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Sinopse:
Corações de Pedra é uma obra onde se pressente o sopro de alguns inomináveis terrores. As suspeitas sucedem-se às suspeitas e, quando a narrativa afinal se aproxima do seu clímax, quando é lida a última das frases do livro, a surpresa é simultaneamente absoluta e arrepiante.

Elvira e Spinny, cuja mãe faleceu recentemente, vivem com o pai numa casa muito antiga, junto ao recindo de uma catedral de uma pequena cidade universitária. O pai é um homem tranquilo, bastante culto, professor da Universidade local. Mas, em breve, as irmãs começam a sentir-se preocupadas com o envolvimento afectivo que o liga a Mary Leonard, outro membro da universidade com quem planeia voltar a casar.


Sobre a autora:

Romancista policial inglesa, Ruth Barbara Grassman nasceu a 17 de Fevereiro de 1930, na cidade de Londres.
Filha de professores, terminou os seus estudos secundários no Loughton County High School, no Essex. Deu então início a uma carreira no jornalismo, desempenhando as funções de repórter e subeditora em diversos periódicos regionais.
Em 1950 casou com o colega Don Rendell e, engravidando do seu primeiro e único filho, abandonou o trabalho para se recolher ao lar. Decorreram cerca de dez anos durante os quais Ruth Rendell utilizou os tempos que lhe sobravam das lides domésticas para se experimentar na escrita, tentando vários géneros literários, fixando-se afinal no do romance policial. Assim, publicou o seu primeiro livro em 1964, com o título From Doon With Death. Neste romance, a escritora apresentava o Inspector Reginald Wexford, detective da pequena localidade de Kingsmarkham, personagem que obteve desde o começo grande popularidade. Seguiram-se muitos outros volumes, entre os quais To Fear A Painted Devil (1965), Vanity Dies Hard (1966) e Wolf To The Slaughter (1967).
Durante a década de 80 começou a publicar romances policiais utilizando o pseudónimo Barbara Vine para exprimir uma sua faceta mais psicológica. As obras assim assinadas constituíram um sucesso de vendas bastante significativo.
Escritora prolífica, publicou cerca de meia centena de livros policiais, que a crítica dividiu em três categorias. Uma série dedicada ao Inspector Wexford, de que podem destacar Kissing The Gunner's Daughter (1992) e Road Rage (1997); uma outra à psicologia patológica, marcada sobretudo por obras como A Judgement In Stone (1977) e The Lake Of Darkness (1980); e os romances que assinou como Barbara Vine, de que se podem salientar A Fatal Inversion (1987) e King Solomon's Carpet (1991).
Vencedora de vários prémios literários da especialidade, Ruth Rendell foi nomeada membro vitalício da Câmara dos Lordes do Parlamento britânico, com o título de baronesa.


A minha opinião:
Trata-se de um pequeno diário escrito por uma das protagonistas da estória, Elvira.
É uma estória que me lembra muito o ambiente negro e emocionalmente pesado que os contos de Edgar Allan Poe possuem. Aliás, estes contos são muitas vezes referidos por Elvira como a sua leitura de conforto.
Ao longo do livro fui suspeitando de que algo de errado se passava com esta família, mas só a partir de metade do livro é que comecei a suspeitar da verdadeira razão de tantos acontecimentos trágicos e mortais acontecerem neste pequeno núcleo familiar. Núcleo este que é apenas constituído por um pai viúvo e pelas suas duas filhas.
Tudo começa com a morte da mãe e a estranha aparição do fantasma de um gato preto, acompanhada por um fantasmagórico chamamento que apenas Spinny (a irmã mais nova) consegue ouvir. A partir daqui fui devorando as páginas na ânsia de descobrir a verdade. Mas só quando surge a avó das duas raparigas, e graças a um comentário referido por esta, é que tive a certeza das minhas suspeitas.
Este pequeno livro, que li num instante, surpeendeu-me pelo final. É impossível que este final tivesse sido outro e me tivesse deixado num maior estado de excitação. Pois quando surge, por fim, o clímax entre assassino e a sua vítima final, o livro acaba, deixando qualquer leitor em êxtase de adrenalina.
Um livro a ler e a guardar para futuras releituras.


