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Um santo e feliz Natal para todos os que ainda me acompanham.
Um grande beijinho natalício para todos vocês.

Não ando desaparecida ou a viver sem ler.
Simplesmente optei por adoptar o site anobii para registar os meus livros e opiniões.
Apesar do goodreads ter uma dimensão muito maior, o anobii tem uma imagem muito mais "limpa" e as funcionalidades são igualmente simples.
Além disso, está em português e mesmo que não tenhamos o livro ainda registado, para o adicionar é de uma simplicidade absurda!

Para quem, como eu, gosta de registar os seus livros e tê-los catalogados, esta é uma excelente opção.

Ainda para mais é completamente gratuito.
Sinopse:
Beatrix Danbury sempre teve a certeza de que iria casar com William Mallory. Amava-o desde sempre e nunca duvidou que ele a amasse também. Mas quando Beatrix o obriga a ter de escolher entre uma vida a dois ou o seu sonho de sempre, ele decide-se pela última hipótese... a duas semanas do casamento.
O regresso do Duque...
William estava certo de que Beatrix o receberia de braços abertos. Os seis anos que haviam passado desde que a deixara, não tinham feito desaparecer o seu amor por ela. O problema é que Beatrix estava prestes a casar-se com outro homem. Alguém previsível e em quem sentia que podia confiar... alguém que era o oposto do seu antigo noivo.
Conseguirá William impedir o casamento do ano e ter Beatrix de volta, ou será tarde demais?


A minha opinião:
Ultimamente a minha vida ficou um pouco atribulada demais o que me levou a deixar um pouco de lado uma paixão minha - ler.

Como quebra-jejum literário queria um livro bem levezinho e que exigisse muito pouco de mim. Assim, numa ida à FNAC este menino veio comigo.

Comecei a lê-lo passadas algumas horas depois e acabei-o na tarde do dia seguinte, tal foi o meu entusiasmo.

As personagens estão muito bem construídas. Se por um lado compreendemos que o facto de um jovem homem se sentir preso na avalanche de obrigações sociais e afundado em expetativas sociais, ao ver uma oportunidade única de cumprir um sonho de vida a ser-lhe oferecida de bandeja, é óbvio que a tentação irá superar qualquer plano que a sua família tenha para ele.

Mas por outro lado, é impossível não sentirmos um pouco de simpatia e pena de Beatrix, abandonada pelo noivo a poucos dias do casamento e numa altura em que tal acontecimento escandaloso marcava uma mulher perante a sociedade.

Uma das coisas que mais gostei neste livro, foi a integração de um momento histórico verdadeiro - a descoberta do túmulo de faraó Tutankhamon por Howard Carter e pela sua equipa.

Cada vez mais gosto desta autora e dos livros dela que são mais ricos do que a maioria do ditos "romances cor-de-rosa".

Por último, o tamanho dos livros desta nova coleção é muito mais fácil de transportar para qualquer lado, mesmo dentro das nossas carteiras já tão cheias de tudo e mais alguma coisa.

Gostei e recomendo este livro.
8/10
Sinopse:

Ela tem um sonho.
Ele tem um objectivo.
O que os une pode separá-los para sempre.

Se Phaedra Blair não possuísse tanta beleza e estilo, a alta sociedade achá-la-ia apenas estranha. Mas como a Mãe Natureza a dotou de ambas as coisas, consideram-na interessante e excêntrica.

Ela é uma mulher à frente do seu tempo. Deseja liberdade e persegue um sonho. Apaixonar-se não está nos seus planos imediatos. Aliás, o seu primeiro encontro com Lorde Elliot não é auspicioso.

Injustamente presa, será graças ao poder e charme do jovem que consegue escapar. Mas Phaedra depressa descobre que o preço da sua “liberdade” é ficar virtualmente ligada ao seu “herói”.

Pois Elliot Rothman não agiu apenas numa missão de boa vontade. O seu objectivo é garantir que Phaedra não publicará um manuscrito que ameaça destruir o bom nome da sua família, e para tal, ele está disposto a tudo. Não contava, porém, encontrar uma adversária à sua altura.

Os dois jovens vão debater-se com as convenções de uma sociedade rígida e, acima de tudo, com sentimentos tão intensos quanto contraditórios.


A minha opinião:

Se existe uma autora, publicada pela Asa, que qualquer livro que saia para as livrarias é, para mim, garantia absoluta de que vou passar bons momentos, é Madeline Hunter.


Desta vez a autora foge um pouco do romance rosa convencional e apresenta-nos um romance com carácter mais histórico.


Phaedra foi criada e educada por uma mãe extremamente inteligente mas pouco sensata para a sua época. Como tal, não soube, lá muito bem, providenciar a sua filha de um equilíbrio saudável entre o que é Liberdade Feminina e o que é permitido pela Sociedade sem graves consequências.
Desta forma, Phaedra foi quase uma criança selvagem aos olhos impiedosos da Sociedade.


Quando Phaedra, agora já adulta, ouve um rumor acerca do passado da sua mãe, corre para tentar deslindar a Verdade. Pois se se confirmar a veracidade deste rumor, o pedestal em que Phaedra colocou a sua amada mãe ruirá, e tudo o que lhe foi ensinado será destruído.

Um romance maravilhoso que recomendo sem qualquer dúvida.

Único ponto negativo: Tem a haver com a ordem de publicação dos 4 livros. Apesar se lerem muito bem como exemplares únicos, para quem gosta desta autora, torna-se um pouco confuso. Neste último livro que li, algumas personagens ainda não passaram pelas transformações de vida que já sei que aconteceram.

