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Sinopse:
Tertuliano Máximo Afonso, professor de História no ensino secundário, «vive só e aborrece-se», «esteve casado e não se lembra do que o levou ao matrimónio, divorciou-se e agora não quer nem lembrar-se dos motivos por que se separou», à cadeira de História «vê-a ele desde há muito tempo como uma fadiga sem sentido e um começo sem fim».
Uma noite, em casa, ao rever um filme na televisão, «levantou-se da cadeira, ajoelhou-se diante do televisor, a cara tão perto do ecrã quanto lhe permitia a visão, Sou eu, disse, e outra vez sentiu que se lhe eriçavam os pêlos do corpo»...
Depois desta inesperada descoberta, de um homem exactamente igual a si, Tertuliano Máximo Afonso, o que vive só e se aborrece, parte à descoberta desse outro homem. A empolgante história dessa busca, as surpreendentes circunstâncias do encontro, o seu dramático desfecho, constituem o corpo deste novo romance de José Saramago.
O Homem Duplicado é sem dúvida um dos romances mais originais e mais fortes do autor de Memorial do Convento.


A minha opinião:
Este foi a minha primeira leitura de uma obra do José Saramago, e para dizer a verdade, gostei.
Apesar da escrita ser muito condensada e densa, é um livro que se lê extremamente bem e chega mesmo a ser empolgante.
Fala-nos de um professor de História que cansado da rotina do quotidiano se vê numa estranha situação de encontrar uma cópia fiel de si. Acompanhei, com gosto, ao reinventar do homem que é Tertuliano Afonso. Uma reinvenção que culmina num fim trágico e bastante inesperado para mim.
Esta foi uma boa surpresa. Posso dizer que gostei e aconselho este livro, deste autor que parece ter uma aversão séria aos sinais de pontuação e uma repulsa por parágrafos.

Lido a 22 de Maio de 2008

Sinopse:
A autora, Rhonda Byrne, descobriu que a maioria das pessoas que têm ou tiveram sucesso conheciam um Grande Segredo, e dá exemplos que vão desde Einstein a Galileu Galilei. A partir dessa descoberta, ela foi procurar pessoas que actualmente conhecessem o Segredo e vivessem de acordo com ele (como por exemplo o autor de Conversas com Deus ou o autor de Os Homens São de Marte as Mulheres São de Vénus). Falou com elas, entrevistou-as, e através do testemunho delas vai explicando no livro a “lei da atracção”: nós atraímos aquilo que queremos atrair e, se queremos atrair o sucesso, conseguimos atrair o sucesso.
Na origem do livro está um documentário feito para a televisão australiana que se tornou num sucesso global – é, presentemente, o DVD mais vendido em todo mundo, e mesmo em Portugal há sessões regulares de exibição do documentário. Ou seja, um fenómeno de culto.


A minha opinião:
Nunca fui muito apreciadora de livros de auto-ajuda, nem nunca tive muita paciência para os ler.
No entanto, pedi emprestado este livro, motivada apenas pela curiosidade, uma vez que este livro foi um fenómeno de vendas.
Tenho de confessar que li o primeiro capítulo e ao verificar que cada capítulo tem um resumo das ideias principais no fim, passei a ler apenas os resumos.
Apesar de eu achar que este livro foi um best-seller por causa do marketing e publicidade, não posso deixar de admitir que a ideia principal, que constitui este livrinho, possui um fundo de verdade. Na minha opinião acho que se nos concentrarmos em ideias positivas avançamos na vida com outra postura e ânimo. E isso leva a que as pessoas que nos rodeiam se sintam bem na nossa companhia e nós sentimo-nos bem connosco próprios, e sucessivamente, formando um ciclo.


Excertos:
"- O Grande Segredo da Vida é a lei da atracção.
- A lei da atracção diz que as coisas semelhantes se atraem, por isso, quando tem um pensamento, você também está a atrair a sim pensamentos semelhantes.
- Os pensamentos (...) têm uma frequência. (...) Tudo o que é enviado regressa à fonte - você.
- Você é como uma torre de transmissão humana, que transmite uma frequência com os seus pensamentos. Se quer mudar alguma coisa na sua vida, mude a frequência, alterando os seus pensamentos.
- Os seus pensamentos actuais estão a criar a sua vida futura. Aquilo em que mais pensa ou em que mais se foca vai surgir na sua vida."
Retirado da página 25


