandonada a 2 semanas do altar de forma cruel e sem explicação Brianna, face à malícia da pessoa culpada, perdoou e agiu como se nada tivesse acontecido... ora... Esta foi a maior desilusão deste livro, um clímax da revelação de um segredo que nunca o chegou a ser por causa da ausência de sentimentos mais ardentes por parte desta personagem.
No entanto não nego que o livro é bastante agradável e bonito, mas tenho a certeza que esta autora consegue fazer bem melhor. Além disso, existem outras personagens tão ricas e com uma grandeza interior que nos surpreendem e nos fazem sorrir ao longo de todo o livro - a Lottie, o adorável Murdoch, o curioso Grayson, o hilariante casal de larápios Íris e John Carstairs... - é só escolher.
7/10
Lido a 10 de Setembro de 2009
Sinopse:
No centro desta obra apaixonante encontramos as irmãs Concannon, mulheres do nosso tempo, que vivem na mágica Irlanda, terra de colinas suaves e lendas antigas.
Herança de Fogo é a história de Maggie Concannon. Talentosa e rebelde, Maggie é uma artista que trabalha o vidro. As suas obras de arte são mais do que apenas objectos belos, são reflexos da sua verdadeira natureza. Até que um dia, Rogan Sweeney, dono de uma das galerias mais sofisticadas de Dublin, descobre o seu trabalho. Se por um lado Rogan é um profissional e quer fazer dela uma artista conhecida e bem sucedida, por outro o seu coração atraiçoa-o pois está completamente apaixonado por aquela mulher rebelde e explosiva. Apesar de Maggie sentir o mesmo, uma relação entre ambos nunca poderá ser fácil… ou não houvesse um passado negro a assombrar o futuro.


A minha opinião:
Este é o primeiro volume da trilogia da Herança. Apresenta-nos a estória da família Concannon, focando-se na filha mais velha, Maggie.
Maggie é uma artista com muito fogo na alma e gelo no coração, mas é só aparecer o decidido Rogan para começar a derreter esse gelo.
Gostei bastante deste livro, mais do que estava à espera. Diverti-me imenso com a luta de vontades entre as duas personagens principais, mas acima de tudo gostei do conteúdo psicológico que cada personagem possui. Este não é um romance em que tudo é amor, rosas e corações. É o retrato de uma mulher que passou por muito e que tenta viver com o melhor que o seu querido pai tentou lhe transmitir antes de morrer nos seus braços. Aliás, quem leu este livro tem que admitir que é riquíssimo em conflitos sociais, emocionais e mesmo físicos ;) A tudo isto ainda se adiciona uma boa carga de humor (o episódio da bebedeira seguido de um despertar com uma vaca foi hilariante!).
Um bom começo para uma trilogia que já estava a criar pó na estante.
8,5/10
Lido a 8 de Setembro de 2009
Sinopse:
Que influência pode um animal ter? E quantas vidas pode um animal tocar? Conheça a maravilhosa história do gato que comoveu o mundo!
A história de Dewey começa da pior forma possível. Com apenas algumas semanas, na noite mais fria do ano, foi enfiado na caixa de devolução de livros da Biblioteca pública de Spencer. Encontrado na manhã seguinte, Dewey conquistou o coração de todos os funcionários da biblioteca, ao distribuir por todos gestos de agradecimento e amor.
Nos anos que se seguiram, nunca deixou de encantar as pessoas de Spencer com o seu entusiasmo, vivacidade e, acima de tudo, o seu sexto sentido: percebia sempre quem necessitava mais dele. À medida que a sua fama crescia de cidade em cidade, de estado em estado e, surpreendentemente, por todo o mundo, Dewey tornou-se, mais que um amigo, um motivo de orgulho de uma extraordinária cidade rural no coração da América, que lentamente se ergueu da maior crise da sua história.




