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Sinopse:
Torey Hayden publicou A Criança Que Não Queria Falar, em 1980, relatando o caso verídico e comovente da sua relação com uma menina de seis anos que aparecera, gravemente perturbada, na sua aula de ensino especial. Ao longo de vários meses a jovem professora lutou para fazê-la desabrochar sob o calor generoso da sua espantosa intuição e amor e levá-la a descobrir um mundo que podia ser luminoso. Separadas pelas contingências da vida, só voltam a encontrar-se anos mais tarde quando Sheila já tem 13 anos. Para surpresa de Torey, a adolescente parece ter perdido uma grande parte das memórias dos primeiros tempos que passaram juntas e, à medida que elas ressurgem do passado com os sentimentos que lhes estão associados, a sua competência de terapeuta e a sua devoção vão de novo ser duramente postas à prova.


A minha opinião:
É de facto de lamentar que as primeiras 41 páginas sejam um resumo do livro anterior. Se este livro é a continuação de um outro, eu já o sabia, e por isso mesmo é que li primeiro o "A criança que não queria falar" e só depois dediquei a minha atenção a este.
Fora este pormenor, devo dizer que gostei de ler este livro, mas não tanto como gostei de ler o primeiro. Este livro veio apenas demonstrar que a vida nem sempre é o mar de rosas que sonhamos. Mesmo depois de todas as dificuldades que a autora passou para melhorar alguns aspectos da vida da Sheila (aspectos higiénicos, sociais, emocionais,...), senti-me um pouco triste ao verificar que nada tinha mudado e a violência pela qual a Sheila continuou a vivenciar foi a mesma violência atroz e inominável que verifiquei no primeiro livro.
O que eu li é um retrato sentido e doloroso de abuso e maus tratos infantis. Um retrato de uma vida feita em farrapos por familiares negligentes e inconscientes, e, pelas circunstâncias da vida e da sociedade.
(Lido a 16 de Março de 2008)
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