Sinopse:
Se já ninguém se importa com os vivos, imagine com os mortos.
Inverno de 1943. Frente de Leninegrado. Um soldado da Divisão Azul é encontrado sem vida num lago, com uma enigmática frase gravada no seu peito: «Mira que te mira Dios». Será o primeiro de uma cadeia de crimes, tão brutais como desconexos. Um soldado de passado obscuro e um fiel sargento do Exército recebem a missão de encontrar o móbil e o culpado, mas não terão facilidades da parte de uma cúpula militar cheia de segredos.
Aos poucos serão revelados os mistérios de uma história em que ninguém é o que parece e onde os passos nos encaminham para um lugar em que reina o horror, o vazio, o absurdo, os imperadores estranhos.
A minha opinião:
Demorei meses a pegar neste livro, mas quando lhe peguei li-o num ápice.
Com descrições realistas e quase cruéis da segunda Guerra Mundial, na frente russa, é impossível não nos sentirmos impulsionados a ler o resto do livro para desvendarmos depressa a verdade escondida por detrás dos crimes.
"Mira que te mira Dios;
mira que te está mirando;
mira que vas a morir;
mira que no sabes cuándo.
Só um grande escritor poderia, numa quadra, resumir a essência de todo este livro, sem revelar o mais ínfimo pormenor.
Acho que me deu ainda mais prazer, por conjugar o crime com uma lição de História. Desconhecia, por exemplo, que a Alemanha tivesse os seus tentáculos tão enterrados na nossa vizinha Espanha, durante este terrível acontecimento histórico.
Um bom livro, mas para ler quando estivermos num momento mais calmo e estivermos predispostos a ler e a aprender ao mesmo tempo.
Gostei.
6,5/10
Lido a 22 de Abril de 2010
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