A minha opinião:
Depois do livro anterior precisava de algo mais leve e que desanuviasse um pouco a mente. Este foi o livro ideal.
Não é apenas um livro sobre um gato e as suas peripécias, mas também um livro sobre uma comunidade e do quanto esta foi afectada pelo contacto com Dewey Readmore Books.
Por vezes, parecia que a autora esquecia-se de que o livro era sobre o gatinho e falava mais sobre a comunidade e sobre a sua vida pessoal. Mas tal era necessário para que o leitor se apercebesse em que circunstâncias é que Dewey apareceu e como envolveu tanta gente.
O único ponto negativo vai para a editora que teve a grande ideia de no início de cada capítulo colocar uma fotografia do Dewey, mas esqueceu-se de que as fotos quando impressas a baixa qualidade e a preto e branco poderiam não ser perceptíveis. Houve uma foto que andei a ver se era mesmo o Dewey ou outra coisa qualquer.
No entanto, como eu adoro gatos, esta leitura foi um prazer do princípio ao fim. Admito que desconhecia a existência do Dewey, mas depois de ler este livro parece que fiquei a conhecê-lo muito bem.
Uma leitura indispensável para qualquer amante de animais e para aqueles que ainda pensam que os seres humanos é que são os reis do reino animal... pois sim...


Reportagem:
6,5/10
Lido a 6 de Setembro de 2009

Sinopse:
Dezenas e dezenas de pessoas desapareceram em Nova Iorque em circunstâncias estranhas. A maioria delas não foi encontrada. Mas Júlia sim. Foi descoberta viva, nua e escalpada num parque. Poderia tratar-se de um acto isolado se não fossem as fotos, todas aquelas fotos…
Jovem detective em Brooklyn, Annabel O’Donnel toma a seu cargo a investigação, com o auxílio de Joshua Brolin, especialista em assassinatos e desaparições.
Que monstro se esconde nas ruas de Nova Iorque? E se Júlia tivesse razão? Se fosse o próprio Diabo?...
Numa atmosfera apocalíptica, Joshua e Annabel irão em breve descobrir uma porta, uma passagem… para o mundo das trevas...



A minha opinião:
Um livro perfeito em toda a sua dimensão, mas completamente impróprio para cardíacos.
Do nada surge uma sobrevivente às portas da morte que simboliza uma pequena lasca de gelo à superfície que esconde todo um icebergue mortífero.
É impossível não nos deixarmos afectar por este livro. Eu acabei de ler o livro ontem e ainda sinto algum nervosismo ao pensar no que li. Nas monstruosidades que o ser humano é capaz. Neste livro não há pausas para nos sentirmos calmas, não existem lufadas de ar fresco. Tudo é desvendado a um ritmo preciso, decidido, o que faz com que o leitor se sinta aprisionado numa turbulência violenta e rara neste mundo literário.
Apesar de ser um livro na categoria do thriller/terror, a linguagem é cuidada e o seu uso é milimétrico. Não há desperdícios de linguagem, e através do que é relatado apercebemo-nos facilmente que o autor fez uma longa pesquisa e sabe do que está a escrever.
Este livro vai, sem qualquer sombra de dúvida, para o TOP deste ano. Um livro excelente na sua categoria e uma leitura indispensável para quem gosta de sentir a adrenalina a fluir em contacto com um livro.
Por último deixo um apelo às editoras portuguesas para virarem a vossa atenção para este autor. Basta ir à sua página (clicar aqui) para ver que este possui outras obras publicadas, entre as quais a sequela deste, todos eles livros do TOP francês.
10/10
Lido a 3 de Setembro de 2009
Sinopse:
Para Bella Swan, existe algo mais importante do que a própria vida: Edward Cullen. Porém, estar apaixonada por um vampiro é ainda mais perigoso do que alguma vez poderia ter imaginado. Edward já salvou Bella das garras de um vampiro maléfico, mas agora, à medida que a sua destemida relação ameaça tudo o que se encontra por perto e todos os que lhes são queridos, eles apercebem-se de que os seus problemas podem estar apenas a começar...





Excerto:

"Estes violentos enlevos têm violentos fins. E no seu triunfo se extinguem, como o fogo e a pólvora. Que num beijo se consomem."
In Romeu e Julieta, Acto II, Cena VI


