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Sinopse:
Na China do século XIX, uma jovem é raptada, vendida e levada para San Francisco, nos Estados Unidos, onde é obrigada a prostituir-se. Chris, o seu primeiro cliente tem apenas 12 anos. Chris é branco e americano. Fusang é uma escrava chinesa. Num época conturbada por tumultos sociais a histeria anti-chinesa que varreu San Francisco - uma história de amor põe tudo em causa.
Este livro foi baseado na vida da mais famosa das prostitutas chinesas de S. Francisco, e é fruto de uma turada investigação sobre a época e os habitantes de Chinatown.
Geling Yan, uma das mais aclamadas autoras chinesas, joga com o nosso imaginário ocidental: os pés atados das mulheres, os ambientes de incenso e ópio e o provocante erotismo oriental.


A minha opinião:
Este livro surpreendeu-me pela negativa.
Normalmente adoro este tipo de livro, mas devido à brutalidade da escrita, escrita essa que por vezes achei mesmo desengonçada, sem nexo, mal arranjada, eu ao longo das 205 páginas deste livro não consegui integrar-me na história uma única vez.
A trágica e duríssima vida desta mulher que nunca chora e nunca revela os seus sentimentos é descrita neste livro como se de um puzzle se tratasse, sem nunca sabermos que imagem é que este puzzle retrata.
Uma coisa que me irritou profundamente é que quase a totalidade do livro leva-nos a pensar que Fusang gosta de Chris, ou mesmo do misterioso Da Yong, quando no final surge-nos uma mulher que não gostou de ninguém verdadeiramente, que construiu à sua volta uma muralha da China para se defender de todas as violências de que foi vítima. Ou seja, sinto que a autora me enganou, por ter escrito 203 páginas sobre um amor que nunca existiu.
Apesar disso, gostei do fim. Fusang, volta à sua terra natal, a China, com as cinzas de Da Yong. Soou-me quase como uma vitória triunfal, com Fusang a deixar parte de si a Chris e a partir com as cinzas de Da Yong nas suas mãos.
Lido a 26 de Abril de 2008
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