A ordem correcta seria:

1º - RULES OF SEDUCTION (Hayden and Alexia’s story)
2º - LESSONS OF DESIRE (Elliot and Phaedra’s story)
3º - SECRETS OF SURRENDER (Roselyn Longworth’s story)
4º - THE SINS OF LORD EASTERBROOK


A ordem pelo que os livros foram publicados vá em Portugal foi:
1º - RULES OF SEDUCTION (Hayden and Alexia’s story)
3º - SECRETS OF SURRENDER (Roselyn Longworth’s story)
4º - THE SINS OF LORD EASTERBROOK
2º - LESSONS OF DESIRE (Elliot and Phaedra’s story)


8/10
Sinopse:
Tudo começa por acaso: Leo recebe por engano alguns emails de uma desconhecida chamada Emmi. Educadamente, responde-lhe, e Emmi retribui.
Esta troca de e-mails desperta uma curiosidade intensa entre os dois e, quase de imediato, Emmi e Leo começam a partilhar confidências e desejos íntimos.
A tensão erótica aumenta e o encontro entre ambos parece iminente. Mas Emmi e Leo adiam o momento. Porque, afinal de contas, Emmi é casada e feliz.
Serão os sentimentos que nutrem um pelo outro suficientemente profundos para sobreviver a um encontro real? E depois desse momento, o que os espera?

Quando sopra o vento norte
é um romance divertido, animado e irresistivelmente cativante, cheio de reviravoltas, sobre um caso de amor vivido exclusivamente por email.



A minha opinião:
Apesar de tantas opiniões positivas e incentivadoras à leitura, confesso que comecei a ler este livro com algum ceticismo. Mas em vão.
Logo nos primeiros quinze minutos cheguei à página 40 e não queria largar! (Ainda bem que comecei a lê-lo num domingo após o almoço. Escusado será dizer que não o larguei até o acabar completamente. Lá para a hora do jantar.
A construção simples e sintética das frases, transformou de imediato esta leitura numa experiência única e visualizei-me num qualquer chat a ler a conversa íntima alheia. E tal qual uma coscuvilheira, não resisti a ler de uma ponta à outra.
Achei que o formato da narrativa, certamente escolhido pelo autor, leva a que qualquer leitor mais desprevenido (relembro que comecei a ler este livro com algum descrédito do seu valor) se sinta agarrado e rendido. Com breves parágrafos repletos de sarcasmo e muita ironia, Emmi e Leo vão redescobrindo uma nova forma de intimidade e uma absurda forma de amar sem ver, cheirar ou tocar.
Apesar de no início a troca de e-mails ter começado com um pequeno erro a redigir o correio electrónico do destinatário pretendido, em breve nós os três (Emmi, Leo e eu mesma) ficamos de tal maneira enredados na expetativa da próxima troca de palavras, ora amorosas, ora curiosas, ora soberbas, ora sarcásticas,…, que sôfregos galopamos avidamente para a última página sedentos por um desfecho esperançoso. Mas a realidade muitas vezes não é o que idealizamos e ao ler a última página o meu único pensamento foi: “NÃOOO! Quero ler a sequela já!”
Mas para isso terei de esperar que a Porto Editora o publique rapidamente e no entretanto podem ter a certeza que o recomendo a TODOS os crentes e cépticos num amor virtual!
FABULOSO!!
8/10

Já agora, deixo aqui o meu profundo agrado à XPTO Design pela capa e grafismos escolhidos que gostei muito mais do que as capas estrangeiras:
Aqui ficam dois livros que ultimamente foram uma grande desilusão e que os li com um grande esforço.

Sinopse

Ela tinha uma vida, um marido, um lar.

O que a fez abandonar o seu mundo?

Edith Lutz, Agnes Morales, ou Agnes McBride... da Escócia, de Nova Iorque, da América do Sul, ou de Londres... mulher de um académico, dactilógrafa, rececionista, ou governanta... passou grande parte da vida a reinventar-se num esforço para evitar o passado.

Com uma nova identidade e uma nova imagem, Edith aceita um emprego como governanta na casa do editor de sucesso Adam Davenport, recém-divorciado e pai de dois filhos adolescentes, com o intuito de levar uma vida despercebida. Porém, contra todas as suas expectativas, a relação com Adam torna-se algo mais íntimo, e ela ousa sonhar com um futuro tranquilo.

Mas o passado de Edith está no seu encalço e poderá bater-lhe à porta a qualquer momento...

A minha opinião:
Sabem aqueles livros que mal os nossos olhos vislumbram a sinopse, queremos logo esquecer o resto do mundo e apenas concentrarmo-nos na sua leitura?
Este foi o caso.
Com uma capa cujo design adorei e bastantes opiniões positivas (ver amazon ou goodreads) foi com entusiasmo que comecei a ler esta obra.
Mas a leitura arrastou-se logo de início pois a escrita impessoal e quase jornalística da autora tornou difícil o avanço das páginas.

No entanto, à medida que nos vamos esforçando para ler o livro até ao fim, vamo-nos habituando à escrita da autora e concentrando cada vez mais na estória em si.

Com um passado misterioso e possivelmente terrível, Agnes luta no presente por uma vida limpa e nova. Mas o ser humano tem muitas dimensões e o passado, quer Agnes queira ou não, virá assombrá-la. E é este reencontro amargo que me senti a perseguir ao longo destas 320 páginas.

Mas o final... foi o pior de tudo. Senti-me uma grande parva por ter perdido tanto tempo com este livro. Não o recomendo De todo!

2/10


Sinopse:
Trinta anos após a mais sensacional erupção vulcânica da Islândia, nas Ilhas Westland, foi permitido aos antigos habitantes revisitarem os seus lares soterrados pela cinza e pela lava.
Markus Magnusson descobriu na cave da sua casa de então três cadáveres e várias cabeças. Quando interrogado pela polícia, declarou que, a pedido de uma amiga de infância, fora recuperar uma caixa que aí tinha escondido 30 anos atrás, pouco tempo antes da fuga da catástrofe. Mas eis que a amiga é assassinada antes de poder desvendar o conteúdo da tal caixa.
Este é o ponto de partida para uma empolgante investigação policial da advogada Thóra Gudmundsdóttir, que irá encontrar muito segredos de família e fantasmas que continuam a assombrar a chamada Pompeia do Norte.

