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Sinopse:
«Tentaram fazer-me o mesmo que fizeram à Mammy. Soltaram os cães. E, chegada ao ponto de contar o modo como isto foi feito, só pergunto o seguinte: porque foi que nós, os escolhidos, ficámos tanto tempo de boca calada? Porque dissimulámos a verdade? Porque preferimos andar de coração roído a correr o risco de contar tudo?»

A história de uma jovem mulher, na Inglaterra de 1966: a filha adoptiva de uma feiticeira da região de Midlands, que ajuda as raparigas da aldeia a resolver os seus problemas. Será também ela bruxa? Mas onde acaba e começa a magia?
Uma história de velhos segredos e de uma nova vida.


A minha opinião:
Um livro estranho... Estranho não por me ter desagradado mas sim por se ter entranhado nos meus pensamentos e reflexões, quando eu, de início nem estava a gostar assim tanto do que lia. Durante todo o resto do dia, depois de já ter acabado de o ler, estive a relembrar certas passagens e a pensar que este livro traz-nos grandes verdades, verdades universais.
Fern é uma jovem mulher que foi adoptada e criada por uma mulher sábia e possuidora de conhecimentos seculares, chamada Mammy. Mas Mammy tem um passado, um passado repleto de segredos obscuros e perigosos se vierem à luz do dia, principalmente para quem vive num meio rural e fechado em si mesmo.
Após uma morte trágica de uma jovem habitante da aldeia, as suspeitas recaem sobre Mammy e as consequências serão terríveis tanto para esta como para Fern. Com Mammy provisoriamente afastada e com ela os segredos de uma aldeia inteira, Fern vê o seu modo de vida ameaçado assim como todos os aspectos da vida que até aqui conheceu como sua. Todos os rancores antigos revelam-se e Fern aflita vira-se para os poucos amigos que possui... mas serão mesmo amigos verdadeiros ou quererão eles algo mais? Como dizia Mammy "o conhecimento é poder".
7/10
Lido a 31 de Maio de 2009
Sinopse:
Quando os seus inimigos finalmente o encontram, Manuel Roca obriga Nina, a sua filha pequena, a meter-se num escoderijo debaixo de um alçapão na despensa, a partir do qual testemunhará o assassinato do seu pai e do seu irmão. Após a matança, Tito, um dos assassinos, encontra o esconderijo de Nina mas, apiedado da inocência da criança, não diz nada aos seus cúmplices. Décadas mais tarde, Nina é uma intrigante mulher que passeia pela rua quando encontra um já idoso Tito a vender lotaria. Este encontro revelará até que ponto a traumática experiência da sua infência marcou ambas as personagens, e se serão alguma vez capazes de a superar.

Sobre o autor:


Alessandro Baricco nasceu em Turim, em 1958, e a sua estreia na literatura deu-se aos 33 anos com o romance Castelos de Raiva.
O seu primeiro best seller internacional, Seda tem sido traduzido para várias línguas e os seis romances que escreveu têm ganho inúmeros prémios literários, incluindo o Prix Médicis Étrangér, em França.
Sucesso de crítica e público, a sua obra é apelidada de «pós-moderna», expressão com múltiplas interpretações e que é, talvez, pequena para um autor que já marcou um espaço de destaque no universo da literatura mundial. Talvez por procurar uma intensidade na sua relação com os leitores, Baricco é hoje em dia um dos autores preferidos pelas camadas mais jovens.
A criação literária de Baricco é bastante diversificada, abrangendo peças de teatro, ensaios, colectâneas de artigos, entre outros.

A minha opinião:
Este é um dos livros que saiu recentemente com a revista Sábado. Mal o tive nas mãos fiquei ansiosa para lhe pegar pois já ouvi falar muito deste autor e queria ler alguma coisa dele. Apesar de todos este sentimentos positivistas tenho de confessar que agradou mas não maravilhou. Culpa disto é talvez a sinopse que acompanha esta edição que revela demasiado do enredo. O livro é pequeno e não havia necessidade de contar tanto sobre o que se iria ler.

Baricco conta-nos uma estória de assassínio, culpa, vingança e amor. Penso que esta frase (retirada do livro, página 154) explica melhor do que eu alguma vez conseguiria no que este livro consiste:

"Então pensou que, por incompreensível que a vida seja, provavelmente a atravessamos com o único desejo de regressar ao inferno que nos gerou (...)"
5/10
Lido a 28 de Maio de 2009
Sinopse:
Uma história de amor entre um cobarde corajoso e uma cortesã francesa é a trama central do primeiro e comovente romance do actor Gene Wilder.

