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Sinopse:
Olivia MacBride e os seus pais eram a típica família de sonho de Hollywood, não lhes faltando fama, fortuna e amor. Até à noite em que Olivia, de quatro anos, acorda e encontra a mãe brutalmente assassinada aos pés do pai. Nesse momento, a vida de Olivia mudará para sempre.
Acolhida pelos avós num recanto resguardado pela Natureza, Olivia aprende a enterrar bem fundo o passado. Determinada a proteger-se de memórias dolorosas, cresce limitando a sua vida às florestas verdejantes e à Pousada do Fim do Rio. Mas quando aparece Noah Brady, a jovem terá de se esforçar muito para resistir à atracção que sente por ele. Infelizmente, o futuro é caprichoso e Noah trai a confiança de Olivia. Apesar de ele nunca desistir de a ajudar a lidar com os traumas do passado, poderá a jovem voltar a confiar em Noah? Mais: o pai de Olivia é liberto da prisão e parece que há segredos terríveis a descobrir sobre aquela fatídica noite.

A minha opinião:
Começo esta minha opinião já a dizer que este é o melhor livro da Nora Roberts que já li!
Este livro agradou-me de muitas maneiras.
- Pelo facto de podermos acompanhar a vida e o crescimento das personagens ao longo dos anos, o que me fez embrenhar ainda mais na trama e na dor e felicidade de Olivia e da sua família a tal ponto que me esqueci do facto que eram personagens e não pessoas reais de carne e osso.
- A forma como a autora escreveu este livro, sem os floreados românticos exagerados e com muita riqueza ao nível da caracterização quer das personagens, quer dos seus estados emocionais.
- A construção da trama por dois factores - o primeiro é o facto de este livro ter tanto de mistério/thriller como de romance; o segundo pelo facto de chegarmos a um determinado ponto do livro e vermos que a personagem principal deixa de ser Olivia e passa a ser outra, o que enriqueceu MUITO mais o livro, possibilitando-me compreender outros pontos de vista.
- A ironia e constantes picardias entre as personagens que não me deixaram ler sem deixar escapar alguns sorrisos.
E tudo isto está ao dispor de qualquer um de nós... além de breves horas onde o prazer de ler é rei.

8,5/10
Lido a 31 de Janeiro de 2010
Sinopse:
A Terra Pura é uma obra inspirada na vida de Thomas Glover, um escocês cuja trágica paixão por uma cortesã deu origem à criação da ópera Madame Butterfly, de Puccini.

Baseado numa profunda pesquisa histórica, combina Ocidente e Oriente numa só pessoa, o protagonista. Em 1858, Thomas Glover deixa Aberdeen, a sua cidade natal na Escócia, para ir trabalhar para Nagasáqui. Jovem, ambicioso, confiante e dotado de uma personalidade carismática, consegue integrar-se e começa rapidamente a destacar-se. A partir daqui desenrola-se uma intriga política que culmina numa saga exuberante sobre a viagem espiritual do homem cuja influência iria ajudar a mudar o destino do Japão até aos tempos modernos…


A minha opinião:
Este livro é baseado na história verídica de Thomas Glover, um escocês que com 18 anos viaja para o Japão em busca de uma vida mais excitante e de um futuro melhor e mais promissor.
Thomas Blake Glover (1838-1911), nasceu e cresceu em Aberdeen, na Escócia. Foi contratado por Jardine Matheson para o comércio do chá e mudou-se para Nagasaki...
Sempre visto como um estrangeiro neste país, Thomas luta para ser considerado algo mais, quer aos olhos dos seus amigos quer dos seus inimigos. Enfrentando a dura visão da realidade japonesa (por vezes tão fria e insensível face à crueldade que me impressionou) este escocês vai-se transformando aos poucos num japonês de alma e coração, enriquecendo, fazendo fortuna através do trabalho honesto e árduo e outras actividades que tornaram este homem num motor que impulsionou o Japão.
A tumultuosa mas apaixonante vida de Thomas, as mulheres japonesas da sua vida, os seus amigos japoneses mais os inimigos, todos estes ingredientes misturam-se formando uma receita maravilhosa a que dou os meus parabéns à Presença pela publicação.
O meu agradecimento ao Segredo dos Livros por mais este empréstimo maravilhoso.
7/10
Lido a 29 de Janeiro de 2010