A minha opinião:

Tinha tantas expectativas com este livro que em vez de o ter pedido emprestado, resolvi comprá-lo, tão certa que estava que seria uma grande obra.

Depois de ter lido cerca de umas 150 páginas, apercebi-me que este livro iria ser mais uma bela perda de tempo. E assim foi.

O fim é praticamente uma cópia do início. A identidade do assassino nada tem de misteriosa. E a sua leitura é uma autêntica viagem de carrossel.

Não gostei e não recomendo. Há livros mais inteligentes e desafiantes para o leitor.

3/10



A par com a contestatária Mafalda e a incrível ironia de Calvin & Hobbes



as personagens de Stephan Pastis entraram na minha vida e na minha humilde biblioteca arrasando tudo e todos com os comentários mordazes, a perspicácia nas conversas ora perversas, ora de uma inocência que nos desarma e mesmo a relação de amor - ódio entre algumas personagens e entre as próprias personagens e o autor.
Mal consigo esperar para que saia o próximo volume desta série maravilhosa que cá em Portugal é editada e publicada pela Editora Bizâncio.





8,5/10
Sinopse:
Caitrina não tenciona trocar o pai e os irmãos por um marido, ainda por cima um dos odiados Campbell, mas a força rude e sensual de Jamie, e um beijo escaldante, ameaçam estilhaçar-lhe a resistência.

Quando o seu mundo idílico se desfaz, a única esperança de salvar o seu clã reside nos braços de Jamie Campbell, o inimigo que ela responsabiliza pela sua ruína.

Conseguirão as tréguas precárias, nascidas na escuridão aveludada das suas noites de paixão, forjar um amor tão forte quanto a espada que governa as Terras Altas?

A minha opinião:
Se houve algo que despertou de imediato a minha curiosidade em relação a este livro sem dúvida que foi a capa.
A promessa de uma viagem às terras altas da Escócia aliada a uma boa história de lutas entre clãs impediu-me imediatamente de trazer qualquer outro livro que não fosse este, para casa.

Caitrina é uma bela moça que por ser muito amada pela sua família é protegida e deixada a viver na plena ignorância política e social.
Quando os problemas vêm ter com a sua família na forma de um homem inteligente como Jamie, Caitrina começa a ver como o seu desconhecimento pode trazer consequências graves e mortíferas para as pessoas que mais ama no mundo.

Um romance que me despertou da inércia literária que andava. Um livro que devorei em 2 tardes e que me relembrou como o acto de ler pode trazer tanto deleite.

Não se trata de um mero romance cor-de-rosa, mas sim e também uma obra que nos faz reflectir nas muitas facetas Humanas e em como somos tão condicionados pelos deveres e normas sociais, culturais e até mesmo pelas ligações familiares.

Gostei imenso.
8,5/10




Sinopse:
Quando Holly Maguire herda a «Camilla’s Cucinotta», a escola de cozinha italiana da avó, dezasseis alunos inscritos no curso de culinária desistem. Afinal, Holly não é Camilla, conhecida por ser a «deusa do amor», cujos molhos secretos possuem propriedades afrodisíacas e cujas adivinhações têm o poder de mudar a vida dos seus alunos.

Holly é uma mulher de trinta e dois anos, desencantada com a vida, que nem sequer sabe cozinhar. Mas depois da morte da avó, decide manter vivo o seu legado.

Armada do caderno de receitas de Camilla, Holly acolhe os novos alunos: Mia, uma menina desesperada por aprender a cozinhar para impedir o pai de casar com a namorada imbecil; Juliet que chora a filha perdida; Simon, que se esforça por ser um pai presente para a filha depois do divórcio; e Tamara, que anseia pelo verdadeiro amor.

Todas as receitas de Camilla incluem desejos e memórias, tristes ou doces. Misturando desejos ardentes e memórias agridoces com molhos apetitosos e deliciosos pratos italianos, Holly e os seus alunos acabam por criar as suas próprias receitas para a felicidade e descobrir que, afinal, o futuro pode se bem doce…


A minha opinião:

Com um passado familiar algo complicado, Holly foi sempre uma mulher em busca de um lar próprio que lhe desse segurança e um sentimento de pertença.
Talvez por isso, tenha entregue o seu coração de uma forma tão incondicional a John Reardon que, de uma forma fria e sintética, o destruiu.

Agora, na terceira década da sua vida, Holly vê-se de volta ao único lugar que alguma vez amou e se sentiu amada com a mesma intensidade - a ilha de Blue Crab Island - lar da sua nonna (avó) italiana.

Apesar do amor de avó e neta serem eternos, a vida humana não o é. E em breve Holly ver-se-à na famosa Camilla's Cucinotta sem a sua amada avó.

Agora, Holly terá de enfrentar dificuldades de todos os tipos - financeiros, culinários,...
Mas, à medida que vai descobrindo o seu próprio talento, Holly desvenda os segredos desta ilha e dos seus habitantes. Segredos esses que ninguém quer ver revelados.

Este livro é simplesmente MARAVILHOSO. Em muitos momentos achei-o semelhante ao "O feitiço da Lua", onde temos também uma personagem feminina que através da magia da culinária consegue tocar nas vidas dos que a rodeiam.


Para ler e saborear. Recomendadíssimo!

