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Sinopse:
A velha condessa Ana Fédotovna, na sua juventude apelidade de Vénus Moscovita, esconde um segredo… um segredo que pode tornar qualquer homem milionário ou destruir-lhe a vida. Numa noite longa, durante um jogo de cartas, Tomski, o neto da condessa, confidencia aos amigos parte do segredo da avó. Mas, entre eles está o ambicioso Hermann, rapaz sem escrúpulos que vai tentar descobrir o segredo para se tornar no homem mais rico do mundo. Pelo meio, não hesitará em levar quase à loucura Lisavete Ivanovna, a singela dama de companhia da condessa.


Excertos:
"Por esta mesma escada - pensava ele - há uns sessenta anos, à mesma hora, de casaca bordada, com a flamante cabeleira ao gosto do tempo e com o tricórnio na mão, descia furtivamente daquele mesmo quarto um jovem e feliz amante; esse já há muito tempo é apenas poeira e o coração da sua amante cessou hoje de bater..."
Excerto retirado da página 55


"O anjo da morte - disse o orador - surpreendeu-a na vigília das suas meditações piedosas e da expectativa do noivo da meia-noite."

Excerto retirado da página 59


Excerto de um artigo do DN:
"Enquanto escritor, Alexandre Puskine (1799 - 1837) gostava de designar o seu próprio estilo de "romantismo realista". Enquanto homem, progressista e desterrado pelo império russo, sentia na pele os latos e baixos da sociedade da época e aprendeu a retratar classes e personalidades. A Dama de Espadas teve, forçosamente, de agarrar estas características pessoais do seu autor, escrita que foi numa fase de maturidade, após Puskine ter sido perdoado pelo imperador e regressado a Moscovo. (...)"


A minha opinião:
Este é um pequeno conto de um dos maiores nomes da literatura russa - Alexander Pushkin -, que se lê extraordinariamente bem.
Numa época em que o gosto pelo jogo é comum surge esta pequena história sobre um poderoso segredo que pode fazer a felicidade de um homem ou a sua desgraça completa. Junta-se a isto uma personagem curiosa e gananciosa, que com os poucos escrúpulos que possui, tenta por meios menos próprios chegar ao conhecimento desse segredo que apenas a condessa Ana Fédotovna conhece.
Com uma certa ironia pelo meio Pushkin conta-nos uma história simples mas interessante que eu gostei de ler e tenho a certeza que será do agrado de toda a gente.
9 de Janeiro de 2008
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