A minha opinião:
Tendo já ouvido muitas opiniões sobre este livro, já sabia o que me esperava. Mesmo assim fiquei surpreendida com a fluidez com que li este livro de 510 páginas, mas concordo com a opinião de algumas pessoas que se a autora diminuisse o livro para metade toda a gente beneficiaria. Qual o interesse deste passo atrás na relação entre Bella e Edward e de dezenas de páginas sobre o sofrimento de Bella? Senti que em nada beneficiou a história. Já se sabia do receio de Edward magoar Bella e da sua teimosia na transformação desta em vampira, mas enfim... São opções da autora.
Neste livro, a ligação entre Bella e Edward é colocada, mais uma vez, em evidência e foi aqui que por vezes perdi a paciência com Bella. Que miúda mais dramática e imatura! O que me valeu foi ter gostado da metade final do livro senão ficava por aqui. Sem dúvida que a verdade sobre a natureza de Jacob, mais a apresentação dos Volturi, ao que foi adicionada a lembrança da presença perigosa de Victoria é o verdadeiro interesse deste livro. Mesmo assim, senti a falta da interação entre os Cullen. Pode ser que o próximo volume seja melhorzinho. Espero...
6/10
Lido a 26 de Agosto de 2009
Sinopse:
Samuel é um professor universitário que vive no mais perfeito isolamento. Desperdiça os seus dias em idas e voltas entre o seu apartamento, onde se refugia em horas de leitura e música, e as entediantes aulas na Universidade de Barcelona, que o fazem sentir-se ainda mais desligado do mundo. Um dia, um inesperado visitante interrompe a sua solidão…

Quando um gatinho aparentemente abandonado lhe entra pela casa a dentro, tem início um elaborado enredo de coincidências escritas pelo destino.
A «bolinha de pêlo» leva-o a conhecer várias personagens insólitas - o seu vizinho, um coleccionador de sabedorias do mundo; um estranho pseudoprofeta num café, obcecado com uma viagem à Lua; uma veterinária com dotes de psicóloga -, e até a redescobrir um amor de infância perdido.
Enquanto Samuel vai abrindo as portas à vida, o leitor acompanha-o numa viagem pela história da arte, do cinema, da filosofia e da literatura, numa descoberta constante da beleza do quotidiano e do espanto que é a vida.
Um romance mágico e comovente, com ecos de Alice no País das Maravilhas e de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que nos recorda como basta uma minúscula dose de amor para dar cor e música à vida…

Excertos:
"Desfruta das pequenas coisas, pois talvez um dia olhes para trás e te dês conta de que eram essas as coisas grandes."
Robert Brault

"Aquilo a que chamamos intuição talvez não seja mais do que a ponta do icebergue de algo que se idealizou a um nível mais profundo. Este pensamento é, no mínimo, inquietante, porque alguém - que somos nós próprios - que trabalha nos bastidores, antecipa os nossos actos e decide de antemão o caminho a seguir."
Excerto retirado da página 44

"A dor é inevitável,
mas o sofrimento é opcional.
Aquele que não sabe a que coisas atender
e que outras ignorar
atende ao que não tem importância,
e ignora o essencial."
Excerto retirado da página 74

O autor fala sobre o livro:


A minha opinião:
Samuel
é um ser humano que se desligou do mundo que o rodeia. Sem amigos ou vida social, Samuel é uma pessoa isolada, adormecida em vida. Mas a Vida prepara-lhe uma surpresa. Um dia, um gato entra no seu apartamento e na sua vida e faz com que ele desperte do sonambulismo em que vivia dia após dia.
Samuel, que de início sente-se contrariado pela presença de Mishima, o gato, deixa-se levar pelo Destino e pelo que a vida lhe quer oferecer. Curioso, mas ansioso por antecipação, este professor universitário irá ter uma série de oportunidades e encontros que lhe dará um novo fôlego.
Admito que comecei a ler este livro com uma ideia pré-definida completamente errada - o de que o livro era sobre um gato. No início parece que o livro se dirige para esse campo, mas depois é desviado para algo estranho e mágico. Penso que se gostaram do filme "O fabuloso destino de Amèlie Poulain vão de certeza gostar deste livro. Estranho mas que chegamos ao final com a sensação calor no coração.
6/10
Lido a 25 de Agosto de 2009
Mais três prémios e mais três razões para me sentir extremamente feliz.
Confesso que este blog foi criado tendo uma razão mais egocêntrica - o de ser um diário das minhas leituras e opiniões. Mas não consigo deixar de me sentir contente por outras pessoas que consultam este cantinho se lembrarem dele ao atribuírem prémios.
À Homem do Leme e à Hérida Ruys o meu profundo agradecimento!


As regras são:

Perguntas:
- Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?
O último que li foi " Lua Nova" de Stephenie Meyer e estou no momento a ler "In Tenebris" de Maxime Chattam.

- Qual livro preferido?
Tenho muitos que gosto imenso e que acarinho, mas de repente lembro-me do "Desconhecido nesta morada" de Kathrine Kressman Taylor.

