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Sinopse:
Quando a maioria das pessoas teria gritado, a Sra. Hathal reagiu calmamente ao encontrar a nora assassinada. Embora já tivesse visto a morte, por diversas vezes, nunca tinha, porém, visto de perto a morte violenta...
O Inspector Wexford não consegue descobrir nenhum motivo, circunstância ou suspeita para o crime. Recusando-se a aceitar as evidências - a vítima deu boleia a um estranho que a estrangulou - o Inspector seguirá a sua própria intuição que o levará a descobrir uma estranha mistificação que transforma a própria vítima em assassino. Uma história clássica e surpreendente, a análise da obsessão que leva a camuflar um crime menor, com outro de grande mostruosidade. Mais uma obra magistral de Ruth Rendell.

A minha opinião:
Um livro de mistério que me agradou bastante e cuja leitura é ideal para esta época do ano, enroscada no sofá com a lareira acesa.
É impressionante que este livro tenha sido escrito em 1975. Este facto faz-me valorizar ainda mais esta obra.
Este é mais um livro onde entra o perspicaz Inspector Wexford. O caso inicia-se com a ida relutante da mãe de Robert Hathall a casa deste, com o objectivo de fazer as pazes com a nora. No entanto, ao chegarem a casa do casal, Robert e a sua mãe, estranham o silêncio que nela reina. Preocupado e nervoso, Robert começa a vasculhar a casa à procura da esposa com um único pensamento "Isto não está a correr como eu esperava", pedindo à sua mãe que se acomode no quarto das visitas. Esta, impressionada com a limpeza da casa e tal e qual uma sogra daquelas que justificam todos os preconceitos e piadas a elas associadas, começa a espreitar o quarto do casal para ver se a sua "querida" nora se deu ao trabalho de limpar toda a casa, ou se é apenas fachada. Mas quando entra no quarto do filho e depara-se com a nora deitada na cama, o seu primeiro pensamento é depreciativo, não suspeitando que a nora está morta.
A partir deste ponto vi-me perante um mistério de avanços lentos mas certos, onde a rede de enganos e segredos se começa a revelar com o desfile de personagens: Ginge, o informador vago e criminoso que trabalha por dinheiro e álcool, Eileen e Rosemary, respectivamente a primeira esposa e filha de Robert Hathall, ...
Acompanhei o investigador na sua busca por pistas que não existiam, tal era a perfeição do acto criminoso, busca esta que se tornou numa autêntica obsessão para esta personagem. É com o cruzar de investigações que finalmente Wexford começa a unir as pontas soltas deste caso, tendo por base apenas a sua intuição, chegando ao derradeiro final que constituiu uma verdadeira surpresa, com uma reviravolta no enredo que não esperava.
Um verdadeiro clássico de leitura obrigatória para todos os que gostam de um bom mistério.
7/10
Lido a 29 de Dezembro de 2008

Sinopse:
Quem se esqueceria daquele rosto cheio de cicatrizes e se atreveria a amá-lo?
O príncipe Valbrand tinha-se escondido durante anos, embora Dulcie Samples, uma rapariga simples, fosse motivo suficiente para o fazer voltar a aparecer. Mas Valbrand, que ficara muito perturbado com a tentativa de homicídio que o obrigara a manter-se escondido, jurou dedicar a sua vida a encontrar os culpados pela sua situação.
Além disso, Dulcie não se atreveria a amar um homem como ele. Pelo menos, era o que Valbrand pensava. Mas, apesar do mistério que o envolvia, Dulcie sentia que o destino a levava inexoravelmente para o homem disfarçado.


A minha opinião:
Um livro bastante razoável, dentro do género. Mas considero-o como um excelente rascunho para a escrita de um belo romance histórico com muita acção pelo meio.
3/10
Lido no início de Dezembro de 2008

Feliz Natal

Bem me parecia que a estória não iria acabar assim!
A saga continua... E mal saia o quarto volume cá em Portugal é ver-me a correr comprá-lo.
Isto promete :-)
Sinopse:
O desenlace final das aventuras da bela Agnès de Souarcy e o que lhe está reservado é no mínimo ineperado…
O terceiro volume de uma trilogia histórica, arrepiante de mistério e suspense, de uma das «Rainhas da Ficção» internacionais da actualidade.

1304. A França está dilacerada por lutas de poder que opõem o Rei Filipe o Belo, a Igreja e a poderosa Ordem dos Templários.
A bela Agnès de Souarcy, jovem viúva de forte carácter, vê o seu destino em perigo sem compreender até que ponto ele está ligado aos destinos do reino e da cristandade...
Neste terceiro e último volume de A Dama Sem Terra, Andrea H. Japp dá-nos finalmente a chave das múltiplas intrigas urdidas dos dois livros anteriores…
Quem será verdadeiramente o jovem Clément?
Quem terá sido o mandante dos assassinatos ocorridos na Abadia Feminina dos Clairets? A investigação recai doravante sobre Roma e os que de mais perto rodeavam o sumo pontífice envenenado…
Quanto à história de amor entre Agnès e Artus, Conde d’Authon, também ela irá conhecer um
final no mínimo inesperado…

Sobre a autora:

Andrea H. Japp (1957) é licenciada em Bioquímica, toxicóloga de profissão e colaboradora regular da NASA. Iniciou a sua carreira como autora de romances policiais com La Bostonienne, galardoado em 1991 com o Prémio Cognac. Em 1996 recebeu o Prémio Masque com o thriller La Femelle de L'Éspece.
Andrea H. Japp é considerada uma das «Rainhas da Ficção» internacionais. (...)

É também autora de numerosas compilações de contos, argumentos para a televisão e banda desenhada.


A minha opinião:
Fabuloso! É mesmo esta a sensação que esta trilogia deixou marcada em mim. O cuidado da autora com os pormenores, com a exactidão histórica, com as pequenas explicações essenciais em rodapé e com a construção de uma intriga que envolve paixões, traições, assassinatos e o segredo de uma profecia que envolve toda a Humanidade, deixou-me completamente rendida.
Neste último livro acompanhamos a robusta mas perspicaz Annelette na sua procura intensa da verdadeira identidade da assassina, que se escondia sob a fachada pacífica da Abadia feminina dos Clairets, e neste campo de batalha, em que nada é o que parece, foram muitas as surpresas. Apesar de ter verificado que afinal as minhas suspeitas não andavam muito afastadas da verdade, foi com espanto que li alguns dos pormenores.
Além disso, foi uma verdadeira aventura acompanhar o cavaleiro templário Leone e o jovem Clément na exploração da verdade que se esconde por detrás de uma misteriosa citação - "A descendência vem das mulheres. Será de uma delas que renascerá o sangue diferente." Esta parte da estória foi lida já de madrugada e foi apenas por puro cansaço que consegui pousar o livro, mas peguei nele mal acordei e não sosseguei enquanto não terminei a sua leitura.

