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Sinopse:
Susanna Kaysen, 18 anos, após uma sessão com um psiquiatra a quem nunca vira antes, foi metida num táxi e enviada para o hospital de McLean. Passou quase dois anos no pavilhão para jovens adolescentes desse hospital psiquiátrico, tão famoso pela sua clientela de celebridades - Sylvia Plath, Robert Lowell, James Taylor e Ray Charles - como pelos métodos pregressistas de tratamento a quem se podia dar ao luxo de pagar aquele santuário.
O relato de Kaysen junta o horror e a percepção crítica aos brilhantes retratos que traça das suas companheiras e guardas. É uma evocação dramática de um "universo paralelo", numa paisagem caleidoscópica e mutável.
Vida Interrompida é um documento clarividente, inflexível, que confere uma nova dimensão às nossas definições de sanidade e insanidade, de doença mental e recuperação.
Kaysen não se propõe fazer moral nem impor pontos de vista; deixa esse julgamento ao rigor das palavras, ao poder da escrita e ao silêncio entre os capítulos.

Opiniões da Imprensa:
"Escaldante... Vida Interrompida revela um extraordinário espaço de consciência entre a loucura e o discernimento."
Boston Globe


Excerto:
"O hospital ficava numa colina fora da cidade, como os hospitais para loucos dos filmes. O nosso hospital era famoso, já por lá tinham passado grandes poetas e cantores. Teria sido o hospital que se especializara em poetas e cantores, ou teriam sido os poetas e cantores que se especializaram em loucura?
Ray Charles era o ex-residente mais famoso. Todas nós esperávamos que ele regressasse e nos fizesse uma serenata à janela (...) Nunca voltou.
(...) O Robert Lowell também não apareceu enquanto lá estive. A Sylvia Plath veio e foi.
O que é que se passará com a métrica, a cadência e o ritmo, que enlouquecem quem com eles trabalha?"
Excerto retirado da página 48



A minha opinião:
Este livro não se trata de uma obra de ficção mas sim um registo autobiográfico que se mescla com a reflexão do que se passou.
Talvez por saber que este é um registo pessoal, esperava mais, mais explicações do porquê e do como se consegue internar alguém com tanta facilidade. Como é que a sociedade facilita tanto estes acontecimentos que depois trazem consequências drásticas na vida dessa pessoa. Não é com leviandade que qualquer médico deve tratar uma paciente e assim conseguir colocar em pausa 2 anos desta vida.
Este livro, apesar de eu achar que haveria muito mais a contar e reflectir, deixou-me pensativa.
Penso que no fundo cumpriu a sua função: o de fazer com que os leitores não leiam só e apenas, mas leiam e reflictam no que leram, para ver se nós como membros de uma sociedade algum dia façamos a diferença.
(Lido a 16 de Fevereiro de 2008)


Curiosidade:
Este livro já foi adaptado ao cinema, em 1999, sob o título "Girl Interrupted - Vida interrompida"

Sinopse do filme:Baseado numa história real, Vida Interrompida decorre nos turbulentos anos 60. Susanna (Winona Ryder), uma adolescente a quem diagnosticam "distúrbio de personalidade borderline", é internada numa instituição psiquiátrica. De imediato insurge-se contra a Enfermeira Chefe (Whoopi Goldberg) e a Psiquiatra Chefe (Vanessa Redgrave) perferindo juntar-se ao grupo de pacientes perturbadas onde se destaca a carismática psicopata Lisa (Angelina Jolie). Susanna rapidamente descobrirá que a sua liberdade depende da luta que travar com a pessoa que a mais aterroriza: ela própria.
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