Lido a 22 de Junho de 2008

Sinopse:
Nada poderia interferir com o seu trabalho de polícia, mas a chegada de uma mulher misteriosa perturbou o seu mundo.

O tenente Seth Buchanan encontrava-se frente-a-frente com uma mulher morta... com uma pistola em riste. A sua investigação do homicídio, e o seu coração, focaram completamente descontrolados quando descobriu que Grace Fontaine estava viva... e na posse de um dos enormes diamantes azuis conhecidos como as Estrelas de Mitra.
Aquele polícia frio e circunspecto não permitia que os sentimentos se intrometessem no seu trabalho, e tudo o que sabia sobre a famosa herdeira levava-o a pensar que era puro veneno...


A minha opinião:
Uma estória de amor bastante preenchida de pormenores, para um livro da Harlequin.
Gostei bastante da mistura entre paixão, crime e o mistério que envolve os três diamantes azuis.
Quando leio um livro da Harlequin, normalmente, sinto que foi uma leitura incompleta, como se faltassem "bocados" ao enredo, como se num determinado momento a estória avançasse demasiado, desse "um salto", o que não foi este o caso.
Basta dizer que devorei-o numa tarde.

Lido a 21 de Junho de 2008
Sinopse:
Os pais de Céline, uma jovem francesa, nunca lhe esconderam que fora adoptada, que viera do Peru com apenas 16 dias, porque a sua mãe biológica, demasiado pobre para a poder criar, a teria abandonado. Sem dúvida que Céline amava estes pais que a tinham criado com todo o amor, mas quando se tornou adulta não resistiu a tentar desvendar o mistério da sua origem. Desenvolveu iniciativas no sentido de tentar localizar a sua família peruana. Mas quando lhe revelam que na realidade fora roubada com três dias de vida, Céline quase entra em choque. Este livro é tanto o relato tocante de um reencontro, quanto o testemunho de uma realidade cruel sobre o tráfico de crianças.

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A vida de Céline Giraud, 27 anos, desabou a 22 de Fevereiro de 2004, o dia em que tomou conhecimento de que não tinha sido abandonada em criança mas roubada à sua mãe biológica com alguns dias de vida. Roubada para ser vendida por 3000 dólares a um casal francês que desconhecia o processo de tráfico de que Céline tinha sido alvo. Só quando tentou contactar a mãe biológica conseguiu descobrir a verdade, procurando a partir deste momento, com a ajuda dos pais de Fernando, o seu namorado, pistas para o seu rapto, conseguindo localizar mais de vinte crianças também de origem peruana que tinham sido raptadas. Os seus pais adoptivos, alheios à ilegalidade, tinham contactado uma organização francesa que lhes tinha conseguido uma menina com apenas duas semanas em tempo recorde. Quando se apercebeu da situação dos outros bebés, Céline tentou contactar as suas famílias criando a Associação La Voix des Adoptés, que procura dar apoio a crianças adoptadas.
Um livro de memórias, escrito na primeira pessoa com um tom quase detectivesco, informativo e que pode servir de base a uma análise social.