A pesquisa e a intensa busca destas duas personagens levou-as a percorrer vários locais, entre eles a Comendadoria Templária de Arville, a qual existe na realidade e que foi um importante marco na vida dos Templários em França:




Insígnia internacional dos Cavaleiros Templários


A extensão da teia de intriga que envolve a afirmação acima citada é de proporções gigantescas. Desde o rei Filipe, O Belo, passando por Honorius Benedetti, o camerlengo do papa até ao cavaleiros templários. Aliás, a intriga que envolveu o rei de França, Filipe o Belo, o papa e os templários, existiu de facto.
Na verdade, o que aconteceu verdadeiramente foi que o rei Filipe, quase falido e com a maioria das suas jóias penhoradas aos Templários, obrigou o papa Clemente V a acabar com a Ordem. Depois de um julgamento vergonhoso, os responsáveis pela famosa Ordem foram queimados vivos e o rei conseguiu recuperar os seus bens.
Templários sendo levados para a prisão, pergaminho de Cronicas da França, Escola Francesa, século XIV, Biblioteca Britânica, Londres
Em 1310, o rei Felipe, o Belo (à esq.) observa um grupo de Templários a caminho da execução. Templários sendo conduzidos para execução sob olhar de Felipe IV, pergaminho, escola francesa, século XIV, Bibliothèque de l’Arsenal, Paris.

Filipe IV de França, cognominado o Belo, o rei de Mármore ou o rei de Ferro.

Mas voltando aos livros em si, confesso que apesar da qualidade inegável que eles possuem, eu e o meu coração romântico ficamos um pouco desiludidos com o desfecho destinado ao templário Leone assim como ao do jovem Clément. No entanto, estes dois finais não diminuiram o sentimento de prazer com que acabei de ler as últimas páginas hoje de manhã. Resumindo, trata-se de uma trilogia que todos os amantes do romance histórico irão certamente adorar.

9/10
Lido a 14 de Dezembro de 2008

Sinto-me muito agradecida e muito espantada pela surpresa!
Na altura de trabalho intenso, os únicos momentos que consigo dedicar a esta minha paixão que é a leitura é à noite quando estou a preparar-me para saudar o meu querido amigo João Pestana.
É então com uma grande satisfação que vejo amigos (uns que nunca os vi pessoalmente) que visitam este pequeno cantinho e me presenteiam com comentários, palavras semeadas de sentimentos e pela primeira vez um prémio!
MUITO OBRIGADA Isabel Maia (Blog Na Companhia dos Livros) e Homem do Leme (Blog Conta-me Histórias). Sem dúvida que plantaram um duplo e largo sorriso nos meus lábios.

Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada bloguista emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloguistas, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:
1. Exibir a distinta imagem;
2. Linkar o blogue pelo qual recebeu o prémio;
3. Escolher 15 outros blogues a quem entregar o Prémio Dardos.


Os 15 blogues a quem atribuo o prémio são:
Sinopse:
Intriga, duplicidade e perversão. Agnès de Souarcy enfrenta agora as garras do Tribunal da Inquisição.
O segundo volume de uma trilogia histórica, arrepiante de mistério e suspense, de uma das «Rainhas da Ficção» internacionais da actualidade.

1304. Acusada de cumplicidade com os heréticos e de comércio com o Demónio, Agnès de Souarcy é levada perante o Tribunal da Inquisição. Nicolas Florin, o Grande Inquisidor, fica radiante: está obcecado por aquela mulher deslumbrante. Quer vê-la soluçar, suplicar. E uma misteriosa silhueta veio visitá-lo exigindo a morte da Senhora de Souarcy. Mas a pior surpresa, para Agnès, virá da jovem Mathilde, a sua própria filha...
Entretanto, na abadia feminina dos Clairets, algumas monjas morrem umas após outras, envenenadas. A criminosa está entre elas... para Éleusie de Beaufort, a abadessa, há uma única certeza: o objectivo do assassino é a posse dos manuscritos secretos da Abadia, aos quais só ela conhece o acesso.
Mas neste mundo povoado de horrores, Agnès, sem o saber, tem aliados: Artus, conde d’Authon, pronto a matar para salvar a mulher por quem se apaixonou; Francesco de Leone, cavaleiro da Ordem dos Hospitalários, que sabe que a sua missão passa por Agnès e que, custe o que custar, tem de a proteger; e o próprio Clément, cuja sabedoria precoce pode vir a mudar o rumo do seu destino, bem como o da sua Senhora...
Segundo quadro de uma trilogia palpitante, O Sopro da Rosa abre-nos as portas sombrias da Inquisição.

Excerto:
"Um breve sorriso iluminou aquele rosto marcado que lhe recordava o do seu padrinho hospitalário.
- Sabeis tão bem como eu que o perigo é como uma amante caprichosa, Francesco. Raramente se encontra onde o esperamos, daí a sua sedução."
Página 177

A minha opinião:
Por vezes, é vulgar nas trilogias, o segundo volume torna-se num simples preenchimento de páginas, num prolongamento evitável, mas engana-se quem pegar neste volume a pensar isso - confesso que era esse o meu receio. Neste livro acompanhamos e sofremos com a senhora de Souarcy e estamos com ela ao longo das torturas psicológicas e físicas provocadas pelo desprezível Florin. Florin, um ser tão belo e tão sádico...
Além disso a acção avança em mais duas frentes nada, nada calmas e pacíficas. Uma passa-se na abadia dos Clairets onde ocorrem uma série de assassínios. Estes são tão bem engendrados e planeados que eu, uma amante do bom policial, ainda não consegui desvendar a verdadeira identidade da assassina, ainda... Envergonhada confesso que a que eu supunha ser a assassina foi das primeiras vítimas.
Aqui acompanhamos a luta titânica de mentes entre a assassina e a abadessa que une esforços com a inteligentíssima boticária Annelette (adoro esta personagem). Mal posso esperar para o desfecho desta batalha.
Quanto à terceira e última frente narrativa, esta ocorre no exterior, no mundo corrupto de câmaras e antecâmaras em que se encontra concentrado o poder da religião católica. Aqui surgiu uma maravilhosa e perversa personagem que promete fazer-me sentir ansiedade e tensão pelo final desta estória maravilhosa.
Sem qualquer dúvida que este segundo volume prometeu e cumpriu. Recomendo a todos os amantes do bom romance histórico.
De valorizar o empenho da autora em criar e apresentar aos leitores um "Breve anexo histórico", um "Glossário" e em apresentar a "Bibliografia" de obras consultadas.
9/10
Lido a 1 de Dezembro de 2008
Sinopse:
Estrella deMadrigal pensava que sabia quem era: filha, neta, irmã, melhor amiga, amada. Ela é a Estrela no Céu Nocturno, a Verdade no meio da Escuridão. Mas, em Espanha, neste século cruel e impiedoso, a verdade é um bem precioso e raro. Os judeus que recusam a conversão ao Cristianismo arriscam tudo o que têm: o amor, a vida, a família e a fé.
A certa altura, uma descoberta espantosa abala profundamente a existência de Estrella. E no entanto, esta mudança devastadora é provocada por algo pequeno e doce. Um beijo. O beijo de alguém que Estrella está proibida de amar.
À medida que uma nova rapariga emerge do casulo de segredos no qual foi criada, a paixão desponta e a amizade desmorona-se – a traição acaba por libertar um monstro maligno das profundezas da terra. Estrella dá por si numa situação que nunca julgou ser possível; é alguém que nunca imaginou ser.