1918. Paul Peachy, um jovem e acanhado empregado ferroviário de Milwaukee, actor nas horas vagas, descobre que a esposa já não o ama. Alista-se no exército americano e embarca para lutar em França encontrando consolo temporário nas amizades surgidas entre os horrores da guerra. Peachy acaba por ser capturado e a sua única hipótese de sobrevivência é fazer-se passar por um dos mais famosos espiões inimigos. Na pele do cortês e dotado espião Harry Stroller, Peachy é recebido como um herói pelas altas esferas alemãs e consegue acesso a uma vida sumptuosa que nunca antes imaginara. Mas, as suspeitas dos alemães obrigam Peachy a ser escandalosamente falso para encobrir o seu disfarce revelando uma coragem e um engenho que ele nem sonhava possuir.
Num perigoso mundo de enganos e desilusões Peachy apaixona-se por Annie, uma bela cortesã francesa que parece conseguir ver através do seu disfarce astucioso…


A minha opinião:
Em primeiro lugar fiquei admirada ao ver a fotografia do autor na capa, o que só aconteceu quando peguei neste livro para o ler. Nunca pensei que o actor do filme "Uma mulher de vermelho" ou "Willy Wonka and the Chocolate Factory" fosse o autor deste livro!


A simplicidade e a ironia são os principais ingredientes deste maravilhoso romance. Não é, de todo, um livro muito bem escrito e uma obra imprescendível, mas quem o ler ficará com toda a certeza rendido(a). Em cerca de 190 páginas estão presentes uma variedade impressionável de momentos da vida da personagem principal, Paul Peachy, que me fez render todo o meu coração a esta personagem genial e adorável! Quem pegar neste livro prepare-se para soltar umas gargalhadas perante situações simplesmente inacreditáveis.

Se eu conseguisse resumir, este é um livro onde através de um relato de captura e romance de um simples soldado, durante a Primeira Guerra Mundial, se mostra a quem queira ler a verdadeira inutilidade da guerra e que fácil é compreendermos as duas faces da moeda onde não existe o Bem e o Mal, mas sim uma cambada de pessoas estúpidas num nível hierárquico superior que pensam que a guerra é a solução de uma qualquer situação.
Os meus sinceros agradecimentos a editora Civilização por ter apostado nesta pequena mas genial obra que irei guardar na minha biblioteca pessoal com todo o carinho...


7,5/10
Lido a 22 de Maio de 2009

 Sinopse:
Poucos autores escrevem histórias tão comoventes e de inesgotável ternura como Catherine Anderson. As suas personagens partilham com o leitor a esperança de encontrar o amor perfeito de uma vida inteira.
Todas as leitoras que acompanharam Rafe Kendrik e Maggie Stanley em Uma Luz na Escuridão podem agora revê-los numa nova e apaixonante aventura protagonizada por Ryan, irmão de Rafe a quem este terá de ajudar a ultrapassar um momento difícil. Um acidente sofrido há anos num rodeo deixou Bethany Coulter presa a uma cadeira de rodas. Desde então conheceu tanto as traições como os desgostos de amor, e por isso jurou nunca mais entregar o seu coração a um homem. Mas qualquer coisa em Ryan Kendrick a fez de súbito acreditar que talvez todos esses obstáculos pudessem ser ultrapassados. Ambos partilham a paixão pelos cavalos e têm um imenso sentido de humor. Mas a vida não é absolutamente perfeita.

A minha opinião:


Ryan Kendrick já tem idade suficiente assim como experiência com o mundo feminino para saber que o que sente ao olhar para Bethany Coulter é algo de diferente, excitante e novo. Algo que até então nunca sentiu. Ryan não perde tempo e convida-a para dançar, mas a resposta de Bethany é absolutamente inesperada. Ao ouvir este convite, ela sorri de forma triste e afasta a cadeira para que ele a veja na totalidade. O que Ryan vê é algo que nunca no mundo lhe passaria pela cabeça, a cadeira onde Bethany está sentada é uma cadeira de rodas.
Não vou desmentir e negar que este é um daqueles livros com romance, sonhos cor-de-rosa e algodão doce ;-p Mas estava mesmo a precisar de algo mais levezinho para desanuviar a cabeça.
O que eu mais gostei ao ler este livro foi o cuidado da autora em desmentir alguns pressupostos em relação às pessoas com deficiência motora e em escrever de forma simples e directa sobre o sexo nestes casos. Não me lembro de ter lido algum livro que falasse deste assunto de uma forma tão sincera como esta autora conseguiu fazer.
De referir a tradução impecável de Francisco Silva Pereira e a péssima escolha da Ulisseia para a capa deste livro. Era preferível a imagem de umas montanhas e no sopé umas montanhas como aparece na capa original:
7/10
Lido a 22 de Maio de 2009

Sinopse:
As mulheres descendentes de Maria Madalena possuem dons místicos que ameaçam os poderes estabelecidos. E agora a Igreja quer acabar com eles...

França, século XIII: Bridget cresceu aprendendo a controlar os dons místicos da sua antepassada Maria Madalena, cuja ininterrupta linhagem feminina manteve vivo um legado de sabedoria durante milénios. Mas agora, a todo-poderosa Igreja Católica jurou destruir Bridget por usar os seus talentos curativos e as suas habilidades naturais. O dever de Bridget de continuar a linhagem leva-a até aos braços de Raoul de Montvallant, um católico. E quando a intolerância selvagem da Igreja leva Raoul a rebelar-se, a intolerância cresce para uma ânsia de vingança que só poderá ser saciada com uma cruzada de sangue.