Informação da editora:
Em 1820, na cidade de Nova Iorque, foram publicados pela primeira vez os contos «A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça» e «Rip Van Winkle». As suas personagens principais tornar-se-iam rapidamente ícones da cultura popular americana, inspirando uma quase infinita produção de adaptações, de que o filme realizado por Tim Burton será um dos casos mais célebres. De resto, estas histórias de aventuras nunca mais deixariam de ser reeditadas, até aos dias de hoje.
«A Lenda do Astrólogo Árabe» foi primeiro publicada em 1832, na obra «Tales of the Alhambra», inspirada pelas longas temporadas que Irving passou em Espanha. Apesar de ser um texto menos conhecido, nem por isso é menos brilhante e menos representativo do universo ficcional do autor.
Enquadradas no contexto da literatura fundadora norte-americana, estes contos inspiraram grandes autores, nomeadamente Charles Dickens, Lord Byron e Edgar Allan Poe, que aclamaram Washington Irving pelo seu estilo espirituoso e provocador e pelo universo fantástico que criou.


A minha opinião:
Este é o meu primeiro livro da editora Tinta da China e devo dizer que o cuidado, a qualidade e a excelência estão todos presentes neste pequeno livro de três contos.
Este volume traz-nos três contos mágicos e emocionantes - A lenda do cavaleiro sem cabeça; Rip Van Winkle; A lenda do astrólogo árabe.
Do primeiro conto já conhecia as linhas principais, pois lembro do filme com o mesmo título de Tim Burton. Mas a história original é algo diferente e tem um final com duas possíveis interpretações, facto que me agradou muito. Ou seja, quem não acredita no fantástico e nas superstições acreditarão que a verdade é uma, os outros acreditarão no outro final.
O segundo conto não o conhecia. Tinha apenas ouvido falar e conhecia algumas variantes da essência deste conto. Agradou-me pela crítica sarcástica aos casamentos e relações humanas, por vezes mais complexas do que o olhar nos faz crer.
Sobre o terceiro, admito que desconhecia por completo e que foi uma bela descoberta ao estilo das Mil e uma noites.
De parabenizar a editora por ter tido o cuidado de incluir as belíssimas ilustrações de Arthur Rackham.
Um belo exemplar que vou incluir na minha biblioteca pessoal com todo o carinho.
Quanto à editora... irei com toda a certeza comprar mais títulos. Isto porque já tive a ver no site que este livro insere-se numa colecção com títulos que muito me atraem.



Ilustrações da autoria de Arthur Rackham.


8/10
Lido a 24 de Janeiro de 2010
Sinopse:
Num jardim escondido por trás de uma tranquila casa na mais pequena das cidades, existe uma macieira e os rumores que circulam dão conta de que dá um tipo muito especial de fruto. Neste encantador romance, Sarah Addison Allen conta a história dessa árvore encantada e das extraordinárias pessoas que dela cuidam...

As mulheres da família Waverley são herdeiras de um legado mágico — o jardim familiar, famoso pela sua macieira, que produz frutos proféticos, e pelas suas flores comestíveis, imbuídas de poderes especiais que afectam quem quer que as coma.
Proprietária de uma empresa de catering, Claire Waverley prepara pratos com as suas plantas místicas — desde as chagas que ajudam a guardar segredos até às bocas-de-lobo destinadas a desencorajar intenções amorosas. Entretanto, a sua idosa prima Evanelle é conhecida por distribuir presentes inesperados cuja utilidade se torna mais tarde misteriosamente clara. São elas os últimos membros da família Waverley — com excepção da rebelde irmã de Claire, Sydney, que fugiu da cidade há muitos anos.

Quando Sydney regressa subitamente a Bascom com uma filha pequena, a tranquila vida de Claire sofre uma reviravolta, bem como a fronteira protectora que erigiu tão cuidadosamente em redor do seu coração. Juntas uma vez mais na casa onde cresceram, Sydney reflecte sobre tudo o que deixou para trás ao mesmo tempo que Claire se esforça por sarar as feridas do passado. E em pouco tempo as irmãs apercebem-se de que têm de lidar com o seu legado comum para viverem as alegrias do futuro que se anuncia.

Encantador e pungente, este fascinante romance irá, seguramente, enfeitiçar o leitor.