"- Esqueça as dificuldades do passado, os códigos culturais e os preconceitos sociais. Você é o único que pode criar a vida que merece.
- Um atalho para manifestar os seus desejos é ver aquilo que quer como um facto absoluto."
Retirado da página 179


Lido a 18 de Maio de 2008
Sinopse:
Dorchester, um sólido bairro operário onde não faltam bares sórdidos para beber uma cerveja, é manchado por uma série de crimes estranhamente semelhantes a outros ocorridos vinte anos antes e pelos quais um psicopata, filho de um polícia local, cumpre pena numa prisão de alta segurança.
O detective Patrick Kenzie, que nasceu e cresceu no bairro, torna-se o herói improvável desta história ao decidir, não obstante uma série de ameaças que recebe, investigar os assassínios.


A minha opinião:
Esta foi a minha primeira leitura de um livro deste autor.
Gostei da escrita, do suspense e das palpitações de antecipação que me provocou mais para o final.
O detective Patrick Kenzie e a sua sócia Angela Gennaro cresceram num bairro, de Boston, em que as ligações entre as pessoas são importantes, necessárias e mortais. São estas ligações que decidem se vives ou morres.
Tudo começa quando o detective Kenzie é contactado por Eric Gault para ajudar uma amiga, Diandra Warren, que tinha recebido uma fotografia do seu filho Jason, isto logo após um estranho pedido de ajuda da parte de uma jovem que aparentemente não existe, ou se existe, desvaneceu-se em fumo.
A partir daqui é um desvendar lento e gradual da teia que envolve esta parte da cidade. Uma teia mortal e vingativa que renasce do passado do próprio Kenzie.
Tudo se resume a: uma tentativa, mal sucedida, de rapto, quando Kenzie era apenas um miúdo, e ao que Kenzie fez após este acontecimento; uma associação de "bons cidadãos" chamada EEPA e um trio hierárquico de assassinos frios e implacáveis.
A parte do livro que mais gostei e que me ficará na memória, foi o estranho encontro de Kenzie com Hardiman, o assassino (página 183).


Excertos:
"Começou a trautear com a boca fechada e não consegui reconhecer a música até que baixou a cabeça e se ouviu o som um pouco mais alto. »Mandem vir os palhaços.»
- As outras vítimas - repeti -, por que tiveram de morrer, Alec?
- »Não é uma felicidade...»? - entoou.
- Trouxe-me até aqui por qualquer razão - disse eu.
- Não gosta...?
- Por que morreram, Alec? - perguntei.
- Um que não pára de correr... - e a voz dele era fraca e aguda. - Um que não se consegue mexer...
- Hardiman.
- Por isso mandem vir os palhaços.
Olhei para Dolquist e depois para Lief.
Hardiman abanou o dedo na minha direcção. - Não se preocupe. Já cá estão.
E riu-se. Riu-se com força, com as cordas vocais dilatadas, os olhos muito abertos fixos em mim."
Retirado da página 189


"- Interceptámos este bilhete quando Alec tentou enviá-lo a um rapaz de dezanove anos que tinha sido violado, já depois de saber que era seropositivo.
Abri-o.
A morte que trago no sangue
Te dei.
Do outro lado da sepultura
Te esperarei."
Retirado da página 194


Lido a 17 de Maio de 2008
Sinopse:
Todos os anos, Laura Bartone se reencontra com os pais, a irmã e o irmão na casa de família, um acontecimento que espera sempre com um misto de entusiamo e ansiedade. Mas este ano, tudo é diferente. Passa-se algo com Caroline, a irmã. Na primeira noite juntos, Caroline confronta os irmãos com graves alegações sobre a mãe. Surpreendida com as diferentes percepções que os irmãos têm da sua infância, Laura não sabe como lidar com o assunto e não tem a certeza de onde reside a verdade. Até que uma súbita tragédia obriga toda a família a olhar para o passado, para a culpabilidade de cada um e para a necessidade íntima de amor e perdão que lhes é comum.