8,5/10

 
Sinopse:
Livro vencedor do prestigiado World Fantasy Award, A Biblioteca reune seis histórias fantásticas ligadas à bibliofilia, fazendo-nos pensar em Jorge Luis Borges e na sua biblioteca infinita, mas também no universo de Kafka ou de Umberto Eco.
No conto de abertura, um escritor descobre um site onde todos os seus livros, inclusive os que ainda não escreveu, se podem consultar; num outro, uma comum biblioteca transforma-se durante a noite num arquivo de almas; noutro, ainda, o Diabo decide estabelecer os níveis da literacia infernal...
 
 
A minha opinião:
 
Esta é a segunda vez que um pequeno livro, quer em dimensões (de bolso), quer em número de páginas, me preenche as medidas de forma tão completa.

O primeiro livro foi "Desconhecido nesta morada" que ainda hoje permanece na minha memória e coração como sendo um dos meus livros favoritos de sempre.
Esta "A Biblioteca" não chega ao patamar do anterior, mas anda lá perto como uma obra multifacetada, hilariante e ao mesmo tempo estranhamente assustadora a quem, como eu, adora livros e gosta de ter uma biblioteca pessoal, por muito pequena que seja.
 
É constituído por seis contos em que a bibliofilia é representada como rainha do mundo:
 
- A Biblioteca Virtual - Retrato de uma biblioteca à distância de um clique. Descoberta através de um mail que a princípio parecia um mero spam, o protagonista ver-se-à enredado por uma situação tensa e limite.
 
 
- A Biblioteca Particular - E se um dia na nossa caixa de correio dessemos conta de um livro misterioso de título "Literatura Universal"? E se um volume não fosse o fim? E que tal dezenas deles? Quais as consequências de tal descoberta?
 
 
- A Biblioteca Nocturna - Desta vez o protagonista chega à hora do fecho da Biblioteca e vê-se fechado durante o fim-de-semana. Mas o que parecia ser uma catástrofe, transforma-se numa descoberta impensável - a existência de uma biblioteca nocturna onde apenas existem "os livros de vida".
 
 
- A Biblioteca Infernal - E um dia morremos... mas vamos parar ao inferno. E para penitência eterna? Qual o pior castigo que nos poderiam dar para toda a eternidade? Algo impensável!
 
 
- A Biblioteca Minimal - Um escritor com problemas de inspiração é presenteado com um estranho livro que de cada vez que se abre, uma nova obra literária aparece. Será que ele vai conseguir à tentação?
 
 
- A Biblioteca Requintada - Aqui a ironia é rainha! Imaginem um leitor com uma biblioteca particular. Leitor esse que tem um profundo desprezo por livros de bolso. Mas eis que um dia depara-se com um instruso nas suas estantes. Nada mais, nada menos do que um horrível livro de bolso no meio das sua belíssimas encadernações, denominado "A Biblioteca". Quem ganhará a batalha das vontades? O livro ou o Homem?
 
 
9/10
 
 


Sinopse:
Before the Civil War, there lived in Louisiana, people unique in Southern history. For though they were descended from African slaves, they were also descended from the French and Spanish who enslaved them.

In this dazzling historical novel, Anne Rice chronicles four of these so-called Free People of Color--men and women caught periolously between the worlds of master and slave, privilege and oppression, passion and pain.


 
A minha opinião:
Todos os anos é sempre a mesma coisa. Mal o trabalho começa a abrandar é ver-me a fazer uma limpeza nos milhares de papéis, fichas e documentos variados que se foram acumulando cá em casa. Pois este ano, depois de uma boa hora a enviar dezenas de folhas para a reciclagem, redescobri, com alguma surpresa que tinha colocado num buraquinho livre da escrevaninha um audiolivro da Anne Rice, constituído por 2 cassetes. Sim... eu disse cassetes. E lá fui eu em busca do meu velhinho mas ainda funcional walkman. E foi ver-me a continuar a limpeza com outro ânimo e vigor a ouvir esta lindíssima obra literária.

Assim, ao contrário de muito boa gente, iniciei-me na obra desta escritora com este romance histórico em vez dos famosos livros sobre vampiros que a celebrizou.

Quanto a esta obra, confesso que fiquei espantada com a riqueza histórica e cultural que ela possui.
A caracterização pormenorizada de personagens, ambientes e locais, sem tornar aborrecido de acompanhar, é o que faz deste livro excepcional.

A partir do primeiro momento somos drenados para uma Nova Orleães de 1840, onde acompanhamos o crescimento e amadurecimento real e cru de um menino de 14 anos chamado Marcel.
Marcel é dotado de uma beleza incomparável o que atrai atenções positivas mas também negativas o que é bastante perigoso para uma criança cuja ascendência constitui-se de uma mãe negra e um pai branco, dono de uma plantação.

Desde o seu nascimento que o pai de Marcel lhe prometeu uma educação privilegiada o que se concretiza quando o ídolo de Marcel chega à cidade com o intuito de criar uma escola dedicada a jovens de cor.

Enquanto isso a irmã de Marcel - Marie - de uma beleza exótica, está sendo cortejada por um amigo próspero e respeitado de Marcel, mas a sua vulnerabilidade e inocência aliadas aos planos invejosos e quase maquiavélicos de outros irão comprometer a sua felicidade.

Um obra lindíssima a ouvir e ouvir e a guardar no meu coração.
Recomendo vivamente.

Agora só quero ver o filme baseado nesta obra:



9/10



Sinopse:
Esta é a história do último dos unicórnios e da sua demanda por terras estranhas no sentido de encontrar os seus pares.
É também uma belíssima metáfora sobre a imaginação e a criatividade humanas, sobre a magia e a literatura, sobre a condição humana e a sua capacidade de se auto-superar.

Comparado aos grandes clássicos da literatura fantástica de todos os tempos (Tolkien, irmãos Grimm, Hawthorne, Twain, Karen Blixen ou Michael Ende), este livro traduzido em mais de 15 línguas, foi considerado em 1987 durante o congresso mundial de literatura fantástica a 5ª melhor obra de sempre apenas atrás de Tolkien e Ursula K. LeGuin e o seu autor foi considerado o 4.º autor de ficção fantástica de todos os tempos.