Sobre a autora:
Alice Hoffman nasceu em Nova York em 1952 e cresceu em Long Island. A sua novela Here On Hearth, um livro do clube de leitura de Oprah, é uma adaptação aos tempos modernos de alguns temas abordados na obra-prima de Emily Bronte, Wuthering Heights.
Practical Magic foi adaptado ao cinema e protagonizado por Sandra Bullock e Nicole Kidman. Mais recentemente publicou Incantation escolhido pela Publishers Weekly e a Entertainment Weekly como um dos melhores livros do ano. O seu sítio na Internet é: www.alicehoffman.com

A minha opinião:
Tendo já ouvido falar maravilhas desta autora e tendo adorado o filme "Da magia à sedução" referido em cima, entrei com elevadas expectativas na leitura deste livro. Pois qual não foi o meu espanto quando começo a ler e vejo que este livro não tem nada de mágico ou mesmo fantástico! Não consigo de todo perceber qual foi a ideia da Gailivro em publicá-lo dentro da colecção 1001 Mundos.
Foi uma sorte eu ter lido anteriormente um outro livro que explicava o mundo dos Marranos o que me facilitou e muito a compreensão do que eu estava a ler. Talvez tenha sido um lapso ou mesmo falta de informação das chefias da Gailivro ao pensar que os Marranos seriam ficção e que não tivessem existido ou que já não existem. Um lapso, que no meu entender é imperdoável!
Quanto à estória em si, achei-a absolutamente maravilhosa. Amizade, amor, paixão e por fim traição e assassínio. Tudo o que alguém poderia querer num livrinho tão pequeno quanto este. O enredo é bastante simples e bastante previsível, mas estes factos não retiram a satisfação com que eu acabei de o ler ontem à noite. Há passagens neste livro que me fizeram pensar em sublinhá-lo (coisa impensável em mim) para depois relê-lo.
Inicia-se com uma estória de amizade, quase fraterna, entre duas meninas que juram ser as melhores amigas uma da outra, mas o surgir de uma terceira personagem modifica tudo, tornando-as inimigas.
Um livro belo e muito simples. Ideal para um momento mais atarefado da vida (como eu estou a passar no momento).
8/10
Lido a 10 de Novembro de 2008
Sinopse:
Agnès de Souarcy é tudo o que uma mulher do séc. XIV não deve ser… bela… audaz… independente…

Estamos em 1304. A França encontra-se dilacerada pelas lutas de poder que opõem o rei Filipe, o Belo, a Igreja e a poderosa Ordem dos Templários.
A bela Agnès de Souarcy, jovem viúva de forte carácter, vê o seu destino em perigo sem compreender até que ponto está ligado aos destinos do reino e da Cristandade.
Por que será que o seu meio-irmão, senhor do condado Eudes de Larnay, a denuncia aos tribunais da Inquisição, acusando-a de cumplicidade com os heréticos e de pacto com o Diabo?
De onde virão aquelas missivas que evocam o «Divino Sangue», que trazem o selo papal e cujos portadores são sistemátiica e selvaticamente assassinados? Os seus cadáveres são encontrados carbonizados, sem vestígios de fogo.
O que terá descoberto o pequeno Clément, o protegido de Agnès, na biblioteca secreta da Abadia Feminina dos Clairets?
E que procura Nicolas Florin, Grande Inquisidor, cujos excessos de crueldade causam horror?

Com este primeiro volume de uma trilogia de intriga demoníaca, Andrea H. Japp oferece-nos um romance histórico, arrepiante de mistério e suspense, a não perder.

A minha opinião:
Este primeiro volume da trilogia "A dama sem terra" constitui um início ameno. É de leitura fácil e nada esforçada. Somos convidados a entrar na vida e hábitos do século XIV e quase sem nos apercebermos já não nos sentimos como meros convidados deste mundo mas sim habitantes de longa data.
Com uma escrita deliciosa a autora revela-nos a estória de vida da bela Àgnes de Souarcy e de como teve de casar-se demasiado nova para escapar a um futuro pérfido e incestuoso. Foi-me impossível não gostar desta personagem lutadora e tão bem criada.
Devido a acontecimentos algo trágicos, que não convém relatar para não estragar o prazer de leitura a alguém que o queira ler mais tarde, Àgnes educa, desde o nascimento e com muito amor e inteligência, um pequeno menino chamado Clément. Clément não é o usual menino devido à sua precoce inteligência para os ardis daquela época chegando a espantar a dama de Souarcy. É este menino, que traz consigo um terrível segredo para a época, que será a faísca necessária para acender a chama sedenta de sangue da Inquisição em direcção a Àgnes. E é neste preciso momento que o livro termina... com estes acontecimentos e com a aparição de uma bela mulher de olhos amarelos que já tinha aparecido em páginas anteriores com uma estranha revelação. Mas Àgnes irá enfrentar o belo e encantador inquisidor Nicolas Florin mas não sem o apoio incondicional e algo secreto de outras personagens importantes.
Tenho mesmo de realçar a existência de uma extensa bibliografia e de um glossário indicando que a autora não se limitou a imaginar, mas sim a criar respeitando a verdade histórica. Aliás isso vê-se muito bem ao longo do livro.
Escusado será dizer que com o final destes eu já comprei o 2º volume da trilogia.
8/10
Lido a 25 de Outubro de 2008
Sinopse:
Que ocultam os marranos? Algum segredo vale tantas vidas?

Ester combina encontrar-se em Belmonte com um velho judeu que lhe prometera informações úteis para o seu trabalho de investigação histórica. Ao entrar na vila, cruza-se com um funeral. Assim começa uma via dolorosa em que as mortes se vão sucedendo enquanto perseguidores impiedosos procuram manuscritos que os possam conduzir a um tesouro perdido há vários milénios. Ao recolher do chão a boneca rasgada e suja de Mariana, Ester não podia imaginar que o destino lhe confiava um segredo aferrolhado há séculos por uma família de judeus portugueses.
Este romance confunde-se com a história dos marranos, obrigados a ocultar a sua fé. Tão poderosa viam a Inquisição que, séculos mais tarde, julgavam ser os únicos a resistir e pensavam que não havia mais hebreus no mundo. Conjugando elementos do thriller, do policial e do romance histórico, o autor leva-nos a percorrer os meandros de uma aventura empolgante.

Sobre o autor:
António Trabulo nasceu em Almendra (Douro), em 1943. Passou a juventude em Angola e estudou em Coimbra. Cumpriu o serviço militar a bordo do Navio Hospital Gil Eannes, nos mares da Terra Nova e Gronelândia. É neurocirurgião em Lisboa.
Publicou: Mulemba ― Contos de África (2003); No tempo do Caparandanda (2004); O Diário de Salazar (2004); Eu, Camilo (2006); Os Colonos (2007).



A minha opinião:

Castelo de Belmonte

O que mais me chamou a atenção foi a capa maravilhosa que este livro tem. É impossível alguém passar por ele e não lhe pegar só para satisfazer a curiosidade. Por este ponto positivo, devo congratular a empresa de Design por este belo trabalho.
Depois de lhe pegar, li a sinopse (que me agradou), mas mal vi o preço... pousei-o imediatamente. É completamente absurdo, nos dias que correm, pagar 15/16€ por um livro de 162 páginas. Por isso, quando o vi num alfarrabista MUITO mais em conta, aproveitei logo! E sem dúvida que este gesto valeu a pena.
Este livro, apesar de ter todos os elementos de um thriller histórico básico, é riquíssimo em informação histórica dos Marranos.

