O que leva tanta gente a deixar tudo para trás e a partir rumo a um país misterioso, a um lugar onde não têm família nem amigos, onde tudo é desconhecido e o futuro uma incógnita?
Esta premiada novela gráfica, sem palavras, é a história de todos os emigrantes, de todos os refugiados, de todos os deslocados, e um tributo a todos os que empreenderam essa viagem.
A minha opinião:
Este livro é uma obra de arte.
Uma banda desenhada que retrata na perfeição os sentimentos, angústias e conflitos que envolvem quer a decisão de emigrar, quer o ato em si.
O mais espetacular de tudo é que o faz sem usar uma única palavra.
O mais espetacular de tudo é que o faz sem usar uma única palavra.
O desenho como linguagem universal.
Pontos positivos:
- Realismo do que é retratado.
- A perfeição do traço do autor Shaun Tan.
- Panorâmicas das cidades criadas.
- Criatividade abismal.
- Originalidade indiscutível.
- Todo o livro usa tons acastanhados, terra-a-terra, dando à história um tom sério e melancólico, o que eleva esta obra à estratosfera da perfeição.
- O retrato primoroso dos primeiros passos e percalços que o emigrante enfrenta.
- Sem usar qualquer diálogo ou palavra o leitor percebe na perfeição tudo o que é retratado.
- Várias narrativas de emigrantes interligam-se à do nosso protagonista aumentando o mundo criado, assim como a complexidade do tema retratado.
- Este é um livro de luxo. A sua qualidade atinge um patamar ainda pouco visto no mundo editorial português.
Pontos negativos:
- Não os tem.
Resumindo, esta leitura entra nos meus favoritos do ano e da vida.
Não é um livro cujo ato de ler termina ao virar a última página.
A história termina mas ao mesmo tempo não acaba. Pois a história do Emigrante é eterna. Qualquer que seja o mundo, a sociedade, ou a pessoa envolvida.
Dei 5 estrelas em 5.
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