Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
A minha opinião:
Tinha as expectativas demasiado elevadas ao iniciar esta leitura e talvez tenha sido isso que tenha contribuído para a minha desilusão ser ainda maior.
Não posso negar que o livro é bastante original possuindo alguns aspectos que nunca vi em nenhum outro livro: a Morte como narradora da história de vida de Liesel, uma menina que foi entregue aos cuidados de um casal muito peculiar durante a segunda guerra mundial e que tenta compensar a sua dificuldade de aprendizagem na escola com sessões de leitura nocturnas. Uma menina que iniciou a sua curta carreira de ladra de livros com uma morte trágica que a irá afectar para sempre. Aliás, toda a vida de Liesel é pontuada com mortes e acontecimentos trágicos que culminam na morte de quase todos os que rodeiam a menina.
A estória relatada por este livro é muito bonita mesmo, bonita e muito triste, mas todo o meu entusiasmo foi diminuindo à medida que ia folheando-o. É muito difícil, senão impossível, manter o interesse quando, no início de cada capítulo há um resumo do que se vai contar. Antes de ler as páginas seguintes, já sabia tudo o que iria acontecer. Aliás no início do livro está bem explicado tudo o que o livro retrata até à última página.
6/10
Lido a 20 de Setembro de 2008
6 comentários
Olá! :D
Há quem gostou muito, como por exemplo, o Pedro do blog "Leituras&Opiniões" mas, claro está!, todos têm gostos até expectativas diferentes. Este livro está na minha wishlist, vou lê-lo na mesma, independemente das opiniões, é que a sinopse interessa-me muito. :)
Jokitas grandes!
Olá :-)
Como disse no post, a estória em si é linda embora seja muito triste mas o que menos gostei no livro foi mesmo o facto de saberes o que ia acontecer antes de leres as páginas onde estava esse acontecimento. É quase o mesmo se pegares num livro, leres o 1º e o ultimo capitulo e depois começas a ler o livro por inteiro.
Bjinhos ;-)
Já estive várias vezes com este livro na mão, mas ainda não o comprei. No entanto, estou curiosa...
Olá homem do leme :-)
Se andas curiosa o melhor mesmo é leres o livro ;-)
A estória em si é mesmo bonita, a forma de a contar que o autor escolheu é que não se é a melhor.
Mas lê-o, nem que o peças emprestado (foi esse o meu caso).
Bjinhos
:) Ainda bem que te agradou!
Bjinhos Amiga
Olá Miar da Chuva
Estive a ver o teu blog com detalhe e não podia deixar de te dar muitos parabéns tens aqui um blog fantástico.
Adoreiiiiiiiiii;)
Desculpa só agora dizer algo ,mas acho que não tinha observado ainda com a atenção devida.
Beijocas e boa leitura;)
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