Marranos (judeus secretos de Belmonte, Portugal) celebram a Páscoa judaica no sótão. Foto de Frédéric Brenner (1989)

Tudo bem que o autor alterou um pouco a verdade para se coadunar com a ficção, mas foi um enorme prazer descobrir esta faceta da Beira Alta que desconhecia e que até aposto que 90% dos leitores portugueses também a desconhecem. Foi isto que me fez devorar o livro em dois dias, apesar de andar de rastos com o cansaço.
A única coisa que achei que o autor poderia ter eliminado do livro são os elementos pontuais de sobrenatural que aparecem mais para o fim. Mas fora isto... admito que gostei bastante de o ler e de conhecer mais um autor português.
5.5/10
Lido a 12 de Outubro de 2008
Sinopse:
Na Indochina, em 1929, uma jovem francesa de quinze anos estranhamente ataviada atravessa numa barcaça o rio Mékong. Durante a travessia conhece um homem chinês, filho de um magnata local. Ambos se dirigem para Saigão, onde rapidamente se entregarão um ao outro. Será no enquadramento desta relação que a jovem revelará a estranheza das suas relações familiares, os seus problemas económicos, os sentimentos de alienação que a acompanham em todos os lados excepto no apartamento onde se encontra com o amante, atirados para uma relação acossada pelas normas sociais que imperavam na colónia francesa...



Informação adicional:
Considerado o livro mais autobiográfico da escritora, dramaturga e cineasta Marguerite Duras (1914-1996), O amante, escrito em 1984, recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e consagrou-se como sendo a sua obra mais célebre.
O romance narra um episódio da adolescência de Duras: a iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se as personagens e factos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende; não sabemos em que medida a história é verdadeira. Os encontros amorosos são, ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afectiva.
A narrativa desenrola-se em torno de uma série de imagens fascinantes. Esse trabalho primoroso com as imagens também pode ser verificado nos mais de vinte filmes dirigidos por Duras e na possibilidade de seus textos se transformarem em filmes, como o fez Jean-Jacques Annaud com O amante em 1991.


Trailer do filme "The Lover" baseado neste livro.



Sobre a autora:
Marguerite Donnadieu, também conhecida como Marguerite Duras (4/03/1914 - 3/03/1996), foi uma escritora e diretora de filmes.
Ela nasceu em Gia Dinh, antiga Indochina Francesa e actual Vietname, e foi para a França, a terra de seus pais, para estudar Direito. Lá, tornou-se escritora. Decidiu mudar o apelido/sobrenome Donnadieu por Duras, nome de uma vila do departamento francês de Lot-et-Garonne onde se situava a casa de seu pai.
É autora de diversas peças de teatro, novelas, filmes e narrativas curtas. Seu trabalho foi associado com o movimento chamado nouveau roman (novo romance) e com o existencialismo. Entre algumas de suas obras estão O Amante, A Dor, O Amante da China do Norte e O Deslumbramento.
Algumas de suas obras foram adaptadas para o cinema como O Amante.
Morreu aos 81 anos de idade de cancro e foi sepultada no cemitério de Montparnasse.
Informação retirada da Wikipédia



A minha opinião:
De início não foi uma leitura fácil devido à forma de escrita de Duras. Já não é a primeira pessoa que diz que ler este livro é como "folhear um álbum de fotografias" e é mesmo disso que se trata. As frases quase que soltas são lançadas no papel e somos nós, o leitor, que as teremos de pescar e compreender o sentido. A partir do momento em que compreendemos a forma de escrever desta autora, a leitura torna-se mais agradável e somos apresentados a uma lindíssima história de amor.
A presença de uma mãe, com a sua desgraça financeira e moral, de um irmão mais velho, drogado, cruel e frio, e a de um irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência familiar triste e trágica, permitindo à personagem principal separar-se da sua família por breves horas sem remorsos das suas acções moralmente puníveis. Afinal, qual será a dificuldade de separação de uma família já de si desagregada?
Depois de entendermos este meio familiar onde a menina-mulher vivia consegui compreender e aceitar melhor os factos que se seguiram: uma paixão louca, sedenta de corpos enroscados e horas passadas a nú e a dois, com um jovem homem e uma menina de quinze anos e meio, que tudo os separa mas que só deles depende a sua união.
Da menina nunca saberemos o seu nome, assim como não saberemos o nome o jovem chinês, como se a autora ao deixar estas personagens sem identificação permitisse que a imaginação dos leitores fosse mais além. Mesmo assim, e talvez devido à escrita tão sucinta, de parágrafos quase deslocados, senti-me uma incómoda voyeur desta relação de amor-obsessão.
7/10
Lido a 23 de Setembro de 2008


Sinopse:
Ela estava despertar para a vida... mas a que preço?
Valerie, uma mulher devastada pela tragédia, deixava-se levar pelos caminhos da vida. Estava grata pelo seu novo emprego, até enfrentar o seu novo chefe, Jonas Thorne. Na presença dele Valerie descobriu emoções que ignorara durante muito tempo. Contudo, a proposta dele era ousada, indecente e completamente impensável. Não era?


A minha opinião:
Uma estória de amor com muita luta emocional pelo meio.
Nada de novo. Nada de inovador. A mesma fórmula de sempre.
Deu para passar uns bons momentos concentrada no que estava a ler mas não tem nada de extraordinário.
2/10
Lido a 20 de Setembro de 2008
Sinopse:
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.


A minha opinião:
Tinha as expectativas demasiado elevadas ao iniciar esta leitura e talvez tenha sido isso que tenha contribuído para a minha desilusão ser ainda maior.
Não posso negar que o livro é bastante original possuindo alguns aspectos que nunca vi em nenhum outro livro: a Morte como narradora da história de vida de Liesel, uma menina que foi entregue aos cuidados de um casal muito peculiar durante a segunda guerra mundial e que tenta compensar a sua dificuldade de aprendizagem na escola com sessões de leitura nocturnas. Uma menina que iniciou a sua curta carreira de ladra de livros com uma morte trágica que a irá afectar para sempre. Aliás, toda a vida de Liesel é pontuada com mortes e acontecimentos trágicos que culminam na morte de quase todos os que rodeiam a menina.
A estória relatada por este livro é muito bonita mesmo, bonita e muito triste, mas todo o meu entusiasmo foi diminuindo à medida que ia folheando-o. É muito difícil, senão impossível, manter o interesse quando, no início de cada capítulo há um resumo do que se vai contar. Antes de ler as páginas seguintes, já sabia tudo o que iria acontecer. Aliás no início do livro está bem explicado tudo o que o livro retrata até à última página.
6/10
Lido a 20 de Setembro de 2008

Sinopse:
Lago Cristalino explora de uma forma brilhante a vida, a morte, o amor e a perda, tendo como pano de fundo o rural estado do Vermont e o rigor das suas estações. Nathan Carter, um homem na casa dos vinte, sai de Boston para ir viver para Eden, no Vermont, na sequência da morte de seu pai e do fim de mais um romance falhado. Quando o jipe de Carter se despista durante uma tempestade de neve, Wallace Fisk, de setenta e nove anos, trata dele até recuperar a saúde e os dois tornam-se amigos, apesar da improbabilidade. Wallace começa a contar a sua história a Nathan, uma história de amor que estava disposto a levar consigo para o túmulo. É um relato de paixão, de obsessão e, em última análise, de tragédia. Entretanto, Nathan, suspeitando de que Wallace não está a contar-lhe toda a verdade, parte à descoberta daquilo que aconteceu ali, na orla daquele pequeno lago na montanha, cinquenta anos antes. No decurso da sua demanda, Nathan não só descobre o segredo sombrio de Wallace, como também acaba por ser afectado por esta experiência, o que conduz a um desfecho inesquecível.
O romance é marcado pela dualidade entre o presente e o passado de cada um dos homens e revela os amores e paixões que determinaram as suas vidas. Lago Cristalino constitui um brilhante e empolgante romance inaugural que incide sobre o amor, o casamento, a amizade e a traição.


