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Sinopse:
Tertuliano Máximo Afonso, professor de História no ensino secundário, «vive só e aborrece-se», «esteve casado e não se lembra do que o levou ao matrimónio, divorciou-se e agora não quer nem lembrar-se dos motivos por que se separou», à cadeira de História «vê-a ele desde há muito tempo como uma fadiga sem sentido e um começo sem fim».
Uma noite, em casa, ao rever um filme na televisão, «levantou-se da cadeira, ajoelhou-se diante do televisor, a cara tão perto do ecrã quanto lhe permitia a visão, Sou eu, disse, e outra vez sentiu que se lhe eriçavam os pêlos do corpo»...
Depois desta inesperada descoberta, de um homem exactamente igual a si, Tertuliano Máximo Afonso, o que vive só e se aborrece, parte à descoberta desse outro homem. A empolgante história dessa busca, as surpreendentes circunstâncias do encontro, o seu dramático desfecho, constituem o corpo deste novo romance de José Saramago.
O Homem Duplicado é sem dúvida um dos romances mais originais e mais fortes do autor de Memorial do Convento.


A minha opinião:
Este foi a minha primeira leitura de uma obra do José Saramago, e para dizer a verdade, gostei.
Apesar da escrita ser muito condensada e densa, é um livro que se lê extremamente bem e chega mesmo a ser empolgante.
Fala-nos de um professor de História que cansado da rotina do quotidiano se vê numa estranha situação de encontrar uma cópia fiel de si. Acompanhei, com gosto, ao reinventar do homem que é Tertuliano Afonso. Uma reinvenção que culmina num fim trágico e bastante inesperado para mim.
Esta foi uma boa surpresa. Posso dizer que gostei e aconselho este livro, deste autor que parece ter uma aversão séria aos sinais de pontuação e uma repulsa por parágrafos.

Lido a 22 de Maio de 2008
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