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Confesso que quando vi esta capa maravilhosa quis logo saber do que se tratava. Há algo nela que me cativa. Adoro-a. Quem me dera que o mesmo se tivesse passado com o resto do livro.
 
 
Este livro está estruturado de forma a que cada a cada capítulo seja o relato de cada uma das personagens - Colin Thatcher, o raptor de Mia; Eve Dennett, a mãe de Mia e Gabe Hoffman, o detetive encarregue de investigar este caso.
 
No início de cada capítulo o narrador está bem identificado, mas nem por isso me senti menos confusa. Para esta minha confusão também contribuiu o fato de haver saltos no tempo. Ora era o Gabe a relatar o que fez depois do rapto. Depois vinha o Colin que nos contava o que se passou durante o rapto. E talvez a seguir vinha a mãe de Mia a narrar o que estava a passar agora que Mia tinha sido liberta das mãos do seu captor.
 
Mas eu estava decidida a ler e a gostar deste livro e o que fiz? Colei um post-it no interior da capa, onde escrevi o nome de cada um dos intervenientes e à frente alguns pormenores que achei mais importantes. Parece que não, mas ajudou-me imenso e assim lá cheguei rapidamente à página 100.
 
Apesar de a autora dar um enfoque maior à relação entre Mia e Colin, ao longo do livro vamos conhecendo melhor a família de Mia e é impossível não começarmos a conceber os nossos próprios planos de intriga. E porquê? Porque esta é uma família, que como muitas, vivem para o faz de conta, para que as outras pessoas pensem que são a família ideal, perfeita, quando a realidade está longe disso.
 
Além disso a autora fez com que a nossa vítima, depois de ter sido resgatada voltasse para os braços desta família maravilha com uma amnésia seletiva e com a sensação que o seu nome era outro. Não era Mia, mas sim Chloe. Ora isto a mim cheirou-me logo a esturro e foi da maneira que li ainda com mais vontade e ânsia de chegar ao grande desfecho.
 
Mas antes que eu chegasse ao tão desejado final, a autora (na minha opinião) meteu as mãos pelos pés e é por demais evidente o que se passou afinal.
O véu de mistério, que envolveu cerca de dois terços do livro, cai e o que vi não era nada demais. Não vou mentir. Fiquei mesmo muito desiludida. Nem aquela pequena bomba no final deu para me salvar desta minha desilusão.
 
Queria mesmo muito gostar deste livro. Desejava mesmo que fosse um dos melhores do ano. Mas infelizmente não.
 
De 5 estrelas, dei 2.
 
Apesar disto tenho de admitir que a editora Topseller fez um excelente trabalho. Desde o design, ao grafismo do título e nome da autora, até à tradução e revisão. Trabalho excelente mesmo.
 
 
 
 

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