Esta é uma obra para todas as idades tendo conquistado os mais diversos públicos ao ponto de ter sido em 1981 passado à tela num filme de animação que contava com as vozes dos maiores actores de Hollywood de então (como Jeff Bridges, Mia Farrow, Christopher Lee ou Angela Landsbury) e alguns dos mais avançados efeitos especiais da altura.

Devido à sua qualidade literária esta obra ultrapassou já as fronteiras da literatura fantástica tendo sido objecto de teses universitárias, estudos e artigos nos mais prestigiados órgãos de informação literária como o rígido Times Literary Supplement ou a New York Review of Books.



A minha opinião:

Um clássico é sempre um livro que, não raras vezes, nos impressiona e nos marca. Este é sem dúvida um desses exemplos.

Um livro de uma beleza impressionante do qual guardarei no coração todas as peripécias e tropelias descritas neste pequeno excerto e mais algumas:

"(...) o mágico contou rapidamente aos Príncipe Lír a história das suas aventuras, começando pela sua própria e estranha história e pelo seu ainda mais estranho destino; relatou a destruição do Carnaval da Meia-Noite e a sua fuga com o unicórnio, e continuou, referindo o seu encontro com Molly Grue, a viagem para Hagsgate e a narrativa de Drinn sobre a dupla maldição da cidade e do castelo."
Retirado da página 170


Tudo começa quando um unicórnio ouve a conversa de uns caçadores que estão a discutir sobre se os unicórnios estarão extintos ou não.
Com a terrível suspeita de que poderá ser a última da sua espécie, este unicórnio fará uma espectacular viagem em direcção a um reino amaldiçoado onde supostamente habita um demónio em forma de touro que provavelmente será a razão do desaparecimento dos unicórnios.

Um livro a guardar, estimar e voltar a desfolhar com carinho.
Agora estou ansiosa para ver o filme de 1982 baseado nesta obra.


 9/10

Para mim é uma delícia ver que em pequenos objectos como num simples saco de compras se pode ler e ver um pouco de Cultura:


"Leio e abandono-me,

não à leitura,

mas a mim
."

Fernando Pessoa



Chamem-me esquisita, mas gosto de ver estes detalhes em qualquer sítio.
(Retirado de um saco da Bertrand)
Sinopse:
Ele levou onze séculos a encontrar a mulher certa. Não está pelos ajustes de perdê-la agora.

Jessi St. James precisa de ter vida própria. Demasiadas horas passadas a estudar antigos artefactos provocaram na jovem arqueóloga um caso sério de obsessão por sexo. Quando vê um homem deslumbrante semi despido a fitá-la de dentro de um antigo espelho, pensa que só pode estar a sonhar. Mas numa fracção de segundo, é salva de um atentado à sua vida e vê-se a braços com um metro e noventa e oito de escaldante, insaciável macho alfa.
Herdeiro da arcana magia dos seus antepassados Druidas, Cian MacKeltar foi encurralado dentro do Espelho Negro há onze séculos. E quando o Espelho Negro é roubado, um velho inimigo tudo fará para reavê-lo. Para Jessi, o deus sexual dentro do espelho é divinamente real e oferece a sua protecção - ainda que Jessi não compreenda o porquê. Tudo o que ele quer em troca é o sublime prazer de partilhar a sua cama...        


A minha opinião:

Apesar de ao reler a sinopse deste livro, antes de iniciar propriamente a sua leitura me tenha provocado um arrepio de "Ai Jesus que lá vem mais do mesmo", o facto é que não pude acabar a sua leitura sem suspirar "Raios, agora é que fica interessante?!"

O enredo é bastante mais interessante que os anteriores, apesar de haver muitos clichés que já tinha lido nos anteriores volumes.

O facto é que neste volume as personagens dos anteriores livros se interligam todas neste. E vemos que estas ligações entre Highlanders e um Tuatha Dé com mulheres humanas foram um pouco manipuladas para servir o propósito de alguém. O que me despertou bastante a curiosidade foi este monólogo da rainha dos Fae:


"Abaixo dela, no salão nobre do Castelo Keltar, os humanos falavam, abstraídos da sua presença. Bem-aventuradamente desconhecedores de que, a pouco mais de cinco anos do futuro deles, o seu mundo estava em caos, os muros entre Homens e Fae estavam derrubados e os Unseelie governavam com brutal mão de gelo. (...)


Não podia esperar predizer o que não podia entender. Houvera tempos em que suspeitara que o amor humano albergava um poder mais elementar e maior do que o que qualquer raça possuísse. Infundia nas coisas uma força impossivelmente superior à soma das suas partes. Deveras, fora a união de cada Keltar ali em baixo com a sua companheira que os havia temperado, dando-lhes âmagos de aço, e feito dos seus Druidas aliados dignos de uma rainha."


Ou seja, agora é que (espero eu) a autora vai abandonar um pouco as cenas de romance escaldante e apaixonado de enjoar, convidando o leitor a presenciar algo mais rico do que o que tenho lido até agora.

Resumindo... o próximo volume leio-o. Mas se a autora voltar ao mesmo, desisto.


7,5/10



Sinopse:
Toda a mulher tem os seus pra­ze­res proi­bi­dos… 

 Para a deli­cada e tímida Daphne Wade, o mais ape­te­cí­vel pra­zer proi­bido é obser­var dis­cre­ta­mente o seu patrão, o duque de Tre­more, enquanto este tra­ba­lha numa esca­va­ção na sua her­dade. Daphne foi con­tra­tada para res­tau­rar os tesou­ros de valor incal­cu­lá­vel que Anthony tem estado a desen­ter­rar, mas não é fácil para uma mulher concentrar-​se no seu tra­ba­lho quando o seu atra­ente patrão está sem­pre em tronco nu. Ape­sar dele não repa­rar nela, quem a pode cen­su­rar por, mesmo assim, se ter apai­xo­nado deses­pe­ra­da­mente por ele?