A minha opinião:
Achei este romance muito próximo à realidade e muito pouco, ou mesmo quase nada, cor-de-rosa. As acções, pensamentos e sentimentos aqui descritos são absolutamente credíveis e possíveis de ver em qualquer ser humano, que com as suas perfeições e defeitos intrínsecos poderia viver o amor e a traição aqui presentes.
Apesar de o início ter sido um pouco difícil de digerir, o livro torna-se cativante a partir do momento em que se vai descobrindo a estória de amor do velho Wallace, um agricultor idoso que elegeu o isolamento completo como modo de vida. Após um turbulento início de amizade, Wallace e Nathan, vão partilhar as suas histórias de vida, de amor, de amizade e os seus sentimentos. Mas Wallace não conta tudo a Nathan, e este, desconfiando que o amigo lhe esconde mais do que revela, parte à procura dos verdadeiros acontecimentos que ali ocorreram. É a "conta-gotas" que vamos desvendando o verdadeiro mistério que Wallace escondeu por mais de quarenta anos.
Um romance ideal para quem está farto dos livros leves de Verão.
8/10
Lido a 5 de Setembro
Synopsis:
In The Tenth Justice, 26-year-old Columbia Law grad Brad Meltzer brings his dynamic voice to unexplored legal thriller territory -- the Supreme Court -- in a firecracker debut that will challenge your expectations of the genre.
Fresh out of Yale Law, Ben Addison is a new clerk for one of the Supreme Court's most respected justices. He's as bright and conscientious as they come -- and just as green. When Ben inadvertently reveals the confidential outcome of an upcoming Court decision, one of the parties in the case makes millions. Needless to say, Ben starts to sweat.
Ben confides in his co-clerk and turns to his D.C. housemates for help. The young Washington professionals offer Ben their coveted insider's access -- at the State Department, a senator's office, and a Washington newspaper -- to help out snake the blackmailer who holds Ben's once-golden future hostage in exchange for more information on upcoming Court decisions. But it's not long before the inseparable friends discover how dangerous their misuse of insider power can be. When a suspicious leak develops from within their circle, they find themselves pitted against each other in a battle of shifting alliances and fierce deceptions that threatens their friendships, their careers -- and ultimately their lives.
With dialogue as true as it is sharp-witted, characters as likable as they are familiar, and a plot so addictive it will keep you listening into the night, The Tenth Justice is the one thriller you and your friends will find yourselves talking about this year, from an undeniably original writer you'll be following for years to come.

A minha opinião:
Um excelente audiolivro de suspense e acção.
De início não me estava a captar muito a atenção devido ao palavreado judicial americano, mas passado os minutos iniciais tive mesmo de ouvir as duas cassetes até ao fim. O ritmo da narrativa é simplesmente alucinante.
Tudo começa quando Ben Addison é contratado como auxiliar judicial no supremo tribunal de justiça. Ben é jovem e profissionalmente imaturo para conseguir lidar com as pressões e ilusões que tal posto apresenta. É graças a esta faceta menos positiva de Ben que alguém irá aproveitar-se de um descuido dele e fazer-lhe a vida negra, a Ben e a todos os que lhe são mais chegados. As consequências para Ben e para as restantes personagens serão terríveis, chegando mesmo a serem mortais. Cheguei ao ponto de desconfiar de todas as personagens e mais algumas devido à constante actualização de todos os passos que Ben fazia por parte do principal criminoso. Como era possível? Quem estaria envolvido? Eram essas as perguntas que me fizeram estar a ouvir tudo até ao fim, muito atentamente.
O autor, Brad Meltzer, já está presente nas livrarias portuguesas com várias obras entre as quais "O livro do destino" (editado pela Bertrand), "O golpe milionário" e "Projecto Midas" (ambos editados pela Editorial Presença). Irei, sem qualquer dúvida, experimentar uma destas obras que referi. Quanto a este "The tenth justice" recomendo a todos, menos aos que tenham problemas cardíacos.
Como ponto mais negativo devo referir a fraca interpretação vocal do actor que leu este livro, Thomas Gibson. Um actor que até gostei ao vê-lo em séries como "Dharma e Greg" onde onde interpretava Greg Montgomery e mais recentemente na série "Mentes Criminosas" onde dava vida à personagem Aaron 'Hotch' Hotchner.
8/10
Ouvido a 29 de Agosto de 2008


Sinopse:
«Eu via dormir aquele desconhecido que entrara na minha vida por arrombamento. Não era belo quando fechava os olhos. Toda a sua sedução se concentrava na voz e naquele olhar cinzento. mas reencontrava no sono uma espécie de infância que me enterneceu, o que provocou em mim uma imediata reacção de censura. Qualquer coisa me dizia que, com Jerzy, o enternecimento seria servidão. Que idade teria ele? Trinta e dois anos, trinta e três...
Apaguei o candeeiro da mesinha de cabecera. A luz de um anúncio de néon, filtradapelos cortinados, banhou o quarto numa penumbra azul. Deslizei para fora da cama ara ir parar um disco que continuava a girar no prato. Era, lembro-me, a Appassionata
Françoise Giraud, jornalista, ensaista, antiga ministra da Condição Feminina e depois da Cultura, colinista no Novel Observateur, publicou vários livros, entre os quais Alma Mahler, Retrato de uma Sedutora, també publicou pela Quetzal e, recentemente, Coeur de tigre, uma importante biografia de Clemenceau. Meu amor muito querido é o seu segundo romance.

A minha opinião:
Um pequeno mas lindíssimo romance que li velozmente.
É o registo do envolvimento amoroso de uma mulher mais velha, que tem a sua vida bem estabelecida, com um homem mais jovem, advogado, no princípio de carreira. Um homem jovem, inseguro de si mesmo e que talvez por isso mesmo a atrai tanto.
Com o passar do tempo acompanhamos o evoluir da paixão até atingir o ponto da dependência por parte de um dos envolventes e o subsequente aparecimento do ciúme.
Foi com alguma tristeza que li o fim do livro que equivaleu ao fim da paixão, mas que me deixou com a certeza da grande delicadeza feminina da escrita desta autora.
Gostei e recomendo!
8/10
Lido a 26 de Agosto de 2008
Sinopse:
Faria tudo para conseguir ficar com a mulher que amava!

