Sinopse:
Quando a maioria das pessoas teria gritado, a Sra. Hathal reagiu calmamente ao encontrar a nora assassinada. Embora já tivesse visto a morte, por diversas vezes, nunca tinha, porém, visto de perto a morte violenta...
O Inspector Wexford não consegue descobrir nenhum motivo, circunstância ou suspeita para o crime. Recusando-se a aceitar as evidências - a vítima deu boleia a um estranho que a estrangulou - o Inspector seguirá a sua própria intuição que o levará a descobrir uma estranha mistificação que transforma a própria vítima em assassino. Uma história clássica e surpreendente, a análise da obsessão que leva a camuflar um crime menor, com outro de grande mostruosidade. Mais uma obra magistral de Ruth Rendell.
A minha opinião:
Um livro de mistério que me agradou bastante e cuja leitura é ideal para esta época do ano, enroscada no sofá com a lareira acesa.
É impressionante que este livro tenha sido escrito em 1975. Este facto faz-me valorizar ainda mais esta obra.
Este é mais um livro onde entra o perspicaz Inspector Wexford. O caso inicia-se com a ida relutante da mãe de Robert Hathall a casa deste, com o objectivo de fazer as pazes com a nora. No entanto, ao chegarem a casa do casal, Robert e a sua mãe, estranham o silêncio que nela reina. Preocupado e nervoso, Robert começa a vasculhar a casa à procura da esposa com um único pensamento "Isto não está a correr como eu esperava", pedindo à sua mãe que se acomode no quarto das visitas. Esta, impressionada com a limpeza da casa e tal e qual uma sogra daquelas que justificam todos os preconceitos e piadas a elas associadas, começa a espreitar o quarto do casal para ver se a sua "querida" nora se deu ao trabalho de limpar toda a casa, ou se é apenas fachada. Mas quando entra no quarto do filho e depara-se com a nora deitada na cama, o seu primeiro pensamento é depreciativo, não suspeitando que a nora está morta.
A partir deste ponto vi-me perante um mistério de avanços lentos mas certos, onde a rede de enganos e segredos se começa a revelar com o desfile de personagens: Ginge, o informador vago e criminoso que trabalha por dinheiro e álcool, Eileen e Rosemary, respectivamente a primeira esposa e filha de Robert Hathall, ...
Acompanhei o investigador na sua busca por pistas que não existiam, tal era a perfeição do acto criminoso, busca esta que se tornou numa autêntica obsessão para esta personagem. É com o cruzar de investigações que finalmente Wexford começa a unir as pontas soltas deste caso, tendo por base apenas a sua intuição, chegando ao derradeiro final que constituiu uma verdadeira surpresa, com uma reviravolta no enredo que não esperava.
Um verdadeiro clássico de leitura obrigatória para todos os que gostam de um bom mistério.
7/10
Lido a 29 de Dezembro de 2008