 Quando a irmã de Anthony, Viola, decide trans­for­mar esta jovem e sim­ples mulher de óculos dou­ra­dos numa pro­vo­cante bel­dade, ele declara a tarefa impos­sí­vel. Daphne fica arra­sada quando sabe… mas está deter­mi­nada a pro­var que ele está errado. Agora, uma vigo­rosa e cati­vante Daphne sai da sua con­cha e o fei­tiço vira-​se con­tra o fei­ti­ceiro. Será que Anthony con­se­guirá per­ce­ber que a mulher dos seus sonhos esteve sem­pre ali?

A minha opinião:
Já tinha lido o outro livro desta autora que foi publicado cá em Portugal e que simplesmente não me encheu as medidas.
Já este livro achei-o bom na sua simplicidade e na cumplicidade que se gere entre as personagens.
A trama em si não tem lá muito complexidade e para ser sincera o início do livro quase que me indicava que seria um romance cor-de-rosa bem meloso, mas quando Dapnhe ouve uma conversa particular entre Anthony e a sua irmã onde diz exactamente o que ele pensa de Daphne, aí sim! É que o livro melhora a 80%.
Um autêntica delícia de livro que se lê muito bem em duas tardes.
A guardar com carinho...
8/10

Sinopse:
Com os seus longos cabelos negros e olhos escuros magnetizantes, Adam Black significa Sarilhos com S maiúsculo. Imortal, arrogante e intensamente sensual, ele vive através dos tempos e dos continentes em perseguição dos seus apetites insaciáveis.

Até ao dia em que uma maldição o destitui da sua imortalidade e o torna invisível - cruel destino para homem tão irresistível. Agora a única esperança de sobrevivência para Adam está nas mãos da única mulher que o pode realmente ver. Para Gabrielle, uma estudante de Direito amaldiçoada com a capacidade de ver ambos os mundos, é o início de uma longa e perigosa sedução.

Quando a demanda de Adam para recuperar a sua imortalidade os faz mergulhar num mundo de magia intemporal, o preço da rendição bem pode ser a própria vida. Tudo por um destino que poucos mortais jamais conhecem: um glorioso, assombroso, infindável amor…                                            


A minha opinião:
Não posso dizer que não tenha gostado. Digo antes que entreteve.
Não acrescentou nada à série a não ser a apresentação/descrição de uma nova personagem masculina.

Trata-se de um belo exemplo de uma autora a pegar numa fórmula que resultou, muda os nomes das personagens, muda um bocadito de enredo e já está... mais um livro para as bancas.
Vou dar mais uma oportunidade a esta autora, pois já tenho aqui o livro na mesa de cabeceira. Se o próximo não me cativar, paro por aqui com esta série.
6/10

Quem me conhece sabe que ando sempre com um livro dentro da carteira, na possibilidade de ter alguns minutos livres. Então quando tenho de ir a um consultório, um livro é indispensável.

Cheguei cedo. estacionei o carro. Fiz o check-in. Sentei-me na sala de espera. Abro a carteira (que ultimamente parece mais a gruta do Ali Babá). Retiro o livro e passadas algumas páginas, sinto suores frios e estranhamente nervosa. Olho em redor, mas ninguém está a ver o que eu vejo.
Passam-se mais alguns instantes e tenho mesmo de pousar a minha leitura e ir beber um pouco de água para me acalmar.

Esta foi a razão do meu ligeiro ataque de pânico:



"Toda a gente sabe que os livros devoram espaço sem qualquer piedade. E não existe defesa possível. Qualquer que seja o espaço que se lhes dê, nunca lhes chega. Ocupam primeiro as paredes, e depois continuam a espalhar-se por onde conseguirem. Apenas o tecto fica poupado. Chegam sempre uns novos, enquanto o dono não tem coração para se livrar de nenhum dos velhos. E assim, devagar, sem dar nas vistas, volumes de livros empurram tudo à sua frente. Como glaciares."

Excerto do conto "A biblioteca particular" de Zoran Zivkovic



Digam lá se não é assustadoramente verídico?
Sinopse:
Para a atmosfera rarefeita do Hotel du Lac entra, timidamente, Edith Hope, autora de romances de amor e detentora de sonhos modestos.
Edith fora exilada de sua casa depois de se ter envergonhado a si e aos seus amigos. Recusou-se a sacrificar os seus ideais e manteve-se, teimosamente, solteira. Mas entre as mulheres mimadas e a pequena nobreza, Edith encontra o senhor Neville e renova-se a sua oportunidade de fugir a uma vida humilhante de solteira…

 
A minha opinião:
Esta autora é absolutamente impecável ao descrever a condição humana e o mundo feminino.
A protagonista, Edith, é quase como enviada por amigos bem intencionados para passar uma temporada num hotel quase remoto na Suíça.
Isto acontece porque Edith ousou abandonar o bom, mas aborrecido, noivo no altar, esperando com isso ter algumas hipóteses com o seu amante que é um homem casado. O escândalo é inevitável.
Aquando da sua chegada ao Hotel du Lac, pensamos que Edith vai-se tornar reflexiva e aproveitar bem esta tempo para pensar na sua vida e acalmar os seus ímpetos sentimentais.
O que se esperava ser um Hotel calmo, com pessoas simples e sem grandes confusões. Mas por vezes, no oceano mais calmo é onde se encontram os maiores icebergues (que o diga o Titanic).
Edith envolve-se novamente com um homem rico mas chato quase apático que a pede em casamento quase como se de um contrato entre amigos se tratasse.
Mas as surpresas que a natureza humana revela impede que Edith tenha o final que esperamos.
Este é um livro sobre as tristezas e desilusões que temos quando queremos o que não temos e ignoramos o que já temos. Alcançar o inalcançável.
Livro vencedor do Booker Prize em 1984.
5/10
Sinopse:
Noiva do encantador e sedutor Greg Anders, Sara Shaw mal consegue esperar pelo dia do seu casamento em Edilean, na Virgínia. A data foi marcada, as flores encomendadas e o seu vestido, já usado por várias gerações de noivas da família, está pronto. Mas apenas três semanas antes do dia do casamento, Greg recebe um telefonema durante a noite e sai sem dar qualquer explicação. Dois dias mais tarde, um homem aparece através de um alçapão no soalho da casa de Sara, afirmando que é o irmão da sua melhor amiga e informando-a que se vai mudar para casa dela.