Cam Monroe foi arrancado dos braços da mulher que amava e arrastado durante a noite pela família dela. Naquela altura jurou vingar-se das pessoas que tão mal o tinham tratado.
Quinze anos depois, regressou a Inglaterra. Agora era um homem rico e com poder suficiente para destruir a família Stanhope, caso recusassem aceitar as suas ordens. E o que exigia era muito simples: que Angela Stanhope se transformasse na sua esposa. Então, começaram os «acidentes» misteriosos. Tentariam os Stanhope afastá-lo mais uma vez das suas vidas? Ou tratava-se de alguém do seu passado, alguém disposto a matar para esconder uma mentira horrível? E qual era o papel de Angela no meio daquilo tudo?


A minha opinião:
Um pequeno romance mas bastante interessante, principalmente quando começam os atentados à vida de Cam Monroe. Depois de várias suspeitas é muito fácil de chegar ao verdadeiro(a) culpado(a). Na minha opinião e com muita pena minha, foi demasiado previsível.
2/10
Lido a 26 de Agosto de 2008

Sinopse:
Rainer Maria Rilke (Praga, 1875-Valmont, 1926), escritor modernista alemão, é considerado um dos maiores poetas do século XX. A sua obra, profundamente marcada por uma percepção mística de Deus e da morte, é vastíssima, e inclui, entre muitos outros títulos, os livros de poesia Sonetos a Orfeu (1923) e Elegias de Duino (1923); o romance Os Cadernos de Malte Laurids Brigge (1910); inúmeras cartas, entre as quais as mais conhecidas são as Cartas a um jovem poeta (escritas entre 1903 e 1908); e as Histórias do Bom Deus (1900), conjunto de narrativas articuladas que têm como fio condutor a busca individual de Deus. Estes textos, escritos com simplicidade e ao estilo dos contos populares, sugerem-nos que Deus se encontra no nosso mundo quotidiano, no meio dos objectos simples e das pessoas humildes, como as crianças, os pobres e os deficientes, procurando conhecer-nos tão ardentemente como nós O desejamos conhecer a ELE. De enorme sensibilidade poética, este livro comove-nos sobretudo pela beleza interior das suas personagens.


Sobre o autor:
Rainer Maria Rilke (1875-1926) é considerado um dos maiores poetas da Alemanha. Foi ele que criou o poema de "objecto", ou seja, o poeta tenta descrever com a maior claridade possível o objecto sobre o qual se debruça, "o silêncio da sua realidade concentrada".
O poeta nasceu em Praga em 1875. Um dos factos mais característicos da sua infância foi o facto da mãe o ter obrigado a vestir roupas de meninas, chamando-lhe inclusivamente Sophia. Talvez o desgosto de não ter nenhuma filha... De qualquer maneira, este facto marcou toda a vida do futuro poeta. Rilke culpou a mãe por essa infância, mas ao mesmo tempo ela foi a responsável pelo jovem começar a escrever poesia. Faleceu na Suiça em 1926.
Segundo Herberto Helder, a obra de Rilke começou por ser bastante influenciada pelo Impressionismo, embora já os temas principais do poeta fossem visíveis: a morte, a mística, etc. Mais, tarde, desenvolveu aquilo que eu referi antes: a poesia objectiva, embora secundada por um certo misticismo. No fundo, Rilke questionou a possibilidade do Homem viver sem Deus sendo que, neste caso, a alternativa mais provável ao aniquilamento seria a criação poética.
Ler mais pormenores aqui.


Excerto:
"(...) «Onde aprendeu essa história que há pouco tempo me contou?», perguntou finalmente. «Num livro?» «Sim», repliquei com tristeza, «os sábios enterraram-na lá, desde que morreu. E não foi assim há tanto tempo. Há cem anos ela ainda vivia, certamente sem preocupações, em muitos lábios. Mas as palavras que as pessoas agora usam, estas palavras pesadas, que não se podem cantar, foram-lhe adversas e foram-lhe retirando uma boca após outra até que por fim vivia, muito retirada e pobre, apenas em poucos lábios já secos, como uma propriedade em mau estado de uma viúva. Aí também acabou por morrer, sem deixar descendência, e, como já referi, foi enterrada com todas as honras num livro onde já se encontravam outras da sua estirpe.»"
Retirado das páginas 34 e 35


A minha opinião:
Mais um dos pequenos livrinhos de bolso que o DN anda a distribuir neste Verão.
Um livro de pequenos contos mas todos unidos pelo mesmo narrador e todos contados com a mesma finalidade, a de ser transmitida de boca em boca tentando chegar às crianças.
Todos os contos presentes neste pequenino livro possuem o mesmo tema - DEUS. Uma visão um pouco estranha de um Deus que nos criou mas que nos desconhece e que tenta de diversas formas descobrir o que é afinal o Homem e a Humanidade.
Este autor escreve com uma simplicidade e inocência extrema, quase como se os contos estivessem a ser-nos transmitidos oralmente. Na minha opinião, é este o objectivo final destes contos, o de não ficarem enterrados num livro.
5/10
Lido a 25 de Agosto de 2008

Sinopse:
Uma história de caça às bruxas, regicídio e frenesim religioso na França do século XVII...

Forçada pelas circunstâncias a procurar refúgio com a sua jovem filha na remota abadia de Saint Marie-de-la-Mer, a actriz Juliette reinventa-se como Sóror Auguste sob a tutela de uma bondosa abadessa. A pouco e pouco, Juliette adapta-se a tão grande mudança: ao colorido das viagens e constantes descobertas da sua vida de actriz seguem-se as novas exigências de uma existência em semi-clausura. Mas os tempos estão a mudar: o assassinato de Henrique IV transforma-se num catalisador para a sublevação em França, e a nomeação de uma nova abadessa, cuja ânsia pela Reforma não conhece limites, rapidamente destrói tudo aquilo que Juliette começara a amar na sua nova vida. Mas o pior está ainda para vir... A nova abadessa, Isabelle, é uma criança de onze anos, vinda de uma família nobre e corrupta, e faz-se acompanhar de um fantasma do passado de Juliette: disfarçado de clérigo, eis um homem que ela tem todas as razões para temer…

Tratando com subtileza um tema delicado – a religião como subterfúgio, como manobra de evasão face às dolorosas realidades da existência – Joanne Harris constrói uma história bem ao seu jeito, tocante e vívida, apaixonante desde a primeira página.


A minha opinião:
Um romance maravilhoso e mágico que retrata a vida nómada dos saltimbancos no séc. XVII.
A irmã Auguste, do convento de Sainte Marie de la Mer, vive em paz com a sua filha Fleur até ao dia em que a madre superiora morre deixando o caminho livre para alguém com os planos mais tenebrosos que se possam imaginar. Alguém do passado de Auguste, cujo último encontro entre ambos deixou-a grávida e à espera da forca. Alguém que sabe manipular os outros como se fossem peões num jogo. Alguém que sabe todos os segredos da verdadeira mulher escondida sob o nome de sóror Auguste. Alguém que não esquece e que anseia a vingança...
Adorei verdadeiramente cada página deste livro, cada momento deste relacionamento entre as duas personagens principais que balança entre o amor e o ódio.
O final foi surpreendente e com as reviravoltas necessárias para me deixar agarrada a este livro até ao fim.

Imagem da igreja de Sainte Marie de la Mer.