- Autor, capa, recomendação ou sinopse?
A capa, uma recomendação, o nome de um(a) autor(a) que já conheço e que até gostei de um livro dele(a), são coisas que me fazem pegar no livro numa livraria. Mas o que faz ir com ele até à caixa registadora e trazê-lo para casa é sem dúvida a sinopse. Esta tem que me conquistar ou no mínimo deixar-me muito curiosa e a querer mais.

- Um livro que não consegue terminar de ler.
Até à bem pouco tempo eu esforçava-me para levar a leitura até ao fim do livro, na esperança de talvez o final me surpreendesse e redimisse o resto do livro. Mas depois de muitas, muitas desilusões decidi que se a leitura estivesse a ser um esforço grande e desanimador então mais vale colocá-lo de lado. E é o que tenho feito... mas só à pouco tempo, por isso não posso referir um livro que não consiga acabar mesmo após ter tentado repetidamente.

-Aquele que não sai de sua cabeceira.
O que estiver
a ler no momento.

- Escritor preferido.
Gosto muito de Sebastian Fitzek e até ao momento não me desiludiu; Juliette Benzoni;...

-Eu recomendo:
Livros dos autores que já referi.
- Não recomendo:
Livros da autora Alona Kimhi, mas gostos não se discutem!

-E eu passo este selo para:
- Mil Livros, Um Sonho;
    8 caracteristicas minhas:
    - Sincera
    - Companheira
    - Teimosa
    - Desconfiada
    - Leal
    - Carinhosa
    - Alegre
    - Apaixonada
    Este último selo passo a todos os blogues referidos anteriormente com imenso carinho.
Sinopse:
Esta é a história de um livro e de todos os seus 333 exemplares impressos. É a história secreta do impacto de um livro na vida de cada um dos seus leitores, e de como um rectângulo de papel pode transformar uma vida.



Excertos:

"(...) são os livros que te escolhem - não és tu que escolhes os livros. o livro é um mundo à procura do leitor (...) como uma alma que encontra o seu corpo (...)"


"(...) porque o que se escreve na água do coração nunca parte nem morre, é mais permanente que a própria língua das palavras que sustenta as frases como uma corda invisível, como uma pauta que o uso ou o peso invisível da música acabam por carcomir e desaparecer."


"Os livros cumprem o seu destino, e morrem dele."


"Estive viva enquanto o meu livro vivia, e agora que o último exemplar arde enquanto falo, posso partir.
No sepulcro das últimas vontades, dos últimos dias, narrei todos os destinos em que a minha história se moveu e se perdeu. um livro não nos pertence: mas quem lhe deu vida une-se ao destino da história, as suas veias abrem-se para os mares da cabeça do leitor, e vive até o último leitor morrer. O meu corpo foi feito de todas as mortes do livro. Mesmo que um leitor ame os livros, como posso saber se esse amor é durável? Todos os livros são a consciência do tempo, reflectido; mas os homens não podem ver o tempo de frente; e por isso morremos nesta terra, destruindo as mensagens que roubamos ao silêncio. Até termos de o fazer de novo, repetidamente, e até as voltarmos a perder."


"Agora que o último livro morreu, posso partir. Estive presa nesta história durante séculos, ligada ao destino do que escrevi. Até aqui, meu amor, não podia amar-te: todo o real gritava que não nos conseguíamos tocar. Mas liberta daqui, atirada por todos os séculos até ao fundo do tempo, dentro dos restos deste livro te chamo. Fechada de luz dentro deste livro te chamo.”


A minha opinião:
Um livro bonito com uma escolha de palavras que fez com que fossem criadas frases maravilhosas como as descritas acima. Talvez porque tinha as expectativas demasiado elevadas e fui exigente em demasia na leitura não consigo considerá-lo como um livro muito bom. Penso num outro que já li, ainda este ano, que nos fala igualmente de livro(s) e que achei e acho superior a este (ver arquivo ou clicar aqui). Não digo isto em termos de qualidade de escrita, mas sim na capacidade que o livro teve e tem em me conquistar, em me envolver.
Não vou revelar muito sobre do que trata este exemplar uma vez que grande parte do prazer de o ler advém da surpresa do inesperado. Apenas digo que é a estória dos 333 exemplares de um livro. Cada um destes 333 livros envolve quem o possui e amaldiçoa e influencia o seu destino. O resto é para cada um descobrir.
Um bom livro.
6,5/10
Lido a 22 de Agosto de 2009
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