Embora Mike Newland esteja realmente a dizer a verdade sobre a sua identidade, a razão que o levou ali tem muito mais que se lhe diga. É um detective que trabalha infiltrado; a sua missão é usar Sara para descobrir o paradeiro de uma mulher — uma das criminosas mais notórias dos Estados Unidos — que, por acaso, é a mãe do homem com quem Sara tenciona casar.

Mike acredita que a investigação não será difícil — isto é, caso consiga arranjar maneira de fazer com que uma jovem de «boas famílias» como Sara confie em si. No entanto, Mike não faz a mais pequena ideia do que aquela missão lhe reserva. Esforçou-se ao máximo para esconder as suas ligações a Edilean, as quais remontam ao tempo em que a sua avó vivera naquela localidade, em 1941.

Mas à medida que Mike e Sara se vão conhecendo, ele não consegue evitar partilhar segredos que nunca tinha partilhado com ninguém. Ela retribui confidenciando a Mike aspectos da sua vida que jamais teria revelado a Greg.

Enquanto trabalham juntos para resolverem os dois mistérios, o amor crescente que desabrocha
entre os dois começa a sarar cicatrizes de uma forma que nunca teriam imaginado ser possível.

A minha opinião:
Apesar de não ter lido o livro "Jardim de Alfazema" resolvi dar uma oportunidade a este, em grande parte devido à sinopse que me despertou de imediato a curiosidade.

Talvez por este livro ter sido lido de rajada (em 2 tardes) e pelos pormenores estarem tão frescos enquanto desfolhava o livro, achei-o uma absoluta delícia. Mesmo muito bom dentro deste género de romances.

A escrita desta autora pode-se traduzir como sendo equilibrada. Muitos autores querm conjugar romance com suspense e mistério tudo com um ar de policial mal embrulhado e muitas vezes o que daí resulta é uma tremenda confusão que não atrai o leitor. Mas devo dizer que o equilíbrio de todos estes elementos foi excelentemente bem conseguido ao que se ainda acrescenta uma boa dose de humor.

Gostei bastante e confesso não estar nada à espera...
Tenho já o volume anterior para ver o que dali sai, uma vez que da primeira vez que li a sinopse de "Jardim de Alfazema" não me cativou particularmente.

7,5/10

Sinopse:
Cleary, uma pacata cidade da Carolina do Norte, foi abalada pelo desaparecimento de cinco mulheres em dois anos e meio. Não há corpos, pistas ou suspeitos, apenas uma misteriosa fita azul abandonada no local onde cada mulher foi vista pela última vez...

Lilly Martin regressa a Cleary para concluir a venda da sua cabana de montanha e pôr um ponto final ao casamento com Dutch Burton, o chefe da polícia local. Depois de fechar as portas ao seu passado, não imaginava voltar atrás tão cedo. Mas, ao deixar a casa, sob um temporal, Lilly perde o controlo do carro e atropela um homem que emergia inesperadamente do bosque. Trata-se de Ben Tierney, que ela conhecera no Verão passado. Os dois são então forçados a regressar à cabana para esperarem pelo fim da terrível tempestade de neve.


Incontactáveis, com poucos víveres e quase sem aquecimento, Lilly e Ben vão aproximar-se um do outro, ao mesmo tempo que cresce a atracção e o desejo entre ambos. Mas, à medida que o isolamento se prolonga e os dois se envolvem, Lilly receia que a maior ameaça não seja o temporal, mas sim o homem ao seu lado...

Quem será o misterioso Ben Tierney: o raptor ou o homem capaz de salvar Lilly da tragédia que a assombra?

Calafrio é um romance intenso, no qual confiar na pessoa errada pode marcar a diferença entre a vida e a morte.

A minha opinião:
Depois de estar muito tempo na estante, resolvi pegar neste livro e ver se iria concordar com as muitas opiniões positivas sobre ele.

As primeiras páginas do livro são chocantes e explícitas, o que me deixou a pensar que, uma vez que o assassino já estaria identificado, a surpresa maior que este livro poderia oferecer-me já estaria perdida. Como me enganei...

O enredo praticamente está todo na sinopse, mas se eu pensava que isto era um contra, vejo agora que era apenas para me iludir e enganar. A autora, tal qual um ilusionista, faz com que olhemos para uma direcção para depois verificarmos que o segredo, a verdade, está no que não observamos de início, para o que deveríamos ter estado atentas.

Já há muito tempo (desde o "Aula de risco") que não lia um livro tão carregado de suspense e tensão, que fez com que me sentisse sempre ansiosa para virar a página e ver qual seria o próximo passo das personagens.
O ambiente quase claustrofóbico em que as personagens se encontram transparece para nós facilmente com a escrita desta autora.


Trata-se de um bom cartão de visita desta autora. Um bom início.
Agora quero ver se os aspectos positivos continuam nos outros livros de Sandra Brown.


7/10


Sinopse:
O seu filho desapareceu.
O seu marido não é o homem que ela pensava ser.
O pesadelo de Jessica está apenas a começar…

Aos 36 anos, Jessica parece ter a vida perfeita.