A localidade de Sante Marie de la Mer onde decorre este romance existe e é na realidade uma pequena vila piscatória que se localiza na costa de França, banhada pelo mar Mediterrâneo, na região de Camargue.


Escavações arqueológicas e diversas pesquisas e estudos têm revelado que este local tem sido considerado como sagrado por diversas culturas (Celtas, Romanos, Cristãos e mais recentemente Ciganos da Roménia).



9/10
Lido a 22 de Agosto de 2008



Sinopse:
Fifteen-year-old Kambili's world is circumscribed by the high walls and frangipani trees of her family compound. Her wealthy Catholic father, under whose shadow Kambili lives, while generous and politically active in the community, is repressive and fanatically religious at home.
When Nigeria begins to fall apart under a military coup, Kambili's father sends her and her brother away to stay with their aunt, a University professor, whose house is noisy and full of laughter. There, Kambili and her brother discover a life and love beyond the confines of their father's authority. The visit will lift the silence from their world and, in time, give rise to devotion and defiance that reveal themselves in profound and unexpected ways.
This is a book about the promise of freedom; about the blurred lines between childhood and adulthood; between love and hatred, between the old gods and the new.


Excertos:
"So when Papa did not see Jaja go to the altar that Palm Sunday when everything changed, he banged his leatherbound missal, with the red and green ribbons peeking out, down on the dining table when we got home. The table was glass, heavy glass. It shook, as did the palm fronds on it.
"Jaja, you did not go to communion," Papa said quietly, almost a question.
Jaja stared at the missal on the table as though he were addressing it. "The wafer gives me bad breath."
I stared at Jaja. Had something come loose in his head? Papa insisted we call it the host because "host" came close to capturing the essence, the sacredness, of Christ's body. "Wafer" was too secular, wafer was what one of Papa's factories made—chocolate wafer, banana wafer, what people bought their children to give them a treat better than biscuits."


"Papa sat down at the table and poured his tea from the china tea set with pink flowers on the edges. I waited for him to ask Jaja and me to take a sip, as he always did. A love sip, he called it, because you shared the little things you loved with the people you loved. Have a love sip, he would say, and Jaja would go first. Then I would hold the cup with both hands and raise it to my lips. One sip. The tea was always too hot, always burned my tongue, and if lunch was something peppery, my raw tongue suffered. But it didn't matter, because I knew that when the tea burned my tongue, it burned Papa's love into me. But Papa didn't say, "Have a love sip"; he didn't say anything as I watched him raise the cup to his lips."


A minha opinião:
Um livro marcante e poderoso.
A autora retratou na perfeição uma família nigeriana que tenta sobreviver a um golpe militar, ao mesmo que tempo que tenta sobreviver com os seus próprios segredos.
Toda a estória é contada pela jovem Kambili. É ela que nos vai revelando, aos poucos e de uma forma indirecta, os segredos que esta tradicional e profundamente religiosa família esconde. Sob a fachada de uma família perfeita se esconde um pai autoritário e religioso ao ponto do fanatismo; uma mãe reservada e dedicada mas que irá surpreender; um filho, Jaja, consciente das falhas graves desta família; e por fim, Kambili, a adolescente que tenta de todas as formas agradar a todos, especialmente ao seu exigente pai.
Toda a estrutura familiar começa lentamente a desmoronar-se quando, após um revoltante acto de violência, Kambili e o seu irmão vão para casa de uma tia. A mudança radical de ambiente familiar levanta dúvidas na mentalidade de ambos e revela os terríveis segredos que a fotografia de uma família perfeita esconde.
Este livro está escrito de uma forma simples o que torna a sua leitura bastante fácil, apesar do seu conteúdo ser quase acutilante. A brutalidade que se esconde debaixo de máscaras é por vezes, mais difícil de aceitar do que a violência clara e visível por todos. Acho que foi isto que me fez agarrar as páginas e indignar-me e revoltar-me com certas personagens e acontecimentos.
Um livro rico mas nada fácil de digerir.
7/10
Lido a 13 de Agosto de 2008
Sinopse:
Tory Bodeen viveu a sua infância na Carolina do Sul, numa pequena casa degradada, onde o pai imperava com um punho de ferro e um cinto de cabedal - e onde os sonhos que acalentava e os seus talentos nunca encontraram forma de se afirmar. Em compensação, porém, havia a pequena Hope, que vivia num casarão ali perto, e cuja amizade tornava possível que Tory fosse aquilo que lhe não permitiam ser em sua casa: uma criança.
Depois do brutal assassínio de Hope, que a polícia jamais esclareceu, a vida de Tory começou aos poucos a desfazer-se. Mas agora que finalmente se prepara para regressar à sua terra natal, e planeia aí instalar-se e abrir uma loja de decoração, ela sente-se determinada a obter um pouco de paz e a libertar-se das visões do passado que continuaram a persegui-la ao longo do tempo.
À medida que forja novos laços de afecto com Cade Lavelle - o irmão mais velho de Hope, herdeiro da fortuna da família - não consegue no entanto ter a certeza de que a tragédia que ambos experimentaram contribua de facto para os aproximar. Mas está disponível para ajudar a que isso aconteça, e sente vontade de abrir, pelo menos um pouco, o seu coração.
Contudo, viver assim tão colada à memória de uma infelicidade que tanto a marcou virá a revelar-se mais difícil e mais assustador do que Tory alguma vez imaginara. Até porque o assassino de Hope anda também por perto...


A minha opinião:
Um romance de uma beleza extrema. Graças às breves mas elucidativas descrições foi fácil enquadrar-me nos pântanos e quintas da Carolina do Sul. Mas não foram só as descrições que me cativaram a atenção, para isso contribuiu a escrita simples e a facilidade com que esta autora consegue colocar por escrito sentimentos e acontecimentos.
Gostei muito deste livro enquanto romance, mas enquanto livro de mistério/suspense foi razoável. A minha facilidade em descobrir o assassino logo de início suavizou o prazer de o estar a ler. Afinal teria de ser alguém que conhecesse a família Lavelle e as meninas Tory e Hope muito bem e teria de ser alguém que tivesse sido um pouco traumatizado/pressionado. O pai de Tory era demasiado evidente, por isso pensei logo na outra personagem que vei a revelar-se o verdadeiro assassino. No entanto tenho de admitir que também cheguei a suspeitar do juíz, amigo da matriarca da família Lavelle.
Um belo romance adequado para qualquer época do ano.
8.5/10
Lido a 10 de Agosto de 2008
Sinopse:
Não possui.


A minha opinião:
Ellen Kellaway sempre foi uma menina rebelde e um pouco revoltada com a sua condição de orfã. Foi criada por uma tia, Agatha, que lhe fazia sempre ver que lhe estavam a fazer um favor ao educarem-na, sempre evidenciando o enorme favor que era deixarem-na viver com estes familiares. No entanto, ao atingir os 18 anos, Agatha comunica que Ellen terá de se desenrascar sozinha e trabalhar para providenciar o seu próprio sustento. O ultimato está no ar e Ellen vê o medo e a preocupação pelo seu futuro ganharem poder na sua vida.
Após um autêntico turbilhão de acontecimentos trágicos envolvendo amor, traição e um assassinato/suicídio, Ellen vê-se com uma misteriosa carta nas mãos proveniente de um suposto familiar que a convida a ir à Ilha Far e conhecer os seus últimos familiares vivos por parte do seu pai, pai este que afinal esteve vivo estes anos todos. Mas existem planos para Ellen, planos que lhe ditarão a sua vida ou a sua morte.