A minha opinião:
Uma verdadeira viagem no tempo até ao séc. XIII onde o leitor consegue absorver o ambiente que se vivia na altura em França. O enquadramento histórico está muito bem conseguido, notando-se que se trata de uma obra cuidada. No final do livro existe uma nota da autora dirigida à pessoa que acaba de ler o livro, explicando quais os pormenores que foram retirados da realidade e quais são ficcionados. Pessoalmente fiquei deliciada ao ver que alguns dos pormenores mais marcantes do romance aconteceram mesmo.
Este livro é na sua essência um romance onde acompanhamos três gerações repletas de estórias de amor, traição, desespero,... No entanto não é o que eu costumo chamar um livro vazio, estéril em que lemos, lemos, lemos e que apesar de estarmos a gostar não se aprende nada. Por estas páginas, que li com tanto prazer, tive acesso a uma mini-aula de História.
O livro começa com o percurso de Bridget e a sua mãe, ambas descendentes de Maria Madalena, mulher de Tiago, sendo este último irmão de Jesus. Por serem mulheres com poderes e com provas de quem são, a Igreja persegue-as ferozmente, assim como aos cátaros. A partir deste ponto conhecemos um variado leque de personagens com as quais sofremos e amamos, até ao culminar da paixão entre Dominic e Magda, filha de Bridget.
Este foi um livro que me acompanhou durante um mês de excesso de trabalho e sem tempo para os pequenos prazeres da vida como ler e que sinceramente tive pena de o acabar. Mal posso esperar para comprar o outro livro desta autora já editado pela Saída de Emergência.
8/10
Lido a 20 de Maio de 2009
Sinopse:
Três mulheres – carregadas com crianças e alguns problemas emocionais óbvios – chegam ao aeroporto de Nantucket numa quente tarde de Verão. Vicki, mãe de dois rapazes, está a tentar aceitar a notícia de que tem uma doença grave; a irmã, Brenda, foi despedida do seu prestigiado emprego de professora universitária por manter uma relação íntima com um estudante; e a amiga de ambas, Melanie, após sete tentativas falhadas de fertilização in vitro, está finalmente grávida – depois de descobrir que o marido tem um caso.
Com o intuito de sarar as suas feridas, apanhando sol e sentindo a areia nos pés, «fugiram» para Nantucket sem saber que encontrariam Josh, um desconhecido que mudará as suas vidas. Será que a adorável casa de férias, que pertence à família há gerações, vai ser suficientemente grande para o turbilhão de emoções que a invade?
Descalças une estas quatro vidas numa história irresistível. Um romance tão divertido, memorável e agridoce quanto a própria vida.


A minha opinião:
A estória foca-se na tentativa de três mulheres de passarem um verão maravilhoso, longe dos seus problemas mas, e como sempre acontece, os problemas que as atormentam não as abandonam mas sim vão acompanhá-las durante todo o verão.
As duas irmãs Vicki e Brenda, face a uma tragédia que cada uma viveu nos últimos tempos, decidem viajar sozinhas para Nantucket onde a família possui uma pequenina mas muito acolhedora casa. Ambas têm a esperança de ao recolherem-se na casa onde foram tão felizes na infância, possam resolver alguns dos problemas mais graves que as atormentam, Vicki é a de morrer em breve de uma doença terrível, Brenda a ideia de não conseguir reerguer a sua vida profissional e amorosa que no momento está em cinzas.
A ideia era a de irem apenas as duas, mas quando Vicki descobre que a sua melhor amiga, Melanie, está grávida e com o seu casamento em perigo, não hesita e convida-a para irem todas. Esta será uma decisão de que Vicki irá se arrepender... Mas o verão possui muitas surpresas reservadas para estas três mulheres.
É um livro morno, sereno. Nem muito excitante, nem muito aborrecido. Foi uma leitura linear sem grandes surpresas e que me fez passar momentos agradáveis.
Durante todo o livro sente-se uma certa tristeza pelo que estas mulheres estão a passar mas também sentimos uma certa simpatia por elas, pela luta que fazem para vencerem as dificuldades que são muito reais, aliás todo este livro é o retrato do que se passa em muitas vidas na realidade. Quem pensar que este é um romance adocicado com os habituais floreados desengane-se, o sabor doce e amargo permanece connosco do início até ao fim.
O desenlace de todo este enredo pareceu-me um pouco sem sal (excepto para Vicki) e para mim inesperado, pois já estava a imaginar finais algo diferentes para estas personagens que acabei por simpatizar.
De valorizar a editora por ter conseguido uma capa que em tudo tem a haver com a estória e os meus parabéns por um trabalho impecável a Elsa Vieira (responsável pela tradução), Anabela Mesquita e Jorge Amaral (responsáveis pela revisão).
Como balanço final, não posso dizer que adorei este livro, mas sim que gostei de ter tido a oportunidade de o ler.
6/10
Lido a 1 de Maio de 2009
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