Sinopse:
Dizia-se que era uma marca de ruína…
Maddy Smith nunca foi uma criança como as outras. Nasceu com uma marca cor de ferrugem na mão e em Malbry, a sua aldeia natal, todos pensam que se trata de um símbolo dos antigos deuses, uma marca mágica. E isso, como se sabe, é caminho aberto ao caos e uma ameaça.
No princípio era o Verbo,
E o Verbo gerou o Homem,
E o Homem gerou o Sonho,
E o Sonho gerou os deuses.
Depois disso, as coisas ficaram ligeiramente mais complicadas
Lokabrenna, 6:6:6
E o Verbo gerou o Homem,
E o Homem gerou o Sonho,
E o Sonho gerou os deuses.
Depois disso, as coisas ficaram ligeiramente mais complicadas
Lokabrenna, 6:6:6
Uma aventura alucinante com as personagens das velhas lendas nórdicas: imprevista e cheia de perigos e imaginação.
A minha opinião:
Este livro é invulgar se repararmos quem é a autora. Nunca antes Joanne Harris tinha escrito um livro destes, totalmente dedicado à fantasia e ao mundo mágico.
A história inicia-se com a apresentação da rebelde menina Maddy Smith. Desprezada por todos na sua aldeia, a aldeia de Malbry, ignorada e repudiada, apenas por ter nascido com uma estranha marca cor de ferrugem na palma da mão. Sinal este que toda a gente dizia que era a ruína da bruxa.
No entanto, ao longo do livro fui-me dando conta que esta marca afinal é uma benção para a triste vida de Maddy.
A aldeia de Malbry é controlada por uma personagem de regras restritivas e exigentes da mais elevada moral, que é o vigário Nat Parson. Nat segue à risca as palavras do Livro Sagrado, livro este que contém a Palavra e que será a origem da mais pura destruição.
Mas a pequena aldeia fica perto de uma colina chamada de Colina do Cavalo Vermelho, da qual todas as pessoas se afastam e evitam-na devido às histórias que existem sobre ela e por causa dos goblins que lá habitam (seres pequenos, cínicos e muito desafiadores, cujo único propósito é perturbar todos os seres).
No entanto, Maddy sempre gostou de ir até a essa colina por ser um local calmo e isolado onde poderia passar algum tempo em paz. E será nesse mesmo local que irá conhecer a pessoa mais importante da sua vida, o seu melhor amigo, o Zarolho, um estranho viajante que a população chamava de o Forasteiro.
Maddy conhece o Zarolho no Verão em que ela faz sete anos e é logo desvendado a maneira de ser especial de Maddy e é aqui que ela descobre que a marca que ela possui é a marca rúnica dos fogosos. É o Zarolho que, ao longo dos anos, vai ensinando a Maddy tudo o que ela precisa de saber e tudo o que ele acha que ela precisa de saber.
Passados alguns anos e apesar da grande amizade que Maddy sente pelo Zarolho, ela finalmente descobre a verdadeira razão pela qual o Zarolho volta todos os anos àquele local. Ele desconfia que a Colina do Cavalo Vermelho é a porta para um submundo onde está guardado um importante e incalculável tesouro - o sibilo.
É esta busca pelo Sibilo que vai desvendar o verdadeiro enredo deste livro. Um enredo que se traduz num combate titânico entre mundos:
"Vejo um exército pronto para a batalha. Vejo um General isolado. Vejo um traidor no portal. Vejo um sacrifício.
(...)
Os mortos acordarão nos salões do Tártaro. E o Inominável erguer-se-à, e os Nove Mundos serão perdidos, a menos que os Sete Adormecidos despertem, e o Trovejante, solto no Mundo Subterrâneo..."
Excerto da página 150
Devo dizer que este livro não é nada de excepcional, e daí estar classificado como sendo juvenil. Embora haja um personagem que eu adorei e simpatizei bastante devido à sua complexa construção: o Loki.
Lido a 3 de Abril de 2008