A minha opinião:
É impressionante o que Céline, a autora, viveu em tão pouco tempo.
É surpreendente o que alguns seres humanos conseguem ultrapassar e sobreviver em termos sociais, psicológicos e afectivos.
Como é que alguém que tenha passado pelo que Céline passou, consiga viver normalmente? Não entendo. Não entendo porque não passei por nada do que ela passou e a minha cabeça e o meu coração não me permitem visualizar-me em tal situação.
É um relato interessante que me fez perceber que nem tudo corre bem noutros países como a França. Por exemplo, é costume os portugueses queixarem-se da lentidão e ineficácia do sistema judicial português, mas o que dirá qualquer pessoa depois de ler este livro? O que diria sobre aquele caso, descrito no livro, de um jovem casal que ficou traumatizado, sem os seus filhos adoptivos e à espera à 3 anos do sistema judicial francês se decidir se leva o caso a tribunal ou não. O que diríamos todos nós aos dois filhos adoptivos que não chegaram a ser legalmente adoptados e que se encontram destruídos a todos os níveis como pessoas e como seres humanos?
Por fim restou-me uma séria admiração pela protagonista e autora do livro, por tudo o que ela viveu e, lutando, sobreviveu.

Lido a 21 de Junho de 2008
Sinopse:
Mónica tem trinta e um anos, vive em Nova Iorque e é irremediavelmente solteira. Trabalha para duas velhas “tias” numa luxuosa loja, mas o seu maior sonho é tornar-se escritora, como Salinger, autor pelo qual tem uma enorme admiração. Partilha uma casa com uma cantora negra, perita em astrologia, e um homossexual, cujo sonho é adoptar uma criança. Apesar das boas intenções, todos os “arranjinhos” dos amigos acabam sempre em desastre. Até que um dia…


A minha opinião:
Esta leitura foi muito levezinha. Um romance cor-de-rosa que não dá oportunidade a grandes reflexões.
É um livro ideal para levar para a praia ou esplanada. Um livro simples e que se lê muito rapidamente.
Apesar de pensar que o final, mais especificamente a última frase, foi um pouco desanimador, posso dizer que até que gostei de o ler, apesar de não conseguir simpatizar com a personagem principal, a Mónica. Era demasiado dramática e irritante. Gostei muito mais da Sandra , a colega de apartamento dela, com todas as suas particulariedades e manias. Talvez as outras personagens concordassem comigo sobre a Mónica. É que todas se afastaram dela... Por exemplo, a Sandra e o Mark tratavam-na com uma certa condescendência além de que no final foram viver para para outra parte do mundo. Cá para mim acharam que não estavam para aturá-la mais.
Lido a 9 de Junho de 2008

Sinopse:
Quando um judeu ortodoxo é encontrado assassinado em Montreal, a Dr.ª Temperance Brennan é chamada a examinar o corpo. Inesperadamente, um estranho faz-lhe chegar uma fotografia de um esqueleto, assegurando-lhe que é a chave para a morte da sua vítima. Sem que dê por isso, Temperance vê-se envolvida num mistério tão antigo quanto Jesus, um mistério que pode levar à reescrita de dois mil anos de história religiosa. À medida que investiga, descobre que a fotografia é de um esqueleto descoberto numa escavação arqueológica. Temperance viaja, então, até Israel para examinar a antiga cripta onde o esqueleto foi encontrado e faz uma surpreendente descoberta que levanta questões radicais acerca da morte de Cristo. Poderá um dos túmulos realmente ser o de Jesus Cristo? Os ossos que estão no ossário antigo serão os restos mortais de Tiago, irmão de Jesus, como a inscrição afirma? Ou terá alguém congeminado uma elaborada fraude? «Ossos Cruzados», com o seu ritmo vertiginoso, a sua trama intrincada e os mais modernos e interessantes pormenores forenses, é um romance empolgante e dramático, como só a mestria de KATHY REICHS, reputada antropóloga forense e reconhecida autora no universo do romance policial, consegue.


Sobre a autora:

Kathleen Joan Reichs, mais conhecida pelo diminutivo Kathy Reichs, é uma especialista em antropologia forense e escritora de romances policiais e de mistério.


