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Sinopse:
O desenlace final das aventuras da bela Agnès de Souarcy e o que lhe está reservado é no mínimo ineperado…
O terceiro volume de uma trilogia histórica, arrepiante de mistério e suspense, de uma das «Rainhas da Ficção» internacionais da actualidade.

1304. A França está dilacerada por lutas de poder que opõem o Rei Filipe o Belo, a Igreja e a poderosa Ordem dos Templários.
A bela Agnès de Souarcy, jovem viúva de forte carácter, vê o seu destino em perigo sem compreender até que ponto ele está ligado aos destinos do reino e da cristandade...
Neste terceiro e último volume de A Dama Sem Terra, Andrea H. Japp dá-nos finalmente a chave das múltiplas intrigas urdidas dos dois livros anteriores…
Quem será verdadeiramente o jovem Clément?
Quem terá sido o mandante dos assassinatos ocorridos na Abadia Feminina dos Clairets? A investigação recai doravante sobre Roma e os que de mais perto rodeavam o sumo pontífice envenenado…
Quanto à história de amor entre Agnès e Artus, Conde d’Authon, também ela irá conhecer um
final no mínimo inesperado…

Sobre a autora:

Andrea H. Japp (1957) é licenciada em Bioquímica, toxicóloga de profissão e colaboradora regular da NASA. Iniciou a sua carreira como autora de romances policiais com La Bostonienne, galardoado em 1991 com o Prémio Cognac. Em 1996 recebeu o Prémio Masque com o thriller La Femelle de L'Éspece.
Andrea H. Japp é considerada uma das «Rainhas da Ficção» internacionais. (...)

É também autora de numerosas compilações de contos, argumentos para a televisão e banda desenhada.


A minha opinião:
Fabuloso! É mesmo esta a sensação que esta trilogia deixou marcada em mim. O cuidado da autora com os pormenores, com a exactidão histórica, com as pequenas explicações essenciais em rodapé e com a construção de uma intriga que envolve paixões, traições, assassinatos e o segredo de uma profecia que envolve toda a Humanidade, deixou-me completamente rendida.
Neste último livro acompanhamos a robusta mas perspicaz Annelette na sua procura intensa da verdadeira identidade da assassina, que se escondia sob a fachada pacífica da Abadia feminina dos Clairets, e neste campo de batalha, em que nada é o que parece, foram muitas as surpresas. Apesar de ter verificado que afinal as minhas suspeitas não andavam muito afastadas da verdade, foi com espanto que li alguns dos pormenores.
Além disso, foi uma verdadeira aventura acompanhar o cavaleiro templário Leone e o jovem Clément na exploração da verdade que se esconde por detrás de uma misteriosa citação - "A descendência vem das mulheres. Será de uma delas que renascerá o sangue diferente." Esta parte da estória foi lida já de madrugada e foi apenas por puro cansaço que consegui pousar o livro, mas peguei nele mal acordei e não sosseguei enquanto não terminei a sua leitura.

A pesquisa e a intensa busca destas duas personagens levou-as a percorrer vários locais, entre eles a Comendadoria Templária de Arville, a qual existe na realidade e que foi um importante marco na vida dos Templários em França:




Insígnia internacional dos Cavaleiros Templários


A extensão da teia de intriga que envolve a afirmação acima citada é de proporções gigantescas. Desde o rei Filipe, O Belo, passando por Honorius Benedetti, o camerlengo do papa até ao cavaleiros templários. Aliás, a intriga que envolveu o rei de França, Filipe o Belo, o papa e os templários, existiu de facto.
Na verdade, o que aconteceu verdadeiramente foi que o rei Filipe, quase falido e com a maioria das suas jóias penhoradas aos Templários, obrigou o papa Clemente V a acabar com a Ordem. Depois de um julgamento vergonhoso, os responsáveis pela famosa Ordem foram queimados vivos e o rei conseguiu recuperar os seus bens.
Templários sendo levados para a prisão, pergaminho de Cronicas da França, Escola Francesa, século XIV, Biblioteca Britânica, Londres
Em 1310, o rei Felipe, o Belo (à esq.) observa um grupo de Templários a caminho da execução. Templários sendo conduzidos para execução sob olhar de Felipe IV, pergaminho, escola francesa, século XIV, Bibliothèque de l’Arsenal, Paris.

Filipe IV de França, cognominado o Belo, o rei de Mármore ou o rei de Ferro.

Mas voltando aos livros em si, confesso que apesar da qualidade inegável que eles possuem, eu e o meu coração romântico ficamos um pouco desiludidos com o desfecho destinado ao templário Leone assim como ao do jovem Clément. No entanto, estes dois finais não diminuiram o sentimento de prazer com que acabei de ler as últimas páginas hoje de manhã. Resumindo, trata-se de uma trilogia que todos os amantes do romance histórico irão certamente adorar.

9/10
Lido a 14 de Dezembro de 2008

5 comentários

Célia disse...

Obrigado pela opinião! Conseguiste despertar a minha curiosidade para estes livros, que passam desde já para a minha wishlist :)

Rita Mello disse...

Olá Miar à Chuva (como não o seu nome...)
Como vi que é fã da Joanne Harris deixo-lhe aqui um convite para visitar o blogue sobre a Joanne Harris http://joanneharris.blogs.sapo.pt)Fico à espera da sua visita.
Boas leituras!
Rita*

cá-cá (Portugal) disse...

Fiquei entusiasmada com esta triologia... vou apontar!!

Betita disse...

Olá Amiga!
Parece que esta triologia termina mesmo com chave de ouro ;)
Beijocas Grandes

Pedro disse...

Deixaste-me mais do que com vontade de ler esta trilogia, adoro romances históricos!

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