A minha opinião:
Nem consigo acreditar que tive tanto tempo com este livro maravilhoso na estante à espera! Absurdo!
Senti-me como se fosse uma autêntica Waverley, enfeitiçada pelas páginas que desfilavam à minha frente e com constante receio do que as maçãs de uma determinada macieira pudessem revelar...
Um romance simples e mágico, repleto de fantasia que não deixará nenhum leitor por cativar.
Recomendo a quem ainda não o leu.
8,5/10
Lido a 15 de Janeiro de 2010
Sinopse:
Verão de 1954.
O U.S. Marshal Teddy Daniels chegou a Shutter Island, local onde está instalado o Ashecliffe Hospital, uma instituição psiquiátrica destinada a loucos criminosos. Juntamente com o seu parceiro, Chuck Aule, inicia a busca de uma paciente que conseguiu fugir, uma assassina chamada Rachel Solando, quando a ilha é atingida por uma furacão.
Mas nada no Ashecliffe Hospital é aquilo que parece.
E Teddy Daniels também não.
Está ali para encontrar uma paciente desaparecida? Ou foi enviado com a missão de investigar os rumores que correm a respeito da abordagem radical à psiquiatria que é praticada em Ashecliffe? Uma abordagem que talvez inclua drogas experimentais, horríveis intervenções cirúrgicas e contra-medidas letais às lavagens ao cérebro feitas pelos soviéticos...
Ou haverá uma outra razão, mais pessoal, para a sua presença?
À medida que a investigação avança, aumenta o número de perguntas.
Como conseguiu uma mulher descalça fugir de um quarto fechado à chave, numa ilha?
Quem anda a deixar pistas sob a forma de códigos?
Porque é que não há registo de um paciente ali internado há apenas um ano?
O que é que se passa verdadeiramente na Enfermaria C?
Por que razão está um farol deserto rodeado por uma vedação electrificada e guardas armados?
Quanto mais Teddy e Chuck se aproximam da verdade, mais ela lhes foge, e mais eles começam a acreditar que podem nunca conseguir sair de Shutter Island.
Porque alguém anda a tentar levá-los à loucura...


A minha opinião:
Este é o segundo livro que leio deste autor e o homem simplesmente não desilude de nenhuma maneira. Este livro é simplesmente genial. Com um registo bem diferente do "A caminho das trevas" e com uma carga psicológica bem densa e muito mais profunda, a leitura destas páginas surpreende a cada passo e é impossível pousá-lo por mais do que uma mera meia hora.
Nas primeiras páginas acompanhamos os dois Marshals Teddy Daniels e Chuck Aule no desembarque numa ilha no Massachusetts em que a única estrutura que lá existe é uma prisão/hospital psiquiátrico destinado a abrigar os piores criminosos com doenças mentais que se possa imaginar. Os dois US Marshals foram convocados a ir àquela ilha para descobrirem como é que uma doente conseguiu fugir de uma instituição que é uma autêntica fortaleza e qual o seu paradeiro.
O problema surge quando os dois detectives vêem todo o seu trabalho questionado e com constantes barreiras levantadas pelos próprios habitantes da ilha.
Um livro excelente que verei, em breve, a sua adaptação para o cinema.







A acção decorre em 1954, quando dois agentes do departamento de justiça dos EUA investigam o desaparecimento de uma paciente de um hospital para loucos homicidas numa ilha de Massachusetts. Só que no próprio local percebem que há na ilha um outro prisioneiro, mas desconhecido, e que eles estão a ser continuamente enganados por toda a gente, situação agravada por um furacão que os deixa presos no local.

Estreia nacional: 25 de Fevereiro de 2010
Título Original: Shutter Island
Intérpretes: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max von Sydow, Jackie Earle Haley
Realização: Martin Scorsese

9/10
Lido a 9 de Janeiro de 2010

Balanço final de 2009

Neste ano foi muito complicado manter um ritmo de leitura. Principalmente nos últimos meses de 2009 vi-me a ler o mesmo livro durante mais de uma semana! Como consequência, o número de livros lidos ficou aquém do desejado e do pretendido, tal é a quantidade de livros POR LER cá em casa. Em 2009 foram estes que me acompanharam:

1- "Sequestro em directo" de Sebastian Fitzek
2- "As memórias do livro" de Geraldine Brooks
3- "As pontes de Madison County" de Robert James Waller
4- "O amante albanês" de Susana Fortes
5- "Marley e eu" de John Grogan
6- "O jardim das sombras" de Mark Mills
7- "Colheita Sangrenta" de Dashiell Hammett
8- "Os jardins da memória/ Amar simplesmente" de Michel Quint
9- "Gótica" de Clara Tahoces
10- "Casamento em Veneza" de Elizabeth Adler
11- "O leitor" de Bernhard Schlink
12- "Aula de risco" de Will Lavender
13- "Mil e um fantasmas" de Alexandre Dumas
14- "Crepúsculo" de Stephenie Meyer
15- "Morre por mim" de Karen Rose
16- "Descalças" de Elin Hilderbrand
17 - "As filhas do Graal" de Elizabeth Chadwick
18 - "Amor à primeira vista" de Catherine Anderson
19 - "A cortesã francesa" de Gene Wilder
20- "Sem sangue" de Alessandro Baricco
21- "Os limites do encantamento" de Graham Joyce
22- "Beleza assassina" de Chelsea Cain
23- "O homem dos seus sonhos" de Nora Roberts
24- "O outro lado do amor" de Rosamunde Pilcher
25- "13 gotas ao deitar" de Alice Vieira, Catarina Fonseca, Leonor Xavier, Luísa Beltrão, Rita Ferro, Rosa Lobato Faria
26- "A estalagem das duas bruxas" de Joseph Conrad
27- "Os retornados - Um amor nunca se esquece" de Júlio Magalhães
28- "Jane-Emily" de Patricia Clapp
29- "Até que o amor me encontre" de Charles Martin
30- "Traição" de Lyndsey Harris
31- "Breakfast at Tiffany's" de Truman Capote
32- "Dante Raintree" de Linda Howard
33- "Gideon Raintree" de Linda Winstead Jones
34- "Mercy Raintree" de Beverly Barton
35- "O beijo do Highlander" de Karen Marie Morning
36- "Amante de sonho" de Sherrilyn Kenyon
37- "Escolhi o teu amor" de Emily Giffin
38- "Pequenos gestos de amor eterno" de Danny Scheinmann
39- "Jogos de sedução" de Madeline Hunter
40- "O nascimento de Vénus" de Sarah Dunant
41- "Encontro com o medo" de Kay Hooper
42- "333" de Pedro Sena-Lino
43- "Amor em minúsculas" de Francesc Miralles
44- "Lua Nova" de Stephenie Meyer
45- "In Tenebris" de Maxime Chattam
46- "Dewey - O gato que comoveu o mundo" de Vicki Myron
47- "Herança de fogo" de Nora Roberts
48- "Herança de gelo" de Nora Roberts
49- "A prisão de silêncio" de Torey Hayden
50- "O highlander negro" de Karen Marie Moning
51- "Herança de vergonha" de Nora Roberts
52- "As suspeitas do Sr Whicher" de Kate Summerscale
53- "Feitiços de amor" de Barbara Bretton
54- "A senhora do castelo" de Terri Brisbin
55- "O crime de Lorde Arthur Savile" de Oscar Wilde
56- "Acheron" de Sherrilyn Kenyon
57- "Castigo" de Anne Holt
58- "A dama de caxemira" de Francisco González Ledesma
59- "A porta dos Infernos" de Laurent Gaudé
60- "A villa" de Nora Roberts
61- "Darwinia" de Robert Charles Wilson


Tal como fiz no ano passado, resolvi fazer o meu TOP pessoal, sendo os seguintes livros, os que se destacaram:

"Sequestro em directo" de Sebastian Fitzek - Um autor que descobri em 2008 e que se tornou daqueles a seguir sem desculpas ou exitações. Apesar de ter gostado muuuito mais do livro anterior dele ("Terapia de choque", ver opinião aqui), passei muitos bons momentos a ler este livro.

"As memórias do livro" de Geraldine Brooks - Um livro maravilhoso para todos os que amam os livros e a leitura. Simplesmente obrigatório!

"Aula de risco" de Will Lavender - Pura tortura do ponto de vista psicológico. Um livro que brinca connosco e com a nossa intuição e raciocínio ao ponto de nos sentirmos dentro de um labirinto sem saída e sem um novelo de lã, qual Teseu no labirinto do Minotauro.

"Morre por mim" de Karen Rose - Pelo terror e pela história romântica entre os dois protagonistas. Um romance sem algodão doce e corações esvoaçantes, simplesmente real.

"A cortesã francesa" de Gene Wilder - Pela ironia inteligente e sarcasmo a relatar momentos de dor, sofrimento e guerra. Fiquei com um carinho especial por este livro.

"Até que o amor me encontre" de Charles Martin - Uma bela surpresa! Um romance lindíssimo que me surpreendeu ao fazer com que ficasse com os sentimentos à flor da pele.

"O nascimento de Vénus" de Sarah Dunant - Um livro com o qual aprendi imenso sobre a Idade de Ouro de Florença. Um romance/mistério que me agradou mesmo muito.


"In Tenebris" de Maxime Chattam - Obra prima do thriller. Mesmo excelente.

Ainda tenho a referir uma menção honrosa para os livros de duas autoras que descobri este ano - Sherrilyn Kenyon e Karen Marie Moning - que proporcionaram momentos de pura delícia. Duas autoras que sem dúvida irei revisitar.
Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger