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Sinopse:
O conto que dá o título ao livro "O Crime de Lord Saville" conta a história de um jovem aristocrata londrino do final do século XIX, Artur Saville, que está noivo da bela Sibila Merton.
Tudo começa quando Lorde Artur conhece Septimus Podgers, um quiromante que Lady Windermere convida para mais uma das suas festas.


A minha opinião:
Desde a adolescência que sou fã das obras de Oscar Wilde. Nessa altura li "O retrato de Dorian Gray" numa idade em que para mim o que Wilde retratou fazia todo o sentido. Gosto da sua ironia, da sua irreverência e do modo como ele esmiuça o aspecto psicológico das personagens.
Wilde não se detém em descrições sobre as suas personagens. Ele deixa que os actos que elas realizam falem por si só, permitindo ao leitor ter uma ideia clara do carácter e do tipo de pessoa que são.
Este pequenino livro é mais um exemplo disso mesmo. Constituído por apenas dois contos - O crime de Lorde Arthur Savile e A Esfinge sem Segredos - este é um prazer rápido.
O segundo conto já o conhecia pois normalmente é sempre inserido nas colectâneas de contos deste autor. Quanto ao primeiro, não o conhecia, o que elevou ainda mais o meu prazer em revisitar este autor da minha estima.
7,5/10
Lido a 25 de Outubro de 2099
Sinopse:
Antes de a noite cair estaria casada… ou morta!

Como herdeira do clã MacDougall, Lara, a senhora de Lorne, sabia que quando se casasse não seria por amor, no entanto nunca imaginara que o seu casamento fosse uma punição. Quando Robert Bruce ganhou o controlo do castelo, Lara viu-se obrigada a casar-se com um dos homens dele, Sebastien de Cleish.
Leal ao seu clã, Lara jurou não se render ao audaz guerreiro. Todavia, sob a cota de malha e a armadura, escondia-se o coração bondoso de um cavalheiro disposto a fazer de Lara a sua esposa… em todos os sentidos.


A minha opinião:
Como consequência de ter viajado e esquecido de trazer o livro que ando a ler, eis que me vejo em frente às estantes à procura de uma leitura rápida. Pois foi este o que veio comigo.
Este pequeno livro de bolso oferece tudo - crime; guerra; assassinatos; espionagem; ciúme; amor... - e eu como leitora agradeço.
Admito que desconhecia esta autora e este é mesmo o meu primeiro contacto com uma obra sua.
Apesar de se tratar de um livro pequeno, nota-se que a autora teve muito trabalho durante a escrita deste (por demais evidente na Nota da autora, onde se revela que este enredo é baseado num facto real, a batalha de Brander Pass.
Resumindo, é um livro bem construído e sem qualquer pressa na finalização. O único senão é a fraca caracterização psicológica de algumas personagens.
Se quiserem ler um pequenino excerto podem vê-lo aqui.
Sem dúvida um pedacinho delicioso de romance histórico.
6/10
Lido a 24 de Outubro de 2009
Depois de 2 semanas de trabalho intenso e stress, eis que espreito o meu blog e vejo uma enorme avalanche de carinho celebrada através de selinhos!
Agradeço-vos do fundo do coração a amizade e a atenção com que seguem este meu pequeno cantinho!
Como agora é impossível ofertar, para cada selo, 5 ou 6 blogues, vou oferecê-los a todos os que me visitam e gostam do que escrevo por aqui.
Desta vez, fui prendada com gestos de apreço e amizade da Catarina, da Marta, da Diana, da Jojo e da Laelany. Muito obrigada a todas!








PS - Para as pessoas que estão à espera da minha opinião sobre o livro "Acheron" posso já adiantar que apesar da leitura andar lenta, o livro é maravilhoso!

 Sinopse:
O coração pode ser tocado pela magia... mas o poder do verdadeiro amor é mais forte que qualquer encantamento...

Parece uma vila bucólica igual a tantas outras, mas esconde um segredo antigo de todos os visitantes…
Sugar Maple é uma terra encantada habitada por feiticeiras, fadas, vampiros e outras criaturas mágicas. Chloe Hobbs é a única que não tem poderes especiais naquele lugar onde nada é o que parece.
Chloe é a proprietária da Sticks & Strings, uma popular loja de artigos de tricô. Mas é também a última descendente de uma longa dinastia de feiticeiras com o futuro de Sugar Maple nas mãos. Chloe sabe que tem de se apaixonar para receber os poderes mágicos e continuar a proteger a sua terra natal. Mas, aos 30 anos, ainda sonha com o verdadeiro amor e as amigas decidem lançar feitiços para a ajudar a encontrar o homem dos seus sonhos. O que ninguém esperava era que Chloe se apaixonasse perdidamente por Luke MacKenzie, o polícia destacado para investigar o primeiro crime ocorrido em Sugar Maple e cem por cento humano. Se o amor abre finalmente a porta aos seus poderes mágicos, esses mesmos poderes impedem Chloe de sonhar com um futuro ao lado de Luke…