Comprei este livro num alfarrabista que estava a vender destes livros aos pares, e confesso com vergonha, que só trouxe este para poder trazer um da Rosamunde Pilcher. Abençoada hora em que o comprei!
O livro pode enganar pela capa (edição da Círculo de leitores de 1989) que possui uma imagem romântica e lamechas, mas o seu conteúdo em tudo a contradiz. Se por ventura este livro fosse editado nos dias de hoje com uma capa melhorzinha podem apostar que seria um autêntico fenómeno de vendas. O livro é absolutamente espectacular!
Vivi com Ellen a sua infância, a sua atribulada adolescência, a ameaça da sua tia Agatha que lhe destruirá os sonhos, o seu noivado que acaba numa morte horrenda. Senti a surpresa e a suspeita com que Ellen recebeu a misteriosa carta, a sua ida à Ilha Far, o reconhecer do homem que se diz ser o senhor da ilha e finalmente o desvendar dos terríveis segredos do seu passado.
É um romance MARAVILHOSO - que retrata a vida do séc. XVIII/XIX - e é ainda um livro de mistério/criminal que me surpreendeu muito e o qual eu substimei.
9.5/10
Lido a 8 de Agosto de 2008


Sinopse:
Judas Coyne colecciona o macabro: um livro de receitas para canibais… uma corda usada num enforcamento… um filme snuff. Uma lenda do death metal de meia-idade, o seu gosto pelo bizarro é tão conhecido entre a sua legião de fãs como os excessos da sua juventude. Mas nada do que ele possui é tão inverosímil ou tão medonho como a sua última descoberta, um artigo à venda na Internet, uma coisa tão estranha que Jude não consegue resistir a pegar na carteira.
“Vendo o fantasma do meu padrasto a quem fizer a licitação mais alta.”

Por mil dólares, Jude tornar-se-á o orgulhoso dono do fato de um homem morto que se diz estar assombrado por um espírito inquieto. Ele não tem medo. Passara a vida a lidar com fantasmas – o fantasma de um pai violento, o fantasma das amantes que abandonara sem compaixão, o fantasma dos companheiros de banda que traíra. Que importância teria mais um? Mas o que a transportadora entrega à sua porta numa caixa preta em forma de coração não é um fantasma imaginário ou metafórico, não é um benigno motivo de conversa. É real.



Críticas da Imprensa:
“Uma obra de terror da maior qualidade.”
Time

“Uma história de terror desenfreada, hipnotizante e perversamente espirituosa.”
The New York Times

“Uma história de horror forte. Tem momentos genuinamente emocionantes.”
Library Journal

“Uma estreia memorável.”
Publishers Weekly

“Joe Hill criou uma obra que está ao nível de muitos clássicos do horror.”
Horror World Book Reviews

“A obra de Hill é tão assustadora como um telefonema de um amigo que morreu.”
Entertainment Weekly

“A Caixa em Forma de Coração é uma leitura assustadora.”
Chicago Sun Times



Sobre o autor:
Joe Hill é o pseudónimo utilizado pelo filho de Stephen King para assinar as suas obras, por não querer ser beneficiado pela fama do pai.
Nasceu em Bangor, no Maine, andou no Vassar College e licenciou-se em Inglês em 1995. Hill começou a escrever histórias e romances depois de terminar a faculdade, editando algumas histórias em 1996, catorze das quais reunidas na sua colecção de estreia, 20th Century Ghosts (2005). Também escreve para banda desenhada, incluindo o número Fanboyz da série Spider-Man Unlimited (2005).
Foi galardoado com o Ray Bradbury Fellowship e o A. E. Coppard Long Fiction Prize e ganhou o prémio William L. Crawford de melhor escritor de fantasia actual em 2006. Vive com a mulher em New England.


A minha opinião:
Uma excelente estreia do filho do aclamado Stephen King.
Tudo se inicia com um estranho leilão em que o objecto leiloado é um fato negro. Mas o problema é que o fato traz algo de sinistro consigo. Quem o comprar estará para sempre acompanhado pelo espírito maligno de Craddock McDermott. Um homem que em vida tinha sido tão cruel como o limite da nossa imaginação conseguir visualizar. Um homem que nem depois de morto descansa. Um homem com sede de sangue, com sede de vingança.
Judas Coyne colecciona tudo o que tenha a haver com o macabro e quando vê o leilão na internet não resiste e compra o fato. O que Judas desconhece é que desse fatídico momento em frente, a sua vida não terá mais sossego. A paz só virá com a sua morte e a morte de todos aqueles a quem Judas sente carinho e amor.
Se a isto tudo acrescentarmos uma motivação obscura e mortal para o tal leilão, então temos um livro perfeito para ler à noite em caso de insónia.
Não posso dizer que adorei lê-lo, mas sim que gostei mesmo muito. Já à muito tempo que não lia um livro de terror/ horror e gostei de conhecer a obra do filho de Stephen King. Já diz o velho ditado que filho de peixe sabe nadar.
7/10
Lido a 6 de Agosto de 2008


Sinopse:
Fiódor Dostoiévski (Moscovo, 1821 - S. Petersburgo, 1881) foi um notável escritor russo, autor de romances que marcaram profundamente a literatura contemporânea, como Crime e castigo (1866) e Os Irmãos Karamazov (1880). Explorando como ninguém os abismos da alma humana, Dostoiévski centra os seus livros no mundo interior das suas personagens, normalmente atormentadas por crises e obsessões demenciais e movidas por pulsões irracionais.
Em Coração Débil (1848), uma das primeiras obras do autor, acompanhamos a tragédia de Vássia Chumkov, um jovem apaixonado mas de temperamento fraco, a quem a felicidade parece transtornar. Amado por todos os que o rodeiam, Vássia desenvolve sentimentos de culpa por recear não corresponder às expectativas, deixando-se afundar progressivamente numa inquietação e numa tristeza incompreensíveis. Intenso e comovente, este livro revela bem o estilo febril do romancista russo.


O autor:
A minha opinião:
Um pequeno conto deste prestigiado autor russo que foi disponibilizado pelo DN. Aliás, foi mesmo o primeiro livrinho da colecção de clássicos que o DN está a distribuir neste verão.
Este conto retrata os trágicos dias que antecederam à perda de lucidez da personagem principal, Vássia Chumkov. Tudo se inicia com alegria, lágrimas, pulos, abraços e beijos na comunicação do noivado de Vássia com uma bela rapariga. Depois passa-se rapidamente a episódios neuróticos onde Vássia passa da gratidão para a culpa, da culpa para o histerismo. Confesso que não simpatizei nada com esta personagem temperamental e dramática. Penso mesmo que o autor deveria ter colocado como título "Uma mente débil" em vez de "Um coração débil". A fragilidade mental e sentimental extrema de Vássia persegue-nos ao longo de quase todo o conto e culmina num final trágico, embora previsível.
Basicamente trata-se do retrato de um jovem imaturo a quem a felicidade só lhe trouxe tristezas.
2/10
Lido a 3 de Agosto de 2008
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