A minha opinião:
Uma família cujos membros se distanciaram ao longo do tempo...
Uma irmã e filha que se revolta e quer revelar um segredo...
Um segredo que esteve à vista de todos, mas que todos ignoraram.
É a isto que o livro se resume e mais nada.
A família é uma família comum, com sentimentos, intrigas e relações muitos realistas. É este retrato familiar que considero ser a mais valia deste livro. Acho que a autora, neste ponto, se saiu muito bem ao retratar uma família que todos os leitores a podem relacionar com a sua, tal é o realismo.
Quanto ao segredo, foi uma autêntica desilusão.
Não foi o segredo em si, mas sim que tal "segredo" existisse e acontecesse e ninguém se apercebesse. Ou os poucos que se aperceberam nada fizeram.
Sinceramente, este livro foi uma autêntica perda de tempo.
Com tantos livros bons no mercado editorial português, acho que não vale a pena lê-lo.
Lido a 9 de Maio de 2008
Sinopse:
Em Crimes Quase Perfeitos mistérios interessantes como «Caloiro em Fuga» e «Como morre a outra metade» farão de si, durante horas, um perfeito detective.
Cada caso é seguido de uma curta série de perguntas e um desafio para resolver o mistério usando apenas um certo número de pistas. Depois consulte as «Provas», como o ficheiro de depoimentos, os relatórios das autópsias ou os relatórios do laboratório e do local do crime para obter mais pormenores que o ajudem a encontrar o culpado.
Continua intrigado? Passe à «Análise de Provas» para obter uma ajudazinha extra para encaixar as peças. Se o mistério o deixar completamente desnorteado, as soluções encontram-se no fim.
Com as ilustrações cómicas de Lucy Corvino, a resolução de crimes nunca foi tão divertida.


A minha opinião:
Um bom livro de passatempos para desanuviar e divertir. Ideal para os amantes de mistérios à lá Sherlock.
Dos 15 mistérios em dois tive de recorrer à ajuda da «Análise de provas» para conseguir soluccionar e em outros dois casos - «Violência Vídeo» e «Engolir a arma» - não consegui descobrir o verdadeiro assassino. Embora no «Engolir a arma», depois de ler a solução, pensei: "Pois! É claro! Que pateta que eu sou." Mas isto depois de ler a solução ;D
Lido a 4 de Maio de 2008
Sinopse:
Certa tarde, Inês e seu pai decidiram ir passear até à feira. O dia estava ameno. Soprava uma brisa suave e o céu apresentava apenas alguns montinhos de algodão branco. Porém, o sol estava quente e convidativo. Por entre bancas com brinquedos, livros, CD's e tantas outras coisas, a jovem prendeu o seu olhar numa das bancas de roupa. Era uma cigana já com certa idade, contudo o seu sorriso era jovial. Esta convidou-a a aproximar-se e a escolher o vestido que mais lhe agradasse. Nessa altura já o seu olhar estava fixo num vestido cor de salmão, estilo medieval, de corpete bem justo, atado à frente, com mangas em sino, decote à barco, muito simples, com apenas umas rendas brancas nas pontas das mangas e no decote. A cigana pareceu aprovar a escolha da jovem e indicou-lhe um recanto coberto de panos, aproveitado como vestiário...


A minha opinião:
Este livro foi-me gentilmente emprestado por uma amiga recente que conheci pelo Bookcrossing, a semidio. A autora é familiar dela.
Devo confessar que a leitura deste livro surpreendeu-me! Não estava nada à espera de uma história assim.
Um vestido mágico que transporta Inês ao passado para corrigir algo que desconhece. Uma vida mágica que é caracterizada por um grave e triste período de mortes e tragédias. Período esse que surge devido a uma maldição de um amor proibido e secreto que resulta num suicídio de uma mulher misteriosa...
Resumindo, é um pequeno livro, com uma história deveras interessante, com muitas mortes à mistura e que eu gostaria de ver reescrita pela autora e transformada num romance.
Os meus parabéns à autora - Milene Emídio - pela sua imaginação, criatividade e escrita.
Lido a 1 de Maio de 2008

Sinopse:
Não era fácil viver com o insuportável Michael Donahue, ainda que fosse para cumprir os últimos desejos do seu tio. Contudo para a teimosa Pandora McVie foi ainda mais difícil não se apaixonar por ele.
Algumas vezes, o último homem pelo qual pensamos apaixonar-nos é o que secretamente o nosso coração deseja...


A minha opinião:
Uma história bonita e interessante - o que nem sempre aparece nos livros editados pela Harlequin - que nos conta as consequências da leitura de um testamento nada vulgar.
Como as exigências de um homem já falecido faz com que duas pessoas se unam numa casa e como uma família, desesperada para colocar as mãos nos milhões deixados em herança, se transforma em suspeitos de actos vis e homicidas.
Lido a 29 de Abril de 2008
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