A minha opinião:
Mal vi este livro apaixonei-me de imediato pela maravilhosa capa. É simplesmente bela. Os meus sinceros parabéns pelo excelente trabalho no design da capa, responsabilidade de Maria Manuel Lacerda da Oficina do Livro.
Depois veio a curiosidade de ler a sinopse e... nunca mais larguei o livro. Trouxe-o para casa com a certeza de que seria uma leitura a acontecer brevemente.
Peguei-lhe hoje de manhã e pouco após o almoço terminei-o.
Trata-se de uma leitura leve, mágica e juvenil. Apesar de no início o livro parecer-me que ia cair no absurdo, este veio a redimir-se após a entrada de Luke em cena. A partir deste momento senti que a autora melhorou a descrição de acontecimentos e refreou um pouco o vulcão criativo que já começava a roçar o exagero (mistura trolls, com vampiros, com duendes, com fadas,...).
Neste caso decidi não revelar muito do enredo nesta minha opinião, pois acho que a sinopse já revela bastante e não gostaria de estragar a leitura a alguém que o compre. Além disso, quem lê a sinopse praticamente sabe todo o enredo.
Foi uma leitura que embora leve, fresca e quase sem profundidade, mostrou-se agradável e muito saborosa. Um livro ideal para os dias mais cinzentos, com garantia de devolução de um coração mais leve e um sorriso nos lábios.
6/10
Lido a 11 de Outubro de 2009
Sinopse:
É meia-noite do dia 30 de Junho de 1860 e tudo está calmo na elegante casa da família Kent, em Road, Wiltshire. Contudo, na manhã seguinte, acordam e descobrem que o filho mais novo foi vítima de um crime extraordinariamente macabro. Pior ainda, o culpado é, de certeza, um dos seus - a casa estava trancada por dentro.
Jack Whicher, o detective mais célebre da sua época, chega a Road para descobrir o assassino. Entretanto, o crime está já a provocar a histeria nacional perante a ideia dos podres que poderão existir por detrás das portas fechadas dos respeitáveis lares de classe média: serviçais intriguistas, filhos rebeldes, insanidade, ciúme, solidão e ódio.

Uma história verídica que abalou a sociedade da época e cujos ecos se fazem ouvir ainda hoje, na sociedade, na literatura e na investigação criminal.


Entrevista com a autora:



Excertos:
"(...) do detective francês Eugène Vidocq. (...) O francês - um mestre do crime que se tornara chefe da polícia - era o herói-detective com o qual os seus homólogos ingleses eram comparados."
Excerto retirado da página 137

"Nada é mais difícil de definir do que a linha de demarcação entre a sanidade e insanidade [...] Façam a definição demasiado restrita, e ela deixa de fazer sentido; façam-na demasiado ampla, e toda a raça humana fica presa na rede de arrasto.
Em rigor, somos todos loucos quando cedemos à paixão, ao preconceito, ao vício, à vaidade; mas se todas as pessoas apaixonadas, preconceituosas e vaidosas fossem enclausuradas como loucas, quem ficaria a guardar a chave do manicómio?"
Excerto retirado da página 146


A minha opinião:
Ao contrário do que pensava ao começar esta leitura, este livro não é policial ficcionado, mas é antes um documento histórico baseado numa elaborada pesquisa por parte da autora.
O livro é uma autêntica aula dos primórdios da ciência forense e sobre os primeiros detectives incorporados na polícia.
O caso aconteceu em Junho de 1860 e chocou a Inglaterra victoriana ao ponto da incredulidade sobre a verdade do que aconteceu dividir o país em dois. Um crime tão horrendo e repulsivo a acontecer no seio de uma família numerosa e aparentemente feliz e idílica e cujo assassino era um membro dessa família. Tal facto era impensável para a mentalidade da sociedade da altura. Tanto que conseguiu destruir a carreira do melhor detective da altura, Jonathan Whicher, um dos primeiros oito detectives da Scotland Yard. Um homem brilhante que inspirou pessoas como Edgar Allan Poe, Dickens, Arthur Conan Doyle, Darwin e mesmo Freud. Imaginem... Se Whicher não tivesse aparecido, uma boa parte da obra literária de Poe não tinha surgido e o famoso Sherlock Holmes não existiria. Sem dúvida teríamos um mundo muito mais pobre.
O livro está repleto de outras referências tanto a obras literárias ("Bleak House", "The Woman in white", "The Moonstone", ...) como a pessoas muito conhecidas e personagens. Por várias vezes fiquei espantada com a influência que este caso teve no mundo que conhecemos hoje e com algumas das aprendizagens que fiz com este livro. Por exemplo, quem não se lembra do filme "Vidocq" (2001) interpretado pelo grande Gérard Depardieu? Pois esta estranha personagem existiu mesmo! (Ler excertos)
Este livro será para mim, e acredito para qualquer amante do policial, desde Agatha Christie, a Doyle a Chandler, uma referência e um livro que sem dúvida relerei. Não só pelo misterioso e horrível crime, mas também por causa dos pomenores criados pelo(a) o(a) assassino(a), e pelo deslindar magnífico de Whicher.
Uma leitura que começou por ser o que não esperava, mas que que me espantou, ensinou e enriqueceu acima das expectativas.
Excelente tradução por parte de Fernanda Oliveira e revisão por parte de Rita Pina. De dar os parabéns a Vera Braga pelo excelente design da capa (manteve-se muito próxima da versão original o que no meu entender o livro só beneficiou com isso).
7/10
Lido a 10 de Outubro de 2009
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