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Sinopse:
Jo Ellen, fotógrafa de renome, pensava ter fugido à casa chamada Refúgio há muito tempo. Ali passara os seus anos mais tristes, depois do desaparecimento inesperado da mãe. Contudo, a casa que encima as praias exóticas de uma ilha ao largo da Geórgia continua a assombrá-la. E agora, mais assustadoras ainda são as fotografias que alguém lhe começa a enviar: primeiros planos sinistros e puros, culminando no retrato mais chocante de todos, o da mãe... nua, bela e morta. Jo terá de regressar à ilha da sua infância e à família que procurou esquecer. Com a ajuda de um homem, descobrirá toda a verdade sobre o seu trágico passado. Mas o seu Refúgio pode revelar-se o local mais perigoso de todos...


A minha opinião:
Depois de ter lido o "A pousada no fim do rio" e ter gostado bastante, este foi quase uma pequena desilusão.
Lê-se bem (como todos os livros desta autora) e possui todos os elementos necessários a uma boa obra, mas parece que ficou a faltar algo.

Jo Ellen é uma fotógrafa de sucesso, independente e emancipada, uma mulher solitária por opção. Mas quando alguém lhe começa a enviar fotos dela, Jo começa a sentir-se perseguida. Uma perseguição que termina num esgotamento nervoso e numa viagem forçada a casa em Desire, depois de ter recebido uma fotografia da sua mãe (supostamente desaparecida 20 anos antes) morta e numa pose forçada. O estranho é quando Jo começa a duvidar de si mesma porque a dita foto desapareceu sem dar pistas.

Quando Jo Ellen regressa à ilha, que foi o seu lar de infância, tem de confrontar algumas pessoas que sentem dor, muita mágoa e revolta em relação a si - o irmão Brian, a sua irmã Lexie, a sua tia e o seu pai - além de ter de reconstruir a sua própria sanidade mental e enfrentar mais alguns fantasmas do passado.
Adiciona-se a tudo isto o aparecimento de novas fotografias suas, desta vez tiradas na ilha, mulheres que começam misteriosamente a desaparecer, e o que resulta é a luta de uma mulher... a luta pela sobrevivência.

Com um enredo destes era impossível não ficar agarradinha até ao final, no entanto o desfecho cheio de clichés e lugares comuns mais um assassino previsível, estragou um pouco o meu prazer em o ler.

Como sempre a Saída de Emergência é mestre na beleza de publicar livros - o cuidado com o papel que constitui as páginas deste livro, a bela capa, o maravilhoso design, a atenção com a tradução e a revisão, tudo isto me deixa extremamente satisfeita e sem qualquer remorsos em deixar 16 euros na livraria.

6,5/10
Lido a 18 de Maio de 2010
Sinopse:
Geralt de Riv é um personagem estranho, um mutante que, graças à magia e a um longo treino, mas também a um misterioso elixir, se tornou um assassino perfeito. Os seus cabelos brancos, os seus olhos que vêem melhor de noite que de dia, o seu manto negro, assustam e fascinam. E Geralt dedica-se a viajar por terras pitorescas, ganhando a vida como caçador de monstros. Pois nos tempos obscuros que lhe couberam em sorte abundam ogres e vampiros, e os magos são especialistas da manipulação. Contra todas essas ameaças, um assassino hábil é um recurso indispensável. Ora Geralt, que é ao mesmo tempo um guerreiro e um mago, tem capacidades que o fazem impor-se a todo esse estranho mundo. É um feiticeiro. E é absolutamente único.

No decurso das suas aventuras, encontrará uma sacerdotisa autoritária mas generosa, um trovador lascivo mas de bom coração, e uma feiticeira caprichosa, de encantos venenosos. Amigos por um dia, amantes de uma noite. Talvez porém que no final da sua epopeia ele possa realizar o seu último desejo: reencontrar a sua humanidade perdida…



A minha opinião:
Apesar de ter estado muito tempo sem dar notícias o vício de ler não foi esquecido, apenas diminuiu o seu ritmo. E para me acompanhar numa altura difícil, não poderia ter escolhido melhor livro.
Construído sob a forma de pequenos episódios ou pequenos acontecimentos, tal como se de uma série de televisão se tratasse, os capítulos vão retratando as aventuras e peripécias de um feiticeiro-mutante nómada que viaja de terra em terra à procura de pequenos trabalhos a lutar com diversos monstros e homens mágicos, de forma a libertar as populações da destruição ou escravidão.


Adorei acompanhar a personagem Geralt (que desde as primeiras páginas se chama Geraldo), como se de um MacGyver do fantástico se tratasse. Cada capítulo era iniciado e em pouco tempo lido. Como a leitura era empolgante, tentei sempre começar um novo capítulo quando tinha uma ou duas horas vagas para poder levá-lo até ao fim.
O livro está bem escrito e a tradução, apesar de não ser acompanhada de revisão, não possui muitos erros.
De valorizar a escolha da imagem da capa que tem tudo a ver com o seu conteúdo.
Apesar de ter gostado bastante do livro, o seu final deixou um pouco a desejar. Talvez porque eu goste de finais, quer sejam finais felizes ou infelizes, mas de um END. Não foi isto que encontrei. O fim é deixado em aberto, ao critério de cada um de nós.
Assim, na minha humilde opinião, acho que foi um livro com um excelente início e meio, mas com um desfecho irritantemente insuficiente e insípido.
6/10
Lido a 12 de Maio de 2010
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