A minha opinião:
Um livro muito instrutivo e pelo qual aprendi imenso sobre Masada, "(...) o mais famoso sítio arqueológico de Israel(...)", segundo a autora.
Deu-me uma excelente perspectiva sobre as complicações e atribulações que os arqueólogos vivem naquela parte do mundo. O controlo exigente da AIA (Autoridade de Antiguidades de Israel) e as interferências da Hevrat Kadisha, "(...) a polícia dos ossos (...)", para isso contribuem.
Mas a parte mais interessante para mim, foi sem dúvida, a estranha e inexplicável confusão pela qual os ossos de Masada passaram logo após a descoberta de Yigael Yadin. Mas por que razão Yadin não fala dos ossos da caverna? E a incongruência das suas afirmações e dos seus relatórios o que escondem? Achei estes pormenores verdadeiramente inquietantes!
Além disso achei que este livro, enquanto thriller começou com um bom ritmo e continuou assim até ao momento em que Brennan acompanhou o seu amigo Jake até ao limiar do Vale de Kidran, vale este que Jake pensa que seja o local do túmulo da família de Jesus. A partir deste momento e tirando pequenas injecções de adrenalina, achei que a história desenvolveu-se em porto morto.
Também achei estremamente fácil descobrir quem era a assassina. Muito antes do livro acabar já eu sabia quem era a criminosa, para além de sofrer uma tremenda desilusão pelo motivo do crime ser tão banal. Com um enredo como este e com a história cativante de Masada por trás, penso que a autora poderia ter feito muito, muito melhor.
Lido a 8 de Junho de 2008
Sinopse:
A aventura de um jovem lusitano pelos mistérios do império Romano.
Séc. III da nossa era. É o princípio do fim para o Império romano. Os violentos movimentos sociais, políticos e militares atingem o seu auge, e a imensidão de deuses e cultos que caracterizam a vida religiosa dos romanos encontra-se no epicentro dessa agitação febril.
É neste cenário que encontramos Félix, um jovem lusitano. Depois do escândalo por se deixar seduzir pela própria tia, uma mulher formosa e experiente, Félix é forçado a abandonar a terra natal. Movido pelo desejo de encontrar um significado para a vida, inicia uma grande viagem que o vai levar a percorrer grande parte do Império romano. Em Roma conhecerá a corrupção e será confortado pelos braços de uma jovem sacerdotisa. A falta de dinheiro atira--o para o exército.
Dos terríveis campos de batalha à faustosa Pérsia, a sua vida intensa leva-o a conhecer os maiores filósofos e pensadores da época. E talvez, no final, a conhecer-se a si mesmo.


Crítica da Imprensa:
Mais do que um romance de aventuras, é um desejo de crescimento espiritual e busca interior."
El Pais

"Um romance histórico de tons épicos."
Guia de Madrid

"A viagem de Félix é uma metáfora brilhante do próprio Império romano."
Mundo Cristiano

"Uma jóia histórica."
Alfa & Ómega

"Sanchez Adalid recria as aventuras de um jovem lusitano de forma ágil e inteligente."
Diario de Córdoba


A minha opinião:
Devo dizer que acompanhei com entusiasmo as peripécias e desaires de Félix.
Desde a sedução da belíssima e perigosa aventureira Eólia (a tia de Félix), passando pela sua consequente desgraça e as suas viagens até chegar ao termino da vida.
Gostei das descrições da época e do conhecimento geral que este livro nos transmite sobre o século III e IV. Adorei acompanhar o nosso Félix pelo mundo inteiro e ter uma visão tão global das sociedades e de como o perigoso e mortífero mundo da política se regia na altura.
O único senão é que o autor concentrou-se demasiado na busca espiritual de Félix e penso que se esqueceu do resto. Li a última página deste livro com a estranha sensação de ter tido uma aula de cataquese. Compreendo que o autor quisesse evidenciar a confusão que ia no íntimo de Féliz, mas acho que poderia tê-lo feito de maneira mais suave e não tão marcada.
No entanto, acho que este é um óptimo livro, ideal para quem gosta de romances históricos.
Lido a 30 de Maio de 2008
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