Há sete anos, durante umas férias nas Caraíbas, conheceu o americano Sheldon Patterson. Foi amor à primeira vista. Bondoso, atraente e seguro de si, ele era o homem com que sempre sonhou. Com o nascimento do filho de ambos, Cameron, a felicidade do casal ficou completa.
Enquanto Jessica se dedica de alma e coração à família, Sheldon tem uma profissão exigente que o obriga a viajar constantemente. Por isso, quando ele planeia uma viagem a sós com Cameron, Jessica concorda. Pai e filho terão assim tempo para se conhecerem melhor e reforçarem a sua ligação afectiva, longe da rotina do dia-a-dia.
Em casa, Jessica aguarda ansiosamente, imaginando todas as histórias que terão para contar. Mas a sua vida não voltará a ser a mesma quando se apercebe de que eles não vão voltar.

A minha opinião:
Este foi um livro que me deixou uma certa marca nos dias após o ter lido. Fez-me pensar e reflectir bastante sobre a sociedade em que vivemos e em como, por vezes, os filhos são usados como simples armas.

Jessica é uma mulher que cresceu com um pai maravilhoso. Como tal, sempre foi o seu sonho de se casar com um homem igualmente maravilhoso e que a fizesse tão feliz como o seu pai fazia. Esta é a principal razão de Jessica se casar aos 30 anos, porque pensa que encontrou o homem dos seus sonhos, o homem ideal.
Mas como todos já sabem, não existe "perfeição" no ser humano, por natureza somos seres imperfeitos. Mas a imperfeição de Sheldon só se tornará visível quando ele simplesmente desaparece da face da Terra com o filho de ambos.

Sinceramente a primeira parte irritou-me um pouco, pois a personagem Jessica sentia que algo não estava certo mas nada fez para questionar o marido, antes deste viajar para um local indeterminado.
Mas ao longo do livro Jessica foi-se redimindo aos meus olhos de leitora, fortalecendo-se e recriando pequenas artimanhas com o objectivo de voltar a encontrar o filho. Este torna-se o principal e único objectivo de vida de Jessica. Pelo caminho vai descobrindo a verdadeira identidade do seu marido e vê que nem sempre tudo o que nos é apresentado é a verdade.

Este livro vale pela temática tão bem descrita que nos faz pensar no que acabamos de ler muito depois de pousarmos o livro. Mas, para mim, o facto de a personagem feminina, Jessica, ser crédula ao ponto de irritar e a escrita da autora dificultaram a leitura dos primeiros capítulos. Lia mas não me agarrava. Mais para o final é que passei a desfolhar o livro como se não houvesse amanhã.
Um bom livro para nos fazer pensar.
6/10
Sinopse:

Anna de Leon é tudo o que Morvan quer. Mas é ela quem comanda no campo de batalha… e está demasiado
habituada a dominar para se subjugar à paixão.

Numa terra sem lei, devastada pela guerra e pelas pragas, Morvan Fitzwaryn, um cavaleiro errante, faz jus à sua honra e protege os mais fracos.
Habituado a ser o melhor, o mais forte, o mais temido, não esperava vir a conhecer um guerreiro cujas qualidades de combate rivalizassem com as suas. Quando se encontram pela primeira vez, é Morvan quem precisa desesperadamente de ajuda. De espada na mão e porte altivo, o guerreiro a quem ficará a dever a vida é, surpresa das surpresas, uma mulher!

Em pouco tempo, a imbatível Anna de Leon torna-se no único prémio digno de ser conquistado… e o único que Morvan não consegue arrebatar.

"Ela sentiu-se encurralada pela atenção dele. Aquela sensação estimulante voltou a trespassá-la. Ele emanava poder. Um poder forte, voluntarioso e muito masculino. Face a ele, sentiu a sua própria vontade e a sua força retraírem-se, deixando-a vulnerável e exposta. Instintivamente, soube que tinha de sair. Agora."


A minha opinião:
Desde o primeiro livro que li desta autora que sinto uma vontade de devorar todos os seus livros.
Tratam-se de romances bem construídos, com personagens bem estruturadas e cativantes e sempre com enredos que me atraem e agarram durante a leitura.

Morvan Fitzwaryn é um reconhecido cavaleiro com destreza de armas, quando se vê em terras Bretãs e infectado pela peste negra assim como alguns dos seus homens, não tem outra solução a não ser parar a campanha e pedir ajuda.
Quis o destino que Morvan fosse bater à porta de uma mulher muito peculiar para a altura em que vivem. Anna de Leon ao ver toda a sua família dizimada pela peste, luta pelos homens e mulheres que trabalham para si e habitam os seus regadios. Tendo sido a primeira pessoa a conseguir vencer o espectro da peste e da morte, Anna é considerada uma mulher santa. Será que Anna conseguirá reunir forças para lutar contra a peste e principalmente contra um poderoso inimigo que a quer desposar à força apenas para a poder subjugar?

 

Apesar de ter lido este livro à meses, ficou em mim um carinho especial por ele. Tal deve-se, e muito, à maravilhosa personagem principal - Anna de Leon. Uma jovem simples, sem qualquer pretensão de poder e com a única preocupação de conseguir salvar o seu povo. Uma verdadeira Joana D'Arc da Idade Média.
Ao visitar o site de Madeline Hunter descobri (aqui) um pequeno parágrafo que traduz na perfeição esta poderosa personagem feminina:

In The Protector, Anna is teetering on this delicate balance, and she knows it. She is, as she tells Morvan, walking a fine line through no choice of her own, and knows that only the disruption of her world has made her acceptable. She is aware that her situation is temporary, and that there is no permanent place in her society for a woman with her inclinations. "Today I am a saint. Next year the crops fail and I am a witch."


8,5/10
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